Quero - 1940
dades que nos tornam dignos de ser ama– dos ... olhemos para dentro de nós antes de nos queixarmos dos outros. - Aquele que não sabe espalhar em redor de si paz, a 1 e g ri a e amor não é ainda um verdadeiro cristão, porque não tem a característica do espírito de Jesus. - Amabilidade, bondadeº-eis a caM ridade nas coisas pequenas, nas relações quotidianas com os outros . .. mas é dessa caridade, precisamente, que depende em grande parte o contentamento e a felici– dade do nosso próximo. Só se .vive uma vez... Uma palavra amave l, um serviço afectuoso, que se dei xo u de fazer, causa sempre um,1 grande perda. - Tôda a nossa vida é t ec ida de ocasiões de amar. . . Nossa tarefa di ária deve ser, portanto, utilizar essas ocasiões, aprender a ama r e ama r. - Devemo-nos êXercitar na prática da c ar idade. Fazei o propó ito de vos mostrardes, interiormente, amavel para o vo so próximo e nessa di posição de lhe lança r um olhar arnigave l, de lhe apertar calorosamente a mão, de lhe dirigir uma palavra de simpatia, de lhe prest·,1r um obséquio... e haveis de ver que vos tor– nareis melhores inferiormente, mais e– melhantes a Deus e tamh m mais fel izes, porque a caridade nos torna felizes. A melhor maneira de agradarmos a no so Pai do ceu é sermos amaveis para com os seus filho da terra. E em primeiro lugar com os que vivem debaixo do nosso tecto... Como seria para Iam e n ta r :,,e êstes fõssem obrigados a dizer que gos– tariam bem de fruir a mesma am :i bi! id:1dc que usamos com os estranhos! Muitas pe 'Soas piedosas têm horror ao grande pecado (impureza, embriaguez, et~.) mas 5 J. f. C. B. BELÉM- PÀRÂ admitem com facilidade os pecados do espírito ( egoísmo, inveja) classificando– -os como ''particularidades do te:11pera– mento''. E, entretanto, são ê -es defei – tos que, justamente, mostram cu:n m.1 i~ exactidão o nosso estado íntimo : a nossa falta de caridade .. . o afa,;tamen ~) do verdadeiro espírito cristão.. . f:stes "pecados do espírito" prejudicam muitas vezes a felicidade do próximo muito mais que os gran e pecados ... a maior parte das pes oas tem de suportar so– bretudo os nossos pecados de fraqueza .. . - Levai o fardo un s dos outros e cumprireis a lei do Cristo.'' - Pala– vras cheias de expressão e sentido. A lei do Cristo é o Amor... Não pode– mos sempre manifesta-lo nos nossos sentimentos, nas nossas inclinações ... mas manifostamo-l o sempre se levamos o fardo dos outros... êles sentirão o dever de carregar o nosso, às vezes, sem que a gente nem o repare. É êste o modo prático de cumprir o grande mandamento, para a maior parte dos homens. - O amor é uma paciencia dou– rada, isto significa que ele não demons– tra que é, muitas vezes, pen os o su– portar a outrem. . . êle "doura" a sua paciencia. - "Se querei que vos suportem suportai também os outros" (Imita– ção II 3, 2) -- Não discutais com os outros em pensamento. Is o vos torna ã pe– ros e injustos. . . não vereis senão o defeitos alheios e esquecereis os vo so . Esforçai-vos lealmente por expulsar com rapidez tais pensamentos e por ver o bem nos outros, de os justi– ficar em suas intençõ s... Te rf eis feito ·melhor em seu lugar?... as– sim, vosso julgamento será mais indul•
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