Quero - 1940

• ~A T O 1940 Revista mensal J. F. C . B. BELÉM - PARÁ M I E a todos os cató– licos incumbe o in– teressar-se pelo ma g no pr ob lema das Vocações Sacerdota is , para os memb ros da Acção Católica ainda mais importan te se torna êste dever. Quando Pio XI diri giu uma Carta Encíclica ao Episcopado Nacion a l sôbre a A. C. no Bras:I , focalizou em primeiro plano a insufi– ciência de sacerdotes : "Nesse país, cujos fi– lhos são bem cultivados na piedade e religião, quanta vez Tu e teus Irmãos no Episcopado não lamentastes a escassês do clero - sobre– tudo secular- num território que por sua con– figuração geográfica, por suas condições na– turais e pela extraord inária amplidão estaria a exigir maior número de Padres do que ou– tras nações?" E' em face dsse lamentave 1 estado qu e o glorioso Pontífice julga inadia– vel o desenvolvimento da A. C. em nossa terra. "Quant o, porém, mais copiosa não seria a colheita, se a êsse manípulo de sacerdotes (que nós auguramos sempre mais numerosos e mais idóneos, para arcarem com um tra– balho cada vez mais ingente) se unissem dó– ceis e compactas fa langes de bons leigos a predispor, , ompletar, e, se mistér, suprir, es– pecialmente 110 ensino re ligioso às crianças, a obra sac rJ tal!" Não se faz necessário aduzir trechos aná– logos para melhor documentar a teoria da par– ticipação dos leigos na hierarquia eclesiástica. De acôrdo com o teor das palavras sup ra-citadas, no Brasi l, essa participação não apenas predispõe e completa, mas até supre muitas vezes a função sacerdotal em tudo que· não é reservado excl usivamente aos que re– ceberam o Sacramento da Ordem. Pio XI argwmenta com a escassês de clero para incrementar a A. C. Isto não im– porta em dizer que a organização dos lei– gos torne desnecessária a missão sacerdota 1. Pelo contrário, a A. C. colabora com o Clero, substitui-o no que lhe é possível e provi- dencia para o preenchimento de suas vagas. Retinidos em Concilio Plenário Nacional, os Bispos do Brasil declaram em Pastoral Colectiva: "Um exame imparcial e sincero impõe-nos aqui él lealdade de reconhecer pu– blicamente a grande lacuna da nossa vida es– piritual. A instrução religiosa, en tre nós. não corresponde às exigências da grande nação cristã, que é o Brasil." E apont~m como causa principal da ignorância: PENURIA DE SA– CERDOTES. E o Episcopado Brasileiro, com o pêso de sua autoridade, preceitua: PARA A RESOLU– ÇÃO DÊSTE MAGNO PROBLEMA - O PROBLEMA DO FUTURO CRISTÃO DO BRASIL - DEVEM OS FIEIS COLABORAR EM ESTREITA E CONTINUA ALIANÇA DE ESFORÇOS COM A HIERARQUIA. E tu , militante da A. C., não pertences porventura ao número dos fieis? Tu - que participas do apostolado hierárquico - deves te interessar de modo especial pelo aumento e desenvolvimento dos membros efectivos dêsse apostolado. Releva não somente proporcionar os meios necessários à educação e manutenção de muitos meninos no Seminário para que entre êles a Igreja possa encontrar um grande nú– mero de candidatos aptos ao sacerdócio, como também principalmente elevar o conceito da . RGENTE sublime missão da vida eclesiástica. De ordinário, o sacerdote é con– siderado como um motivo de azar, um parasita da sociedade, um "bon– -viveur". A vulgarização de tal con– ceito reduz aos olhares atónitos dos adolescentes a figura do ministro de Deus, de molde a estiolar o menor prenúncio de florescer vocacional. Num ambiente corrompido, onde não imperam os princípios da moral cristã, é quasi impossível, é quasi um milagre surgirem vocações sacerdotais. E' no seio das famílias cristãs, verdadeiramente cristãs, que se plasmam as almas virtuosas, que potencializam he– roísmos e sacrifícios para a vida eclesiástica. E somente alimentados frequentemente

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