Quero - 1939

Ecos do Congresso Euearfstieo ( Continuação da pag. s) da Igreja sôbre o assunto, que mereceu, enquanto discutido, de S. Excia. o Sr. Bispo do Ceará instrutivos apartes. NO RADIO A Eucaristia nos une em Cristo, nos faz um com o Cristo. E' o que sentimos ple– na~ente, no Recife, meus longínquos' con– terraneos. 0 Cr"Que nos une, na v_erdade, aqui?- O Cristo. . isto que nos atraiu e a quem viemos não apoiados b d- ' ' . ª um or ao como contritos pere- gnn os, arrastando as sandálias pelas longas estradas poeirentas , não de elmo e lança como os cru zados - mas de t d ou de ' au o, e trem, de avião t vapor, com o mesmo fogo sagrado no en ~nto, dos te~plários, com o mesmo e~ter– n~cbllf!lento humilde e suplicante dos penitentes pu ICOS. Q Jomos peregrinos. Peregrinos famintos . uan o o mundo busca o ouro nós como ~ arabe do deserto que desprezou ~s pe-' 1 troca de u t- ro as em mas amaras buscamos ta b. neste deserto "duro , sêc~ e esteril " ~m m em, homens mau s to rna ram a Vid que os de pão! a-um pedaço curso F~t~ ! ª l~i~z, ~em_~ud e para muitos o per- q · , q · mil dificuldades enredaram-se u1ça, como um ci poal d . . , mais fraco s M b . ' que esaniman a outros entreluzi nd~ as O nlho da Custódi a de ouro, camin ho! como um sol, nos mostrava o - Sim, 0 bri lho da Custódia · poic: outro pão ~ao pr~curamos senão o Pão ·do Altar outra .orne_ nao sen timos senão a fome do ~o ração inqusieto q~e q~er~ descansar "na mão de Deus , na ua mao d1re1ta" e . _ orno um oasis de pa z en tre as conv ul- soes ~a ~ue_rra, Recife abr iga a piedosa cara– va_na rasileira. E' o Brasi l in teiro que se com– pnme, de mãos dadas, num círcu lo de amor e~ redor do Deus infin ito que, para poder ser a _raçado por nós, se fez Hóstia pequena e Ji– m1tada . E' o Brasil que afirma o seu amor à paz, que reclama a paz, no mesmo cenário em que soube, outrora, demonstrar o seu va lor 14 J. F. C. B. BELÉM- PARÁ bélico ; porque não há neste amor à tranquili– dade, cobardia ou fraqueza, mas é a fôrça que sabe transformar a garra poderosa em mão leal e util para enriquecer a terra e fartar os lares. Queremos ser um povo pacífico e não um povo pusilânime; nossas armas, não as desejamos embotadas pela ferrugem, mas tam– bém não as queremos criminosas como a de Caim, gotejantes de sangue que brade ao Ceu : pode ser um emblema nacion?l o escudo que Pernambuco ostenta : o leão poderoso, côncio de sua fôrça, mas que a -emprega, antes de tudo, na construção do Reino da Paz, elevando, como índice supremo de cultura e progresso, o emblema sacrossanto da união: a Hóstia Ima– culada. Sim! Enquanto a Hóstia não for o sol fecundante de tôdas as nossas obras, elas se estiolarão nas sombras da morte; nenhum trigo se transformará em pão, por mais regado de suor que tenha sido, se o povo o nã~ ?fere– cer, sôbre a patena de seus coraçõe~ f~e(S, ao Deus que tem direito a tôdas as pnm1c1as. E é, Senhor, um símbolo enternecedor desta convicção profunda êsse trigo ?fertado por Pernambuco, da sua primeira colheita, ~ara as hós tias do Congresso; êsses p~queninos grãos, ricos da seiva brasileira , al!men~ados e creados pela vida da nossa terra, sao a afirmação alta e viril de ~ue a Terra ?e ,S_ta. Cruz oferece ao Deus Onipotente as pnm1c1as dt suas fôrças, da sua alegria, de sua família, de sua riqueza; a Deus, o melhor d~ nossa vida, a nossa própria vida, num dom integral de cristãos integrais . No côro brasileiro, a voz do Pará, canta em uníssono a sua melodia de patriotismo e fé; nem de outra forma poderia ser. No ceu estrelad o da nossa bandeira que , ora, paneja ao lado da Custódia, não podia apagar-se aquela estrêla, qu e na constelação nacional representa o Estad o parae11se. Estrêla ardente de fé , tremeluzindo de amor, ela veio engastar seu clarão cintilante como gema preciosa no os tensóri o divino. ~ E, reverente e humild e, o Pará entregou esse astro em que ardem tôda s as preces dos paraenses,- dos qu e fi ca ram e dos que vie– ram, govern antes e govern ados - entregou , di go, essa es tréia, que é tôda a sua esperança e tôda a sua crença , nas mãos daquela que, melhor do que ninguem, saberá apresenta-la , . ..

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