Quero - 1939

realizar, tereis um m1ntsteno um pouco novo ... .--\té aqui, ereis mestres incontestados, quasi reis vor direito divino ... Se, amanhã, o laica to se .:olocar ao lado da hierarquia, para dirigir a Acção Católica exterior, sereis, doravante, reis constitucionais.. . Sereis obrigados a tom ar opinião dêste partimento. E não será sempre ~oisa facil... Tendes uma mentalidade de teó– logos dogmáticos; êles terão, tnlvez uma mcn - talidade de parlamentares . . . - "O espírito de colaboração é coisa muito dificil... Ta 1 vez exijam êles de vós mais trabalho intelectual, mais caridade, mais desprendimento de vós mesmos, de vossa opi– nião... Haverá aí perspectivas assustadoras para vós? Não. -Perspectivas dificeis ?-Sim. -Mas, perspectivas singularmente engrandece– doras." Êste espírito de colaboração marcou todos os períodos de conquista; todos os períodos ele decadencia foram, ao contrário. marcados por uma scisão. -A Igreja niio é, como afirma Monsenhor B ui s s o n, ciosa de sua autoridade. Ela foi a grande escola de iniciativa, a grnncle escola de 12hefes. Sua atitude secular tem a I g um a coisa de desconcertante para nossa timidês. Quando São Jerónimo deixa Roma pela Palestina, é uma mulher chamada Marcela, que êle encarrega de responder em seu nome às dificuldades exege ticas do clero. Baroni11s sublinha dSte facto: onde o génio de Agostinho folhou, na sua con– trovérsia com VolusiJmo, é uma mulher cha mada Melânia que resolve a questão. E' pelas mulheres. por estas grandes rainhas: Clotilde. Radegonda etc ... gemeu V,Jltaire, que o cristia– nismo conquistou o mundo bárbaro... Quando Sao Tomás hesita sôbrl.! o dogma da lm.iculada Conceição, o povu . êsse, niio hesita e em Pcr– pignan, como em muita~ outrag cidades, impõe aos seus edís o juramento de o defender. Antes do concilio do Vaticano. prelados de destaque combatem o dogma da infahb1lidude pontiflc:1l; um jornalista lc1gn, 1.. \'eu 11,,t. opõe-se a êlcs - algunrns ve,es cum \'iolencia como um c:1111- pl!âo d,t verdade. Qunnto :l tJ :1postolado social, que nomes comparnr com um Gastão de Rent1, no século XVII , com Henri Ruch, e, no sl.'.: – culo XIX. Ornn,:m, de Mun, Leão Harmel, Vo– gel<;ang? Como, meu filho, a Igreja experime11t:1riu êstc sentimento de in\'eja? 1 ' ão proclama cl~ • J. F. C.. B. BELEM . p ÃRA que eu me detenho em escolher os pequeninos para as grandes obras: uma pobre moça de Siena, Santa Catarina, para reconduzir o Pap:1do para ,1 Cidade Eterna, uma camponêsa de Domrémy para salvar a patria e a fé, cristãs obscuras para -.:rear estas obras grandiosas: os Congressos Eucarísticos, a Propagação da Fé, São Pedro ,1póstolo? Minhas mensagens as mais solenes eu as confio a creanças, pequenos pastores da "Sa– lette", pequenos camponêses, e a esta pobre ignorante: Bernardette. Eis o meu espírito. Compreendes que nada poderia desculpar a tua pusilanimidade ... Tu não és senão um carregador. Trabalha como o carregador de Dublin, Mateus Talbot. O mundo saberá um dia que tu fizeste muito mais pelo Reino de Deus que muitos doutores. -Mas. c0mo a vaidade facilmente envenena J humildade, toma cuidado, meu filho, de não misturar no teu sulco a ~izânia com o trigo. Co- 11hcco mngnfficas iniciativas que a inveja dos -.:lerigos destruiu, conhec;o tambem um grande número que foram perdidas pela vaidade dos ÍCÍf;OS. L 1 ns e outros esqueciam servir p:1ra se ser– \'irem. Todos se gab:.1vam de querer a minha glória -e era a deles que procura\'am. Uns cll:l– mwam indisciplina dos leigos, o que era justa rndependencia, os outros chamavam tirania dos derigos o que era indis:;pensá\'el fiscalizacão hie– nírquica e justa defeza dos leigos subalternos contra o orgulho dos chefes leigos. Quando vires um hcmem ou uma mulher procurar o primeiro pôsto, agarrar-se ao poder, insurgir-se contra qualquer "controle", tôda particip:içiio de autoridade. assaltar o primeiro lugar, apagar à su1 sombra todos os súbditos - pode-; dizer que êste ou aquela blasfema e mente ao reivindic,1r o titulo de Servidor. Êste <>u esta scnH::ia mJ1s ioin que trigo. Êste ou estu e nvenena n campo por longos anos e ::;eu scr– vi~o. fôsse ele mesmo muito activo, me é odioso. Para trabalhar no 1lll:U reino que é dos -vivos. é preciso que tu mesmo sejas vi\'o, por 1;sta vida de g r a c a que te diviniw. que, d ida 1,clo baptisrno, é restaurada, aumtnt, d,. pda p1.! - 11i1énci11 e pela Eucaristia. r1.11n1,n,rn "ª P" ,n. ,,n --·1 1

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