Quero - 1939

cjuero ~ 20 J. f. C. B. BELÉM- PARÁ S. p A u L o' PRIMEIRO HERÓI DA ACÇÃO CATÓLICA APOSTOLUS (Continuação) Sublime incumbencia ! lncumbencia divi– na! Paulo não duvida que a sua missão seja de Deus. E nisso está o segundo estímulo para a sua vontade vitoriosamente inquebrantavel. "Paulo chamado a ser apóstolo" (Rom. 1 1 ). Vocação bem expressamente sua . Para isso êle foi escolhido e dotado. Êle é o homem com quem Deus conta, de quem se espera muito. Com efeito, Deus ordenou que os seus dons haviam de administrar-se aos homens pelo ho– mem, e que o esfôrço envidado seria a me– dida da sua liberalidade. Eliminai da história humana Paulo e a sua influência - quantos · nunca teriam saido das trevas e da ignorância! Privai a sociedade de um sacerdote zel oso ou de um ve rdadeiro membro da Acção Católica e quanto bem omitir-se-á. "Apóstolo, não pelos homens nem por intermédio de homem; mas , sim, por Jesus Cristo e por Deus Pai" (Ga l. 1 2 ). Foi Deus que chamou e manda. O que o apóstolo quere, é · vontade também · de Deus. Confo rtai-vos , • . membros qa ·· Acção Católica como tôda a je– ·rarquia edesiastica, ·a vossa vocação é ema- • naçãó do ma-ricta to de S. Paulo. Apóstolo por vontaâi de Deus! Todos os nossos adversá– .·. rios, Seja no pfotes tantismo, espiriti smo ou •. mundanismo, fizeram-se apósto los contra ~ vontade de Deus .. Estais no . lugar que vos foi marc!çlo _por Deus, ... Pela vontacle de !,eus" - O que Deus •. quere e1e··. o leva a cabo . "Apóstolo de Cristo '-esus por ordem de Deus nosso Salvador" (l Tim. l 1 ) . SEGUNDUM l,.,;PERIUM Salvatoris hostri. lmpério! Pensa-se aqui no império ro– mano. Com que segurança e conciência da ~oderosa causa que serviam, entravam os re- 1-res~nt~ntes do inegualavel império nas suas provinc~as. Todo o império romano estava atraz deles . Mas que significa o império ro– mano comparado com o império de Deus, nosso Salvador, e - de Cristo-Jesus nossa :~:er:tiª 7 h E um_ homem confiado e apoiado A . e~ or havia de desanimar? P rópr·ia u1_nidc_a ~oisa capaz de assusta-lo é a n 1gn1dade. Paulo sabe que a sua vida anterior não tem sido boa preparação ao que vai iniciar. Experimentou que as capacidades humanas não vão longe. Mas não importa! Quem afina l, há-de fazer a obra, êle mesmo ou Deus, que dêle se servirá como dum instrumento? E Deus, querendo, não obtem sempre resultados óptimos, apesar das condições menos propícias? No princípio êle tirou, por um só acto de sua vontade onipotente, a luz das trevas e a gran– diosa criação do nada . O homem pa ra fazer qualquer coisa de importancia, precisa de mei0s adequados, mas a onipotencia tem prazer em produzir maravilhas onde não ha nada. Por quê pois, recear? Seja êle noite e trevas, se Deu~ o chamar, tornar-se-á dia meridiano. "Porque Deus que ordenou que das trevas rompesse a luz, resplandece êle mesmo em nossos co– rações para fazer resplandecer o conhecimento da glóriá divina" (2 Cor. 4 6 ) . Paulo ficou , talvez, desiludido?... Dos P?vos, ..no seio dos guais apareceu podemos dizer: O povo. qu e Jaz em trevas vê surgir um gran_de luzeiro, e_urna luz resplandece aos que habitam nas regiões sombrias da morte'' (Mth. 4 ,s.'6). Nada temais, pequeno rebanho da Acção Católica. O Papa chamou-. "Apóstolo pela _ ta de de D~us", não ha dúvida. Essa von~~~e de Deus e a luz que resplandece em vós . Apesar de vossa pequenez sereis luzeiros nas trevas. . Paulo tem fé e confiança também nos seus aliados. }) o rnai~ importante é o coração humano. Os pagaos que não possuem a lei, fize– r~m de modo natural o que pede a lei.. ser– vindo de lei a si mesmos ; por sinal que ·mos– tr~m .levar gravada no . ~oração a essência da le1. E o que lhes fortif ica a conciência bem como os pen sa mentos a se acusarem o~ de– fenderem m11tuamente. (Rom. 2 •· 1" ). . A ~!ma humana é e fria "anima natura- llter clznstiana", alma naturalmente cristã . Sen– te-se atra"ida pela ~a id ade e virtude, como a agulha de marea r e atra'ida pelo norte. N O . Após tol? o compreendera Ll a ramente. 0 meio dos sis temas doutrinais e de todos