Quero - 1939

18 J. F. C. B. BELEM · PARÁ 'PAGINA DO SEMINARIO A BATI NA:::---.:::: A batina é o distintivo w-,,,-,,/',,.•- ~~ ' dos ministros de Deus. Outrora, as casas régias ou nobres eram conhecidas pela côr, pelo feitio e pela riqueza do uniforme dos seus servos. Trajar uma libré fidalga dava direito ao respeito que cercava as grandes familias. Reciprocamente, obrigava a não comprometer o bom renome destas famí– lias, representadas pêla libré. A Igreja, a-pesar de pobre, é a casa mais nobre da terra, já pelo seu caracter de espôsa do Cristo, já pêla sua idade multi-secular, já pêla grandeza dos seus santos, já pêla soma incrivel de beneficios trnzidos á humanidade. O sacerdote é o servo de uma alta linhagem. deante da qual empalidecem as estirpes mais famosas. Por conseguinte a batina, libré d::i Igreja, é ur11a veste das mais aristocráticas. moralmente falando. Ela honra os que a envergam. Dá relêvo e prestigio ao clérigo . O mundo acata e venera -qu:mdo não o detesta e persegue em ódio a Deus - o homem de hábito tahir, a-pesar da insignificância individual que possa ter êste ho– mem. Um embatinado é muita cousa perante a sociedade. Um desbatinado passa a joão nin– guem, no dia em que lança o santo hábito ás uriigas. Um padre, trajando á laica, está redu– zido ao seu próprio valor pessoal que, ás ve– zes, não é dos maiores. St! a batina e.-gue bem alto os ministros da lgreju, tornando-os copartícipes das glórias desta Igreja, os ministros da religião devem. por sua vez, honrar a batina, com a dignidade nos actos e nas maneirns. A veste talar é in– comr.itivel com os negócios seculares, com as festas v.iidosas, com a frivolidade, com as fre– quentações duvidosas. Em tôda parte, o levita h:.í de recordar-se que, pelo facto de envergar o hábito eclesiástico, já não figura como sim– ples particular, senão como representante da Igreja. A leviandnde do homem de batina sena um desdouro para o catolicismo. Em si, n batina é um bom preservativo moral. A Igreja. óptima psicóloga. cercea a li– berdade vestimcntária dos seus servos para di– minuir-lhes o númtro das ocasiões de pecado. abe ela muito bem a infiuenc1a e,;ercida pelo traje. Urn h:ibito respeitavel e austero tende a tornar austero e respeitavel o dono. Se vestisse como um laico, o padre seria propenso a imitar os laicos. Com um foto ecular, inclinaria par:1 a vida secular. Pelo contrnrio. envergundo as sagradas vestes, relembra-se forçosamente do seu caracter sagrado e conforme facilmente seu<; netos com êste caracter. A batina é realmente uma contradição ao mundo. Seu feitio, immutnvel e severo, nada tem com a variedade e leveza das modas. A batina não tende a realcar a elegancia externa. mas sim a inspirar 3 elevação moral. A forma constante do santo hábito é a imagem da forma constante da Igreja, que se não curva ás in– constancias da opinião e da vaidade. A batina é, pelo seu corte sempre idêntico, uma pregação de estabilidade e perseverança. Pela sua côr negra, a loba do clerigo é simbólica do luto dos que devem morrer a vida mundann. aos prazeres, às ilusões, às nm bições. Os padres enturnulam-se no hábito parn ressurgirem com Deus. Aqui. o traje ensina a renúncia, o desapêgo, a abnegação dAquek: que disse: "Meu reino não é dêste mundo.'' A batina em eclesiásticos vaidosos é um ccrntr:1 senso. Seria como a farda do exército em peti– metres efeminndos. A roupa tem um significado na Igreja. É um sinal. Num padre de costumes pretenciosos, a batina seria um sinal que nãn corresponderia ao seu objecto. Seria um sinal apn gado. Os clérigos devem meditar sempre o texto de São Matheus, capítulo XI-8: "Fostes vêr 1 quem? A um home,11 ricamente vestido? Os que trajam ricamente estão nas casas dos reis.· Os que trajam severnmente estão na casa dn Senhor.. . !l'e. c.Dubois ~PÔST~LOS~~ Na Rússia vermelha, apo derani-se das creançns, arrancam-nas à família e educnm-n 1s, desde ILnras, dentro dns teorias co munistas; insutlam-lhes .1s id(.as comunistas; en sinam-lhes os programas comunista : fnze111 delas convictos comunistas; fazem del:is arás tolos comunistas. E tu? És catolica, tens 1dea:, tens ideais. tens princípios. tens uma lei, uma relig1iio. Já pensaste em formar· um apóstolo. a1u dando a formação de um padrl!? Deixurás que os filhos das trcvns tenl1.1111 mais zêlo que os filhos da lu1?

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