Quero - 1939

• ficou retido na pnsao. Sua vida está em risco. O processo suspende-se, é um caso curioso. Mas as apóstolas de Laeken oram com fervor e a Providencia não dorme. Na sua sombria cel::i, o Vigário continua zeloso e animador, acompanha as suas jovens propagandistas e dirige-as... E elas, com maior ardor e generosidade, estão firmemente dec1- dida·s a não deixar arrefecer o entusiasmo prin– cipalmente agora que sua responsabilidade é maior por estar ausente o chefe. Que aconteceu ? A-pesar da vigilancia dos alemã_e~, t~m bom êxito a troca de cartas entre o pnsione1ro e as apóstolas de Laeken: . . Reg~larmente, ~s operárias reünem-se à noite no circulo e, tre– mulas, sob a luz da lâmpada, ouvem essa voz misteriosa que vem despertar-lhes o zêlo e a confiança, afim de as conduz_ir, com ma_ior ab– negação num dom total de s1 mesmas, a Santa Missão de elevar as suas irmãs de trabalho. Entretanto, sob o olhar do Mestre, a Quem consagrou a vida, o abade Cardyn sofre, or~ e trabalha, durante longos mêses, por esta Ju– ventude operária, que ele quere salvar e s~L– vará. Ali, lhe apareceu o plano da Joc: ~ormar uma organização poderosa, na qual as JO~ens operárias se ajudassem mutuamente a :iver como cristãs e a preparar-se para. um dia se tornarem mães de un:ia santa e feliz _classe de operárias. Ali viu tambem em imaginação esta nova juventude orgulhosa, pura, aleg:e 'e c~nquista– dora, pronta ao serviço da Igreia, caminhando, corajosamente, para o seu ideal. Os mêses passaram-se... As pequenas pi<opaga n distas oram e esperam a _volta daquele que tão necessário é para continuar o trabalho recentemente começado. . Mas um dia-má notícia ! Q Vigário sera manda d o para a Alemanha! E lá-, o frio, a fome, a doença têm aniquilado tantas pessoas... Voltará? ... Não, êle não pode partir. Esta graça, êste milagre hã-de ser alcançado. Irão ao "Kom– mandantur"? Farão intervir personalidades in– fluentes? Não, êsse não é o modo de pensar das apóstolas de Laeken Voltam-se para Aquele que é Mestre absoluto e que, em tempo de guerra ou de paz, tem em suas mãos a sorte do· homens. Estavam em Junho· dentro de dia,; ia celebr.ir -cie a festa do Sa 1 grado Cora- 8 J . F. C. B. BELEM: - p ARÁ ção de Jesus. E' o momento . Do Coração de Jesus, que não resiste às orações daqueles que depositam nele a sua confiança total, esperam elas o milagre tão dese jado. Oram com uma fé profunda e fazem he– roicas mortificações. Na manhã da festa, oram durante a missa com maior fervor e confiança, pois têm a cer– teza que o mi lagre, pacientemente esperado, há-de chegar. E jesus, que afirmou que a fé e _ a confiança podem transportar montanhas, viu-se, por assim dizer, obrigado a correspon– der _à. profunda confiança destas pequeninas operarrns. . Nesse mesmo dia , sem que se possa ex– plicar senão pela intervenção da Divina Provi– dencia, o Vi gá ri o foi posto em li herdade e passou a noite no meio de suas ardentes após– t?la~ ! Imaginai com que zêlo conquistador elas c?ntmuaram desde então a sua tarefa ! E não s~m~nte em Laeken, mas tambem noutras pa– roqui_a~. onde procuraram organizar as moças operarias. ~ Senhorinha Baers, em Antuerpia, e a Se– nhonnl~a Capper, em Liege, informaram-se sô– b:e a situação das operárias e instituiram os sin– dicatos de agulha . Em 1916, houve em Laeken urna sef!lana de apostolado para as zeladoras do movimento social fé mini no . A partir daí, t~dos o~ anos tem havido dias de estudo, que sao seguido~ com muito interesse. Em J 922, as obra~ soc1_a1_s cris~ãs de men inas festejam o seu X amversa~t?, Foi ~esta reünião que se decidiu ser nec~ssano um Jornal pará a juventude. Al– guns meses mais tarde, pelo Natal de 1922 apa– receu pela primeira vez "Alegria e trabalho"– portant? a~tes da existencia oficial da J. O. C. F. Foi somente em 1924, no congresso da A._ C.: que o Snr. Cónego Cardyn falou pela pru~eir~ vez da necessijade de uma nova or– ga~1~açao par~ a Juventude operária. Em 1925, reuniran:i-se diferentes círculos de Estudo num Secretariado N_acional; depois, ramificou-se o tr~balho, sob o mesmo programa e os mesmos metodos A J. O. C. Feminina nasceu! yede que evolução até os nossos tempos. depois do triunfal congresso de Bruxelas em l 9~5 e a apoteose do 2.° Congresso mundial Jóc1sta, em Paris. A JOC-para salvação da classe operária -por to~a a parte, sempre igual no espírito. no entus1a<;mo, no ideal,

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