Quero - 1939

J (3 J . ·f . C . B. BELÉM- PARÁ S. p A ULO, PRIMEIRO HERÓI DA ACÇÃO CATÓLICA APOSTOLUS Deus mandou : " Pregai o Evangelho a tôda criatura" (Mt. 28 19 ) . E Paulo não executará o que Deus manda? A tôda criatura. Tambem à nossa geração. Com esta geração Deus tem _tambem os seu s desígni os. Planos que a sua onipotenci& executará. "Nutro a firme coníiança de que aquele que em vós iniciou a boa obra também a levará a êxito cabal, até ao dia de Cristo Jesus" ( Fil. 1 fl ). Fé na sua missão, na causa que serve, nos seus aliados; e fé também no material bélico com que Deus .o muniu. De duas coisas a humanidade precisa sempre e em tôda parte: de solução das suas dúvidas e libertação das peias dos seus pecados. , ' t) A solução pe tôdas as dúvidas encon– tra-se no Evangelho. tste Evangelho é o seu tezouro, sua sabedoria, fora dele P aµ 1 o não possue nada. - "Apóstolo . .. escolhido pa ra o Evangelho" ( Rom. 1 1 ). "Êste Evangelho será para êle a fonte de tôda a bênção. A êle con– sagrará tôdas as suas fôrças, trabalhos e desvelos. "Faço tudo para o Evangelho" ( t Cor. 9 ' 3 ). "Pelo qual eu sofro, e estou algemado mesmo como um criminoso" ( 2 Tim. 2 ' ). O seu grande pesar é "que não todos obedecem ao Evangelho" ( Rom. 10 i& ); a sua alegria de ter os que traz dentro do co– ração, "na defesa e confirmação do Evangelho" (Fil. 1 7 ). O Evangelho é a sua consolação nos maiores sofrimentos. "A situação ( no cárcere) em que me acho redundou em maior proveito do Evangelho" ( Fil. 1 u ). E a sua fé e confiança generosas são muito bem motivadas. O Evangelho é a pa– lavra de Deus, e não produto de sabedoria hu– mana. "Asseguro-vos, meus irmãos, que o Evangelho que vos preguei não é obra de ho– me1ls; não o recebi de homem algum, nem o aprendi por estudos; mas foi-me revelado por Jesus-Cristo '' ( Gal. 1 11 ). Não percamos nunca de vista que o nosso Evangelho é o de S. Paulo; a autoridade, ve– racidade e poder de Deus está com êle agora como dantes. "Nós somos embaixadores de Cristo, pois que é por nosso intermédio que Deus exorta". (2 Cor. 5 2 º ). Que influência prodigiosa exerce nesta "exortação de Deus" feita de milhares áe púl– pitos ao povo de Deus todos os Domingos. E que influência tê~ também os bons ~onselhos, exortações, convites dos apostolos leigos. E' o Espírito Santo que fala por aqueles que man– dou. Quem não compreende a imensa diferença que há entre o que se diz sob a direcção do Espírito Santo e os ditames da sabedoria hu– manas, mesmo saídas das mais afama d as cátedras? Sendo a palavra de Deus, o Evangelho também é fôrça de Deus. "Não me envergonho do evangelho, que é virtude divina para dar sa lvação a todo o homem que crê" (Rom. } 1b ). Virtus Dei-virtude divina, por se r Evan– gelho de Jesns-Cristo. Cristo tem ainda signifi– cação para o mundo moderno?- Quem pode– ria duvida r? O evangelho do seu nascimento vida e morte empolga, como sempre, milhõe~ de corações. Uma fôrça espi ritual! Supe rior a tôdas as subtilezas da antiga filosofia. " Onde está o sábio, onde o escriba, onde o investigador dêste mundo?" ( l Cor. t 20 ). Qual foi a resposta que a filosofia dera as perguntas mais prementes e importantes? Deixou o homem na mais penosa das incer– tezas. "Está estrito: An iquilarei a sabedoria dos sábios, e rejeitarei a prudencia dos pru– dentes" ( 1 Cor. 1 ,~ ). E a nossa época progressiva? Que escla– recimento nos trouxe ela sôbre as questões fun– damentais da vida? "Pretenderam ser sábios e tornaram-se estultos" (Rom. 1n). Mas "d~ vez que o mundo, com a sua sabedoria, não conheceu a Deus em sua divina sabedoria aprouve a Deus salvar os crentes pela loucur~ da pregação" ( 1 Cor. 1 21 ). Sem o Evangelho não haveria fé, mas pelo Evangelho quanta luz sobrenatural no mundo inteiro! Realmente: virtus Dei est, é uma fôrça divina. "O que ha de estulto da parte de Deus

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0