Quero - 1939

• 2 BOL~TIM ~ D A ,;,oc,o,c L. F. A. C. DEZEN1'.S D1'. z ====================== RAFAELA ======= (Contfnuação) ~le sabe com que ternura o seu coração de Mãe se abre a tôda a prece, a tôda ne– cessidade; êle sabe quanto lhe é ~uave dar– -nos o seu «Tezouro." O seu diário revela-nos · como êle sabe orar! •Peço ao bom Mestre o Amor, o Amor, o Amor! O Amor será o mérito, a fôrça, a paciencia, a alegria e a beatitude no meio das piores tribulações ! Isto basta, porque não se pode fazer nada de· mais, não se pode dar mais ! Oh ! sim, por piedade, meu Jesus, der– ramai em mim um pouco do vosso imenso Amor! Preciso tanto de amor 1••• Preciso tanto de amor para dizer sempre •fiat•, consentir a todos os sacrifícios, aceitar alegremente tôdas as imolações, especialmente aquelas que pas– sam ao alcance de minha mão e que vosso coração me prepara! ..." Ah! se soubéssemos sempfe compreender que as nossas Cruzes nos são preparadas com nino, destacando para determinados cargos certas mulheres a que chamavam "ministras". tste título desaparece mais tarde, cedendo ao de "viuvas". Os predicados dessas apóstolas leigas deviam ser, segundo São Paulo, ?S se– guintes: Deviam ter sessenta anos de idade, ter casado uma sô vez · ser de boa reputação; deviam ter sido boas ~ães de famílja e boas educadoras, hospitaleiras para com . o~ pere– grinos, caridosas protectoras dos opnm1dos, e, antes de tudo, ser animadas dum grande e_n– tusiasmo pela religião e pelas obras de vir– tude cristã. * * * Além das "viuvas", aparece no texto sacro a organização das diaconi~as, se~horas ou donzelas de sólida vida relig1osa, d1SJ?OS– tas a desdobrar a sua actividade no recinto da igreja e nci meio da sociedade. tanto carinho por um Coração que nos ama i,nfinitamente, penso que não nos rebelaríamos contra estas mensageiras do Amor e as _acei– taríamos com maior boa vontade. (Continua) . O DEVER N.º I Para conduzir almas a Deus - que isto é a tarefa da Acção Católica - é in– dispensavel que o próprio condutor possua a Deus. Que o possua pela graça, que o . possua por um grande e sincero amor, que o possua pelos liames duma profunda e sólida vida espiritual, A ascese pessoal é o postulado bá– sico de todo o apostolado social. Não se pode dar o que não se tem. Não se pode transbordar o que não se possue abundantemente. O fruto do apostolado está na razão directa da espiritualidade do apóstolo. Os raios solares que atingem o nosso planeta são veículos de luz e calor uni– camente porque o grande fóco central pos– sue luz e calor em abundância. Não pode levar aos outros homens as luminosas idéas e os sublimes ideais de Jesus Crísto quem não se acha repleto e transbordante dessas ideas e dêsses ideais. O apostolado não é senão um espon– tâneo transbordamento duma exuberánte plenitude interior. Crear, conservar e aumentar em si essa plenitude é o dever "número um" de todo o apóstolo da Acção Católica. I • . L

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