Quero - 1939

tava, consegue reunir um poderoso exército e vai combater o ímpio rei da Pérsia. Desba– rata-o e exige que seja restituida e recondu– zida a Jerusalém a Cruz do Senh0 r, que Helena depusera no Calvário, e assim a preciosa re– líquia ficou de novo exposta ao culto fervo– roso dos cristãos. Ad entrar em Jerusalém, o imperador carrega- a aos ombros, e assím a leva até ao lugar onde, nos braços dela, so– frera os tormentos da morte o divino Supli– ciado. Mas, oh prodígio! Brilhante de pedrarias e ouro, Heráclio sente que uma fôrça inven– cível lhe embarga os passos e o impede de seguir da porta que dá acesso para o monte Calvário; quantos mais esforços faz por avan– çar, mais presos lhe parecem os pés! Estupefactos todos à vista da portentosa cena,- cuidado, imperado r! exclama o patriarca de Jerusalém, Zacarias; com essas vestes triun– fais, não se imita a pobreza de Jesus, nem a humildade com que levou a sua Cruz! O pie– doso imperador .despoja-se das suntuosas ves- ( Collclusão da pagilla 4) A Igreja agiu ou falou em favor da paz? Sim. E sôbre isso é fartíssima a matéria. Entre 989 e 1095, por exemplo, podem citar-se nove a dez concílios de Bispos que tomam medidas e emitem votos em favor da paz, espécie de "Trégua de Deus" indefinida– mente prolongada. Entre os séculos V e e XVI contam-se uns cinccentas laudos de arbitragem ou en– saios de pacificação tentada pelos Papas em diversos conflitos. Durante a grande guerra de 1914, Benedicto XV multiplicou ( em vão) seus ap~los em favor da paz; ofereceu sua mediação aos beligerantes que a recusaram. Qual a posição da Igreja em face do Pa– cifismo e do Desarmamento? Se ela julga imprudente!- certos pacifistas que acreditam bastar (actualmente) gritar pela paz para obtê-la, encoraja no entanto ardoro– samente tudo quanto pode favorecer o desar– mamento moral dos espíritos e dos corações, condição primári'i de tôda paz. Ela adverte que a corrida armamentista sob pretexto de segurança cria um perigo psi– cológico de guerra. Ela aplaude tôdas as con- "16 ~- . p'. C. B . BELÉM· PARÁ tes, e de pés descalços, com um manto vulgar, põe-se a caminho : o resto do trajecto fez-se sem dificuldade, e no mesmo lugar donde os persas o haviam tirado, é de novo posto o trofeu da Salvação. Eram 3 de Maio de 628. Foi êste facto maravilhoso que deu lugar à solenidade da Exaltação da Santa Cruz que ainda hoje se celebra no dia 14 de Setembro. E' certo que já al guns séculos antes, isto é, desde o ano de 335, se havia feito a dedicação da basílica Constantinianà que encerrava em seu recinto o Calvário e o Santo Sepulcro, porque, diz a celebre virgem Ethéria, foi nessa data que se descobriu a Cruz. e porisso se celebra o aniversário com tanta solenidade como a Páscoa e a Epifania. Contudo foi de– pois dos maravilhosos factos a que nos refe– rimos que tomou especia l esplendor e brilho a festa da Exaltação, que, ainda hoje, é das mais importantes para a santa liturgia. (Do Missal Romano, de D. C. AGUIAR.) venções, arbitragens, pactos colectivos, tra– tados de comércio ou reajustamento de ques– tões litigiosas. Ela espera que a idéa de Paz se infiltrará na humanidade se for ensinado a cada um o respeito a tôdas as pátrias. (De Militantes) NOTICIAR IO PARTIRAM para assistir ao 3.º Congresso Eucarístico Nacional, em Recife, a presidente, a secretária e a tesoureira interina arquidio– cesanas. Apesar da ausência das três dirigentes, o trabalho da J. F. C. não sofrerá alteração, confiado como está a dedicadas subs titutas . Respondendo pelo expediente da revista estão Licidia Barbosa (Avenida Nazareth, 242), Leonice Souza ( na Segurança Industrial Raul Lopes - á rua 13 de Maio). Na presidencia fica d . Maria Nazareth da Rocha, dirigente da paróquia de Nazareth (S. Jerónimo, 1067, ou pela manhã, no Grupo Pedro II). - Tambem com destino ao 3.º Con~resso Eucarístico, partiram no «ltaq uicé» o nosso presidente arquidiocesano, Dr. Augusto Bor-

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