Quero - 1939

.. DO CEARA I J i"Pensa em MIM... e EU pensarei em ti' , disse Jesus um dia. num arroubo divinal de ternura e de miseri– córdia, a uma de Suas almas predilectas. E é bem essa frase que Ele te repete, jovem cristã. no silêncio do coração, quando te convida para as fileiras benditas da Acção Católica. Medita-a profundamente, procura aquila– tar-lhe o valor inexcedivel, estuda, nessa pro– posta sublime, as duas lições preciosas que o Mestre' te apresenta: GENE ROS IDA D E ... CONFIANÇA ... E elas serão as tuas asa · possantes no vôo sereno para os alcan!ís da Montanha do Amor! "Pensa em MIM ... nos meus cuidados. nos meus trabalhos, nas minhas conquistas ... e EU pensarei em ti, nas tuas dificuldades, no teu futuro , na tua santificação ..." Esquece-te, portanto, de ti mesma, e preo– cupa-te com os interesses de Jesus! Olha em teu redor. A tua amiga, confi– dente leal e devotada de tuas máguas e de teu sonhos, precisa talvez de teu auxílio. Como borboleta estonteada pela claridade intensa, ela se debate, numa inquietação que o mundo cha– ma transbordamento de alegria , em busca de ideal , à procura de repouso. Podes tão bem com aquela delicadeza com que sabes consolar, aorir-lhe de mansinho a vidraça da janela para furta la um .pouco ao prazere · da vida e às le- iandades do coração ... Depois, passado o ofu camento, aralmada a nervosa actividade, podes ainda dar lhe Luz, nos clarões suaves de uma fc vivida, oferecer-lhe trabalho, apontando a me e do Senh r a se ressentir da fa 1ta de operário , • a tua família, na ua paróquia, no teu t r balho e n dep ras outros Filhos pró– dr os, e contentarem com O re tos que e 4 J. F. C. B. BELEM - PARÁ lançam aos porco ? Não sentes a tepidez ener– vante de almas que desabrocham bem ao lado da tua? E as tuas orações, os teus sacrifícios, as tuas palavras, o teu exemplo, lhes poderão dar a saudade da casa paterna e a temperatura térmica das almas fervorosas. Esquece-te, jovem cristã, de ti, e ausculta o Coracão do Mestre . . . Não O acompanha o teu, no cadenciar · de Suas pulsações, nos an– seios de Sua Glória? Não te comove, sobre– tudo, a Sua voz pausada, suplicante : "Pensa em MIM ... "? . .... .... . .... . .............. ..... No Seu peito aberto, mendigando conso– lação, as tuas lágrimas de amoroso assenti– mento vão gravando o teu nome na página dos Seus Ap~stolos ! Então, no cálice de tua alma que se abre ao Seu amor, Ele mistura ao cristalino orvalho de tua pureza as gôtas de fel da ingratidão dos homens, e o óleo revigorante da Caridade que dEle dimana. Has de sentir o desprêzo que Lhe vota o mundo, o abandono em que O deixam os Seus amigos, a frieza dos escolbidos diante de Suas ternas solicitudes. Ha de viver e se manifestar em ti o Cristo, na intrepidez da fé, na intensidade de vida es– piritual, na vocação sublime de salvar dS almas, mostrando o Caminho aos transviados, a ·ver– dade aos ignorantes, a Vida aos de boa vontade! E na hora s o Ie :1 e do teu juramento de honra a bandeira da A. C., escuta ainda o Co– ração de teu Re4 a vibrar de gôso nas espe~ ranças de vitórias. Ouvirás lambem, em acentos de amor e na solidão de tua alma, enquanto se derramam em tua vida ondas de confiança, a maravilhosa pmmes :i de Jesus: e EU pensa– rei em ti ... " cJY[aria SíatJI Pres. da J. F. C. de 1-vrt,z/e;;a

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