Quero - 1939

BOLETIM S. PAULO, ( Continuaçdo ) Outra incumbencia não menos árdua . Até então a verdadeira religião ficara limitada a um único povo. A nova, pelo contrário, devia ex– pandir-se até formar uma sociedade universal de tôdas as nações. Tarefa gigantesca! As na– ções dos gentios andavam aferrddas aos seus deuses, e a parte dos judeus que recebeu a nova doutrina, assim como os próprios apóstolos, não podia desistir da idéa de que a nova religião fôsse um privilégio de raça. Só um homem fora do comum bastaria à tarefa. Um homem que soubesse não só dis– tinguir o sôpro do Espírito e os sinais do tempo, mas que, conhecendo o mundo pagão, pudesse descobrir o caminho que conduz aos pagãos, e tivesse a devida coragem de inve– redar por esse caminho. Tratava-se de romper barreiras seculares e de ligar continentes. E tudo isso não era suficiente. O velho mundo estava prostrado num sono letárgico se– cular, exteiluado pelo cepticismo e materialismo. Ganhar aquele mundo á nova vida cristã só era possível a um homem elevado acima de todas as sumidades. Um homem que, surpreen– dido, fôsse capaz de surpree11der outros, incan– descente de amor divino, inflamasse outros co– rações. Um homem que, depois de libert11r-se do êrro encontrando a luz, tivesse assim di– reito de es_tender a mão a outros. 11 VAS ELECTION!S Todos os requisitos dum "vas elect1onis" de que falámos a primeira vez encontravam-se em Paulo numa harmonia excepcional. Mais do que todos os outros apóstolos, êle era predes– tinado a jevar o nome de Jesus Cristo aos po– vos e monarcas e aos filhos de Israel. Foi com golpe de vista divinamente acer– tado que a Provide eia o formara para fim tão sublime. Os dons básicos que lhe foram con– cedidos ao iniciar a sua corrida pela vida eram : intl!ligencia penetrante, clara e ávida de ver– dade; uma sensibilidade vibrante em tôdAs as tonalidades da dor mais secreta como do júbilo exultante, d surda cólera como da mais deli– cada ternura; vontade intlexiv 1. ent'rt:ntando e ~~s~ruindo !odos os obstáculos, exigindo a per– fe1çao de s1 e dos outros, lutando incan ·avel- DA l.,. F. A. e. PRIMEIRO HEROE DA ACÇÃO CATOLICA mente pelas mais excelsas finalidades moraes · coração dilatado e profundado por todos os sen~ timentos nobres, sempre entusiasta por tudo quanto é elevado e sublime. . Êste espírito prodigioso habitava um corpo deb1l de pouca aparencia, sujeito a enfermi– dades. Disposto assim intencionalmente pela Providencia para impedir que o privilegiado caísse vitima da presunção. Êsse homem ele– vado a taes altur_as sempre devia lembrar-se que de si mesmo era um ''vas electionis" muito fragil, que os dons que possuia eram dádivas divinas gratuitas, e não devidas á própria in– dústria e habilidade. " Para que a grandeza das revelações não me ensoberbecesse, foi-me dado o estímulo da minha carne, que é como um anjo de satanaz, que me esbofeteia . Por cuja causa roguei ao Senhor três vezes que êle se apar– tasse de mim; e disse-me : Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que o meu poder se manifesta por completo. Portanto, de boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, para que habite em mim o poder de Cristo". ( 2 Cor. ( 2 7 • 9 ) . .9K. s. [J. ( Continua) Liga das p-rofessoras eatól.ieas ~ma cruzada bendita e por todos os ponto: d~ y•~ta louva,·el , se está organizando no ma– ~•sten<-?_ do Pará - a liga das professoras cató– ltcas. Cruzad~ bendita que irá congraçar as pro– fessoras no ideal elevado de reformar. cristia– nizando. Retinirá num élo inquebrantavel os ele– mentos que se achavam disper ' os · e, dessa união, cerrame11te, há de suroir a fôrça que visa o ideal sublime de trazer al~as à Jesus e levar Jesus às almas. Não é a preceptora que tem em mãos a árdua !arefa de educar? Incontestavelmente. t!. A ela tnc~mbe re_solver um dos mais delicados proble_mas educativos : o de harmonizar a in– tluenc1as que actuam na alma da cr· ~ 1ança a atmos1era do lar, da escola e do amb· t . 1 E . . . d . 1en e soem . , ,1ss1m sen o, :is -egurar 8 conv . d· ., - ct· . 1 . 1 ergencia a accao e tes mu tlp os factore e d , d . • · · d · , ar a e uca ·ao o max,mo e efic1encia e 1·mp . . . , nmir na perso- ..,

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