Quero - 1939

4 J. F. C. B. BELEM · PARÁ OSSA PÁSCOA Surrexit Dominus de sepulcro, alleluia VAI find a ndo o tempo da peni– tênci a ... Mais uns di as e brilhará para nós " o dia que o Senhor fez "- O DOMINGO DA PÁSCOA , Como Jesus - que nos deu o exemplo - ABAN DONEMOS O NOSSO SEPU LCRO. Estamos dentro dêle, quando a indiferença nos faz pousar olhos fri os sôbre os êrros so– ciais do nosso tempo ; est amo s no sepulcro, quando o coração gelado não pul sa mais ao contacto de tantas angústias que gemem a nosso lado ; estamos mortos, quando a co nciencia não compreende as suas responsabilidades, quando o nosso entusi asmo se entorpece sob o pessi– mi smo, quando a nossa generosidade consulta, primeiro, o nosso bem-estar antes de responder à CHAMADA URGENTE DA ACÇÃO CATÓLICA . Ah ! quantas mo rte s nos po dem deitar, cegos e surdos, no fun do dessa sepul tura do in– diferentismo, em que ta ntas almas se endurecem! ESTEJAMOS ATENTAS, NÓS, AS MOÇAS DA A. C. ! Não permitamos que êsse gêlo, essas trevas, êsse torpôr in vadam jamais o nosso campo de apostolado! Quantas vezes ai nda nos dei tamos à sombra da Mo rte! Quantas vezes pezamos com as gramas de nossas balanças ma– teriais os se rviços prestados ao próximo, a de– dicação que votamos à Igre ja! Quanto receio infantil, quanta prudência pautada, quanta pe– quenez, quanta miséria-quanta morte ! Onde a generosidade, que procura o R€ino de Deus acima de tudo? Onde a confi ança no Deus que alimenta as aves do ceu e veste os lírios do v.1le? Ah! estamos tanta vez na escuridão do se– pulcrn, tanta vez ainda sôa para nós a "hora das trevas! " Mas, agora, PARA A LUZ! Cristo, nossa Páscoa, foi imolado- cante– mos no Domingo da Ressurrei ção. Com Êle imolemos tôdas as nossas mesquinharias, todos os nossos receios, todas as nossas medidas pe– queninas, o nosso apego terreno! Ressuscitemos para a luz ! Quebremos as algemas da tibieza - asas para o ceu como uma sôfrega borboleta que rompeu o casulo e vôa para a claridade ! A nossa claridade és tu , oh! Cristo! Purificadas pela penitencia quaresmal, uni– dos aos teus méritos os nossos bem intencio– nados esforços, nos ergueremos, dia a dia, co– RAJOSAMENTE, vencendo o lastro de nossas imperfeições. Esta li ção luminosa da Pás:::oa nos ensina a fugir dos lugares esconsos onde se acoitam u in ve ja e a maledicencia; esta a 1e g ri a uni– versal fa la-nos de frat ernid ade; êstes sinos, que sacodem o ar em ondas de harmonia, parecem sacudir, lambem, as almas que hibernavam no egoismo para o florir da caridade ; e o grito do alelui a, amplo e forte, b a i x ando do ceu à Terra e da Terra subindo ao ceu , num côro de louvor a Deus - DEUS - Pai que cria DEUS - Filho que redi me DEUS -- Espírito Santo que il umina - será a nossa asa possa nte para nos arrebatar, revigoradas, impacier.tes de ascensão, ávidas de amor, para o azu l, PARA o AZUL!

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