Quero - 1939

r 7 J. F. C. B. BELEM - PARÁ "....,..._,."' ~ ~ ....,... ~ ~ -- - COMO NASCEU E CRESCEU A J. O. C. F. jl'i~l:jM 1912, o abade Cardyn foi nomeado 1· f ~ vigário de Laeken, paróquia bastante ~ ~ populosa, onde há muito sonhava exer- íl ~ cer o apostolado. Mas êsses milhares i I de lares, confiados ao -seu zêlo, eram- 1 i lhe desconhecidos :J'i~:J'i- · Afim de os co~quistar, quis formar neste meio um núcleo de apostolado. Vai pro– cu:ar_ ~ma a uma essas simples operárias, que principiaram com êle a JOC feminina. Reüne– as em círculos de estudo, onde as convence de seu _valor e da sua generosidade e onde lhes ensina a aceitar a missão de apóstolas e tam– ?e~ a salvar as almas extraviadas de suas irmas de trabalho. Esta_s humildes moças operárias de 12 a lí anos aceitam a cooperação nesta nova cruzada· necess?rio. se torna prepara-las. ' ~ A n~1te, depois de 12 horas de trabalho, vem ao circulo de Estudo e dali saem firmes . na propaganda. Nada as detem - nem o medo ~.em o escárneo. Antes de um ano, sõzinhas: Ja fazem as suas reüniões, cada urna com um g_rupo de moças do Patronato. Em 1914 foi ins– h~u1do o Pequeno Si11dicato. Os diferentes ser– viços são ~~sempenhados pelas operárias. São elas que ~ingem as reüniões, guardam os livros, etc. Presidente, secretária tez ourei ra mem bros, tôdas trabalham com' zêlo e corage~ tanto para _a propaganda como pt:la organização do movimento. Num dia de reünião, em que apenas se contava com urnas 20 moças, apareceram 80 ! Que _fazer? Era impossível reüni-las numa pe- 9uen~na sala , que mal comportava as 20. Mas, ~~ed1atamen!e o snr. Vigário resolveu o caso: Se a sala e pequena facamos a reünião nas d " ' , esca as. Um . . . dois. . . três. . . e eis todo o grupo a en?her, entusiasticamente, as escadas de__ al_~o a baixo. Reünião bem alegre! Após a reumao, o ~nr. Vigário diz à diriger.te: Não po– demos continuar assim. Precisamos encontrar um local. -- Sim, Snr. Vigário. -Sabes? Ha uma casa para alugar na rua X. . . Parece-me que serve. Vamos vê-la. No dia seguinte, dua~ das humildes ope– rárias dirigem-se à cidade, batem à porta ~a re– sidencia indicada. Uma senhora, um tanto idosa, veio recebe-las, trazendo em cada braço u~ ca– chorrinho. Ao saber que aquelas duas mocmh~s desejavam informar-se do aluguel, ficou a~m1- rada ! Elas lhe explicam o fim a que destma– riam a casa. -O aluguel é de 6.000 francos por ano. Para vender, 200.000 francos . Preço fixo , (_Isto ~e dava antes da guerra; actualmente, sena mais de um milhão.) o Snr. Vigário não aprovou a emp~eza: .– Vocês sabem que isso não convem. e muito caro . · h As moças consultam-se entre s1 e e e- g am a esta conclusão: Faremos uma nov~na, A fi · )taremos na prox1ma com roda con ança e vo . ' E semana, à casti da senhora. _As_si_m/ 2 <;;~:dem que lhes respondeu a ~ropneta~ta;do,, ocupar a casa por tempo mdetermm · . · - das operárias Esta casa ficou à dísposiçao de 1914 a 1921. d Entretanto, declarara-se a guerra e, _u– rante ela nem o Snr. Vigário, nem as suas J~– vens apó~tolas pouparam esforços pa_ra au;i– liarem os infelizes, os sem trabalho, tao ru e- mente provados. . Em 1915, o incançavel sacerdot~ foi "?– meado director das obras sociais ~la rederaçao de Bruxelas. Não sõmente servirá, agora , as creaturas atingidas pela guerra c?mo se colo; cará ao serviço de toda a patna sofredora . Com sua generosa vontade, nada teme e por ii'ada recua, faz chegar ao seu destino cartas do ' 'froot" , para tranquilizar ~s famílias dos que partiram ; obtem esclarecimentos - enfi_m, entrega-se sem reserva, sem pensar no perigo que corre. Não tarda que o inimigo assinale êste sacerdote, que nada receia e que tanto se pi"eocupa com sua pátria. Por longos mêses

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