Quero - 1940
JUNHO - 1940 Revista mensal J.. f. C. B. '\ BELEM-PARÁ-BRASIL t(ZSTE nohle é de certo bem -conheci d·o ~ por ti , se um dia te caiu nas mãos a interessante vida de _Irene. CEUTA GURGEL - a amiga e con– fiden te do "Anj o da Eucaristia e Apóstola do Cateci smo. " No bom aco lh iniento que me dão hoje as págin as da " quERo" venho te dizer então, leitora do IRENE, que Celita já não suspira pela uni ão etern a com o Bem Amado de sua alma. DepoL de expri mir pela última vez êsse desejo ardente, na prece que formulou: "Vem, meu Jesus, estás cu tando, vem logo", fechou plac idamente os olhos a0 mundo, na segunda sexta-fe ira de março, dia 8, às 3 horas da tarde , no mesmo quart inho modes to do ''Cambeba" onde arq ui tetara com a amiga querid a planos de apos tolado, e de onde tan.. tas vezes fugira com el a à vila um pouco distant e em busca da Sta. Comu nhão ·! A morte de Celita é bem o pon to final da vida de Irene, como a sua vida lhe fôra complemen to, na pa rtic ipação que teve em tôdas as minudênci as de seu aposto lado e de seu fervor euca rístico. P r traz da figura de Irene delineava-se o perfi l de Celita, na sim– plicidade e abnegação com que cooperou na catequese das creança s, na caridade para com os doentes , na dedicação pelas almas, e, po r q uê não dizer? - na humildade com que dei– xava f igurar em primeiro plano aquela cte quem tomava o exemplo. Não é necessário, creio, que ao anunciar morte de Celita , tente fazer com e nt á rio sôbre as suas virtudes. Não. Le a vida de Irene e nela encontrarás a alma de Celita. 9TZacfa ríe 9,7es u s - ----- ===é=!=====- Quis também sacrificar as lícitas alearias que se oferecem ao coração das moças, para se consagrar a uma vida mais perfeita; dei– xou, da mesma maneira, que se apagassem nas canseiras do amor ·aos pobres e no des– prêso das vaidades do mund o, os traços de relati va beleza que a natureza lhe de ra; e, antes de se dedi ~ar aos infe li zes e inocentes das ce rca n i a s do "Cambeba", foi anjo da guarda dos irmãos pequenos,· dos quais se tornou , no d e se n ro Ia r da vida , conselheira afectuosa e terna. Não teve, entretan to, os ú Iti mo s dia s acalentados pela doce presença do Hóspede Divino, nem o confôrto de uma zelosa e cons– tante assi stência do Sacerdote; e, afora o de - vêlo edi fi cante de sua família , faltou- lhe uma alma irmã que lhe retribuísse a caridade que dispensara à Irene. Mas Celita teve igualmente por compa– nhia o sofrimento, por amparo a cruz, bem mai s sens ivel na raridade da recepção do Sacramentos e no isolamento de que tanto se ressentia o s u temperamento afectivo ! Dava-lhe coragem, de certo, a vista do Crucifixo, que não se lhe desprendia das mão - º· mesmo Crucifixo que récebera . o último acto de amor do coração d Irene, e que deveria ouvir o seu último de jo âe união p rfeita .
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