Quero - 1940
Como no ed ifka e eleva acompanhar as maravilho as trans fo rmaçõe de uma a lma, e, sob retudo, ua purificaç ã o p lo sofri– mento! O desapêgo, o espírito sobrenatural, o a mor confiante, a alegria no cumprimento da Von tade de Deus, vão se acent uando cada dia . Com efeito, ulti mament e já não se afigu– rava penosa à Celita a vi s ita de pes soas que lhe haviam impos to s ofriment os ao co ração; não ma is a p rend iam à terra as delicadas e a precia vei s man ifestações de ami zade ; não a preocupava também, como ha 3 anos pa sa– dos, o encontro de lre'ne, q ue a morte lhe po– de ria proporcionar. Vivia de eu Deus e para o seu Deus . Lembro-me bem de que, na vé pera do último Natal, ao lhe faze r s enti r s ua irmã mai moça que devia agradecer a fe li cidade de re– ceber no dia seguinte a Comunhão, da qual estava privada ha mais de mês, à ami ga que facilitara a ida do Sacerdote, retrucou: " ão, a ela não, a Jesus. Ela foi sàmente o in tru– mento." E, após a acção de graças, en tre sorriso , assim dizia à própria amiga, num ligeiro parêntesis à expansão da pro funda alegria que lhe causara o encon tro com o Divino Infante! E como era recolhida e angélica a ati– tude com ue recebia e as visitas preciosa ! Que sobrehumano prazer deixava brilhar no grandes olhos, e expressivo sorriso lhe brin– cava nos lábios, nesses dias afortunado e tão raros! Gostava de contemplar, confessou-prin– cipalmente no ificeis momentos em que o d1:sân11no procurava assalta-la - a pequenina 2 • J. F. C. B. BELEM ~ ARÁ fotografia do altar da Adoração Perpétua, que lhe haviam dado. Quantas visitas em espírito• quantos desejos, _certamente, de se ir prostrar ante aquele altar que nem sequer conheceu! E ali haveria de ficar, silenciosa e atenta , como fizera aos pés do Tabernáculo no re– tiro de 1937 - o último - enchendo de edifi– cação as companheiras de exercícios! - ''Sofro muito, mu ito , no i::orpo, na alma; parece que o sofrimento se entranho u em mim. Mas não alimento o ma is leve de– sejo de que se abrevi em os meus dias. So– frerei de bom grado o tempo que Jesus quiser , pela salvação das almas" - disse na tarde de 14 de outubro de 1939, em que o seu estado se agravara assustadoramente. E realizou bem êsse programa heroico , tal a serenidade e espírito de abandono com que viveu até o dia sem sombras da eter– nidade. No alvorecer dêste ano, ao perguntar-lhe: - Como vai, Celita 7 Respond eu-se sem hes itação : - Cada d ia mai feliz! E agora, Celita. o qu e me diria você se me pude se res ponder aind a ? ! ... Ah I eu bem s into qu e na pl enitude d felicidade você nos olha do Alto, com a mesma amizade e interêsse com que nos a j u– dou na terra, e em cump rimen to ao qu e nos prom teu com tan ta fir meza e so li ci tud e. ( Do Ceará )
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