Quero - 1939

7 Sem dúvida não encontrou palavras, expressão adequada no nosso vocabulário humano para uma alegria tão íntima; ele teria dito como S. Paulo em alguma parte: nunca jamais penetrou no cor ação humano o que Deus preparou àqueles que o amaram." O capítulo fecha a história deste episódio da vida de Jesus e dos tres Magos com este traço significativo que mostra todo o desvelo e todo o amor da Di– vina Providencia: foi-lhes mandado um Anjo para indicar o caminho da patria. A história dos Reis se repete todo os dias entre nós, quando a graça move corações generosos. O Espírito de Deus age misteriosa– mente, chama no silencio de uma meditação ou de um retiro ao ideal do Apostolado. A Acção Católica foi para muitos a Estrela formosa que os guiou aos pés de Jesus. Quanta generosi– dade inspirou a idéa: Deus me chama, de mim depende a ~alvação de muitos outros. E a res– posta foi sempre corajosa: levantemo-nos, vamos em demanda do remado de <:risto-Rei. E a terra longínqua de Cristo-Rei com as almas conquistadas fascinava os espiritos mais exi– gentes. Não escreveram na "Quero": "A cha– mada da A. C. operou no mais íntimo do nosso ser um verdadeiro milagre?" Já estava fun– dada em nosso coração a A. C. dela vivíamos, LGUEM me perguntou: "Você já foi convidada p&ra escrever no quero?" Atend~ndo a essa pergunta, hoje re– solvi sair-me com este minúsculo artigo: ALERTA! Colegas! O momento atual é de activi– dades desassombradas para tôdas as classes. sociais. E nos mais espertos é o que se vê. Só os tôlos estão dormindo ou semi-dor– mindo. Acredito que nunca as almas de cristãos tiveram tanto de dar contas a DEU S como as que comparecem presentemente ao Tribunal Divino . A hora presente, caras amigas, não é de pensar, mas de agir. Digo que não é de pensar, porque o nosso plano 5 J. F. C. B. BELEM - PARÁ nela depositávamos as nossas mais caras espe– ranças?•· A maior parte das nossas moças (bela ca– racteristica da juventude) não perguntou: para onde vamos? Tinham o coração doei!, ' a fé ina– balavel, a perseverança heroica no coração: seguir a Jesus, na conquista de almas. Com este ideal a vida adquiriu um encanto que a massa indiferente desconhece. O caminho é se– guro, atraz de Jesus: ha luz nos olhos, espe– rança no coração e aos pés de jesus: ouro da nossa juventude, incenso de amor e de ado– ração, mirra das nossas belas desilusões e sa– crifícios. Muitos meneram a cabeça e ainda não se convenceram do nosso ideal. Um sorriso com– passivo traduz o pensamento a nosso respeito: tolice e tempo perdido. E' para nós um motivo de trabalhar mais ainda, porque nunca esque– cemos os Magos, que, afinal de contas, a-pezar de tôdas as críticas e má vontade do ambiente, tiveram razão: chegaram aos pés de Jesus. Idealistas do bem, que a luz dos nossos olhos seja para muitos a estrela que os con– duza aos pés do Presépio. ffe. 'l;hiago 'Way Ass. ecl. da A. C. já está traçado, resta-nos apenas pô-lo em execução, e no nosso modo de agir não de– vemos perder um minuto. Julgais que não podeis trabalhar pelo nosso ideal sem per– der um minuto? Vejamos: quando fôrdes em visita a uma amiguinha ou para o vosso emprêgo, o vosso modo de andar, o vosso olhar, podem e devem estar agindo no nosso trabalho constante de apostolado na A. C. Só assim Nosso Senhor ficará satisfeito e, então podemos dizer-lhe: Cristo ! nós vos queremos nas nossas almas, nos nossos lares, na nossa sociedade e, na hora de nossa morte, não teremos medo, mas coragem para ~nfrenta-la, pois que as mãos estão cheias de bôas obras. Stella.

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