Quero - 1939

\ ) 3 J. f. C. B. BELEM- PARÁ Ruina das elites :illl Segundo Bessieres • RANDE prodígio! Êste jovem rico cum– pria a Lei, desde a sua infância; respei– tava a Justiça e amava a Deus sôbre tôdas as coisas. Era puro em um_mundo corrompido. Cristo escolheu-o: "Se tu queres ser per– feito, vai, vende todos os teus bens, dá tudo aos pobres, depois vem e segue-me." Mas faltou-lhe coragem... Não podia deixar as riquezas! O Evangelho não disse tudo: E' em grande parte a mãe que prepara a alma da criança. Imaginemos esta cena: o Jovem vai ao encontro de sua mãe, na sua bela residência a borda do Lago e conta-lhe: "O Rabbí de Nazareth disse-me: "Vende tudo, depois vem e segue-me." Hesitei e venho solicitar o vosso consentimento materno. -"Êle teve a coragem de te dizer isto aquele insensato?! Vender tudo, abandonar~ -me, tu que és a minha alegria, a minha razão de viver! Não o procures mais ... não tem 1 êle bastantes pescadores e lavradores para segui-lo?'' Disseste a verdade, mãe egoista. Dois pescadores, Pedro e André, carregando suas redes entram neste mesmo instante numa ca– bana à borda do Lago. Joana, a tua vende– dora de peixe, acolhe-os com o mesmo gesto de amor materno com que tu recebeste 0 teu filho. -"Mamãe, c_ontam êle~ 1 o Rabbi de Na– zareth passou e disse-nos: Sereis de hoje em diante pescadores de homens." Nós o segui– mos e viemos pedir a tua bênção. E a pob_re Joana pensa: Imenso sacri– fício - dois filhos [na mesma hora _ mas que glória! -"André e Pedro, ide, segui o N·azareno Deus me dará fôrças para trabalhar e ganha; o meu pão. Não foi para me servirem e sim para servi-10, que Deus me deu dois filhos. Se o veu do futuro se abrisse, Joana, uma felicidade imensa romperia o teu coração. Um dia povos do mundo inteiro viriam beijar os rest~s daquele-teu filho-Pedro, a pedra angular da Igreja. A glória dos Césares empalide~eria perto da tua! Teus fithGs pescaram mais homens do que as enchentes do lago trouxer~m de peixes. Teu nome junto aos deles sera lou– vado por tôdas as gerações. E tu que guardaste teu filho, o per– deste Um dia êle se queixará de o teres criad~. ~ó para o teu egoísmo,. só par~ .ª tua alegria. Serás cúmplice da sua vida sacnftcada. .. . .. . . .. . .. . ... . . . . . .. . . . J Jaur ,.s na Câmara Francêsa, voltan- ean e ' "Dº ·t '' dº s "Se do-se para o partido da irei a . is e- vossa religião fôsse mais uma ct;v1cção p~sl– soal do que uma vantagero po 1_ 11h1ca ~ s1 oc1~, t . . orgulho de dar vossos I os a greJa. ~;t~ndeis entretanto: já há bastantes voc~- oef entre "o povo". Senhores, como pens~1s ~rradamente; aristocratas, home~s. da socie– dade, qualquer um de nós benef1c1a dos ser- viços do Padre. E' vosso dever fornecer padres. Somente agindo assim é que tereis con– tribuido para salvar a elite da ruina e da de– cadência social."

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