Quero - 1939
17 .J. F. C. B. BELÉM - PABÁ C 01lfEÇAfr/OS a publicar neste número · nos i:á revelar mui.ta - coisa sôbre o · das 2l1issões. O livro é da autoria · do um livrinho que n1agno problenza Padre Guilherme illencaglia e especialmente dedicado à mocidade. Leituras missionárias 1 Todos Apósto_los ! ).-'-1 ~,;; . Pelo Pe. GUILHERME MENOAGLIA {Tradução de A. DE CANAVESES) 7r. . ~ INTRODUÇÃO A' Mocidade: e ONTAM as histórias que, entre a quarta e a quinta Cruzada (no ano de 1212), trinta mil meuinos e meninas da frança, inflamados pelo desejo de igualar o valor dos primeiros cru– zados, embarcaram no pôrto de Marselha, em direc– ção ao Oriente, para reparar, como ingenuam·ente julgavam, o éxito desastroso que, por culpa dos chefes, tinham tido as duas últimas cruzadas. Quási ao mesmo tempo vinte mil jovenzinhos alemães, com o mesmo entusiasmo dos seus contemporâneos fran– ceses e com o mesmo fim, organizaram ... uma ex- pedição contra os Turcos. . O imprudente, embora nobre, gçsto duns e-dou– tros teve o sucesso que devia ter tJma emprêsa: de rapazes. Mas a tentativa ficou a atestar o ardor da– queles pequenos herois e a dizer o entusiasmo da– queles coraçõezinhos por uma causa tão santa e su– blime como era a das Cruzadas. Hoje não se repetem as Cruzadas com o fim de conquistar os Lugares Santos, como aco_ntecia ~a Idade Média · e muito mais ainda inconceb1vel sena agora a rep~tição do gesto im~onder~do dos !ne– ninos franceses e alemães. Mas e poss,vel organizar outras cruzadas com um fim mais alto e mais nobre, que se combate~ sem armas destruidoras, sem ferir, sem matar. Há, por exemplo, uma cruzada que s~ combatê • há 19 séculos, proclamada cm nome de Cnst_o, pros– seguida sem tréguas por esquadrões de heróicos sol– dados, que se revezam uns aos outro~ através dos séculos, para a mais nobre das conquistas : estab - tecer o império de Cristo n?S _povos e _nas nações, sôbre as quais Êle tem .o d1re1to de remar porque são a sua herança. E a guerra continua, assumindo por vezes um caracter de épica grandiosidade, como nunca teve no passado, porque o Chefe do exército cruzado o Papa, manda que se recomecem mais vi – gorosa~ente as hostilidades, ordena um assalto mais tpoderoso para expulsar o inimigo das posições for- temt'ntc tomadas, e derrotá-lo ' Nobre luta que, pelo seu fim, deve interessar a todos os crentes, pois se trata da causa comum da Religião. Assim como a guerra impõe, indistintamente, deveres a todos os cidadãos, assim tambem esta Cruzada sobrecarrega todos os católicos. Os mais ar– dorosos que se alistem no .exército que combate nas primeiras trincheiras da Fé; os ou_tros, na retaguarda, têm importantes deveres a cumpnr para que alcance a vitória. O Papa chama-nos à todos; nenhum falte ao seu chamamento. Tambem os jovens, e sobretudo êstes, são 'ch~- mados a contribuir para o bom éxito da luta plun- secular, a cooperar na vitória. . . A infêliz expedição juvenil ~e ha_ sete seculos foi uma emprêsa louca, por~u~ foi e!e1t_o dum entu– siasmo irreflectido. Mas ho1e e o proprto Papa que vos convida, ó jovens, a particip3:r na luta_, porque na acção bélica, que se está realizando, ha lugares talhados para vós; vós levareis convosco_ todo o ímpeto do vosso entusiasmo juvenil que, mu ito longe de ser causa de desastres, será, por si mesmo, uma promessa de bons resultados, e há-d6. servir para excitar os tíbios e os indiferentes. Imitai, no entu– siasmo pela mais santa da , causas, os pequenos cru– zados da Idade Média. Quais sejam os vossos deveres, sabe-lo-eis lendo estas páginas que eu escrevi para vús, para vos dar a conhecer em que consiste esta guerra santa, qual é o seu fim, onde como se combate. qual é a tarefa de cada 1101 para ass gurar um bom resultado. E êste resultado deve ser o triunfo da Cruz em todo o mundo, ainda na maior parte pagão, e o es– tabelecimento de facto da Realeza de Cristo em tôda a terra. Que as minhas pouca·s palavras, ó jovens leito– res, sugeridas ~elo_~esejo de ajudar a 'Causa do apos– tolado entre os1 nfie1s, encontrem eco nos vossos co– rações e acendam neles uma centelha de santo ardor p~lo triunfo da nova Cruzada. Monzn, fe ta do SS. Coração de Jesus, 1926. 9e. lj. 9".
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