Quero - 1939
mesmo a dizer que pelo nosso pensamento nós não podemos conceber o gráu de so– frimentos crueis e desumanos por que têm passado os nossos religiosos, religiosas e ca– tólicos, que tão heroicamente dão-se pelo seu Deus, pela sua Fé. E é certo . .. deante de tais factos nós trememos de pavor. Mas não receemos pela Santa Igreja , porque as portas do Inferno não prevalecerão contra ela . Jesus vela sõbre a barca de Pedro. Quem é Pedro? O Papa. Unamo-nos então ao Papa. Como? Obedecendo-lhe, sendo. mem– bros VIVOS da Igreja, como Ele ordena, trabalhando e agindo para que Cristo reine no mundo. E todos podem agir, porque na Acção Católica o campo de luta é vastíssimo e tem trabalho para cada uma de nós segundo a nossa situação, a nossa inteli gencia, o nosso dom. Trabalhemos então debaixo da direcção dos nossos Superiores com di scip lina e união. Com disciplina, porque não devemos guia r-nos segundo nossas cabeças mas sim pelas daqueles que Jesus constituiu guias dos leigos - O Papa, os Bispos, o Clero. Com união, porque "A união faz a fôrça." Vamos então pôr de parte as ri va– lidades e ajudemo-nos mutuamente como filhas de um mesmo Pai e assim pode– remos repelir os ataques apresentando uma frente única. No dia 30 de Outubro de 1938, festa de Cristo Rei, nós tõdas da Juventude· Fe– minina Católica de Belém cantámos com amor e entusiasmo: Da vitória teremos a palma Esplendor desta forte união Nós vibramos com uma só alma Nós amamos com um só coração Relembro aquele dia de tanta alegria 20 J. F. C. B. BELEM - PARÁ porque quero vos mostrar quanto é pre– ciosa a uni ão -naquele momento existia em nós uma verdadeira união e ante qual– quer sacrifício que nos fosse exigido, estou certa, nenhuma teria recuado . Vede quanto é necessária a união . Só unidas é que po– deremos repetir em toda a nossa cidade o nosso QUERO. QUERO! Essa palavra será a aceitação generosa do que no decorrer dêste ano nos for apresentado e exigido. QUERO! Aceito, porque sei que da mi– nha aceitação como de um novo " fi at" há de vir ao mundo uma aurora redentora. QUERO! Agir católicamente porque sou católica. Dirigentes, sócias e militantes da J u– ventude Feminina Católica de Belém, como vêde5 é de nós que depende em parte o êx ito da nossa Organização, em n ossas mãos está o triunfo da Acção Católica nes ta cidade de Santa Maria de Belém. Vamos unidas, alegres, felizes, fortes e contentes cumprir o nosso dever, dever de católicas. Teremos connôsco o auxílio de Cristo, cujo reino ajudamos a triunfar na terra. ;{arra a. s. c?assarinlzo Tez. arq. da J. F. C. B. ERRATA Em nosso número anterior, passou um en– gano faci l de corrigir pelo próprio leitor, mas que, por ser um um dado importante de esta– tística, queremos rectificar. No artigo de D. Maria leal Uchoa Mar– tins, intitulado "Problema máximo-Vocações Sacerdotais", a revisão teve um lapso na frase : "Se dividirmos por 2.500 os nossos 50 milhões de habitantes, teremos no nosso país a média geral de 10.000 pessoas para cada cura de al – mas." E' evidente que o resultado dessa divisão é 20.000 e não 10.000 - infelízmente ! • •
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