Quero - 1939

♦ ♦ ♦ ♦ • ♦ ♦ ♦ ♦ U M bando alegre de colegiais invadiu o bonde em que eu viajava . De pé, ao meu lado, postou-se uma jovem estu– dante usando respeitosamente o distintivo da A. C. Em dado momento, a mais travêssa, dirigindo-se à Jecista, exclamou : '' Ah! és da Acção Católica?", e obtendo resposta afirma– tiva: "Coitada, não pode mais tomar banho de praia ..." Do meu lugar troquei um olhar signifi– cativo com a Jecista e pensei, no mesmo mo– mento, fazer esta publicação, pretendendo dis– solver conceitos erróneos que são alimentados a respeito do programa da Juventude na Acção Católica. Daí por deante, fui ponderando: Em que nível se acha o conceito da A. C ! . . . Julgam que os seus estatutos se limitam apenas a impôr pro"ibições aos seus membros! ... Como se enganam! .. . E' que não conhecem a gran– deza do nosso aposto lado, a centelha divina de Caridade que êle encerra. Não, minha querida. Lá "de fóra" você nada enxerga. Não se compadeça de uma je– cista, ou outra qualquer pessoa da Acção Ca– tólica. Antes a imite e a siga no seu ideal, na sua sêde de conquista das almas para Jesus. A Acção Católica não traz em seu pro– grama nenhum impedimento pelo qual os seus membros não possam frequentar praias de banho. Ela encerra uma organização que pre– para mentalidades sadias, para que tôdas pos– sam viver cristãmente dentro do seu respectivo meio social. Deseja que tôdas sejamos cristãs católicas no baile ou na praia, no cinema ou na avenida, na escola ou no escritório, em casa ou na igreja; onde quer que estejamos, guardemos a prática dos bons costumes, as no_rmas de uma vida irrepreensivel; que Cristo s~1a a base de tôda a nossa vida; que O entro– nizemos nas famílias e nas sociedades, soer– guendo-as do lôdo que as procura envolver e destruir. E êste trabalho, tão alto e tão expressivo para ª nossa salvação está en trecue aos membros da A. C. ' b Màs - fard ndao pense ser a nossa acção um 0 pesa o e triste. ·itas ~~f i:~ bem: Não há praias de banho, nem ' idas, etc., que nos proporcionem pra- 8 J. f., C. B. BELÉM- PARÁ A NOSSA CAMPANHA DE SETEMBRO Quando olhamos imaginação concre grenta do extraordi rolado no Calvário. crucificado, ofere maior prova de vado exemplo de uma cruz, nossa tiza a visão san– nário drama desen– Je s u s. morrendo ceu aos homens a amor e ·o mais ele– humanidade. A C R UZ - E todos nós te mos a nossa Cruz. Felizes daqueles - que,imitandoJesus , sabem carrega-la com firmeza, isto é, heroicamente! Contrariedades, de- sânimos, tristezas, todos êsses comba- tes interiores, entre o espirito morti- ficado e a vontade caprichosa, repre- sentam a mais ver dadeira realidade, a maior efígie do maravilhoso lenho que é a preciosa Cruz de cada dia . Eu te venero, ó símbolo sagrado, porque trazes, na severidade rústica de tuas formas , a ima gem viva de um Cristo sedento de al- mas , e irra dias a chama cr_epitante da FÉ; porque, atra- ves de teu aspecto sereno, divisamos a corôa sublime_do sofrimento, u_nida ao lírio singelo da ~astidade; porque_ f~zes lemb~ar o sang11e glorioso de ,t~ntos martires que fizeram de Ti o seu apanagio·. .. E's, pela pureza e admiravel simplicidade de teu~ conto~nos, o refúgio seguro daqu eles que ja experimentaram as desilusões con– tínu~s e imprevistas do mundo perverso; a confidente fie l dos resignados que, com silen– ciosa angústia, sentem-se atraídos a abraçar a palma do sacrificio .. . Eúcia <Jhermonf Militante jecista do Círculo de Estudos " Rosa Gattorno" zer igual ao que sentimos no nosso apostolado. Não devemos trocar as nossas almas por um espectáculo de cinema, nem por uma des– nudação nas praias. Saibamos esco lher. For– memos a nossa persona lidade, o nosso ca– racter. Coloquemo~nos acima das coisas do mundo e com o nosso exemplo conduzamos a~ outras ao "Deus que alegra a nossa mo– cidade." '

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