Quero - 1939

trigo e contas por nada os suo– res que regaram a terra? Extranhas as incompreen– sões e perseguições?! Já te es– queceste que Jesus disse: - "Dêste modo vos hão de tratar porque não conhecem nem o meu Pai nem a mim ? " Mas tu, que O conheces, como não tens confiança em sua Provi– dência? São tantas as palavras do Evangelho que nos assegu– ram a sua amorosa protecção ! Repousa sôbre o Coração do teu Deus ! Não gostarias de tomar na Ceia o lugar de S. João? E', justamente, medi– tando sôbre essa Providencia que encontramos motivo sufi– ciente para esperar, "a-pesar de tudo". Ah! se conhecêsse– mos a Bondade, o Poder,-que é Deus-como trabalharíamos confiantes ! Deus é onipotente. Êle tem o poder absoluto sobre tôda a Creação. Êle sustenta nos seus limites o mar, a terra na sua órbita, as estrêlas nos ceus - e não sustentaria a ti que ela• mas por Êle com tôd~ a sêde de tua alma, a ti por quem o Cristo morreu na cruz?! • Deus é o Amor-não o sen– tiste ainda ? Como receias que abandone a tua fraqueza arfante de de– sejos? Espera, portanto, nas dificuldades intimas, que só Deus conhece; não injuries a Deus com a tua desconfiança; na lentidão do apostolado : prender com algemas de ferro é facil; mas para prender com algemas de amor, é preciso que os pulsos se entreguem a nós; queres que o teu apostolado seja brutal como um carrasco? nas derrotas e humilhaçõel! : eis quando seremos espelhos de Cristo; se queres que vejam Cristo em ti, ama o sofrimentG, só êle consagra e fecunda o nosso trabalho; sem êle, tudo é ilusão. . . E' sôbre tua alma J. F. C. B. BELÉM - PARÁ corajosa, forte, alegre, mas so– fredora que deves apresentar, como suprema homenagem ao Deus que não abandona, · a flor da esperança. A Fé inclina a nossa alma numa adoração profunda ante a magestade de Deus; a Ca– ridade dá por amor o que dá a Fé pela inteligencia; mas a Esperança é a flor que nasce sôbre as ruínas do coração hu– mano, tão forte como a Fé, tão fiel como a Caridade; ela canta no sofrimento e adorna-se .com as lágrimas. Quando tudo cai, quando tudo falta, ela e·xpande com mais doçura o seu per– fume; alimenta-se justamente dos desenganos e decepções; se a ' noite da incerteza baixa com– pletamente, eis que, par~ a ilu– minar, ·ela se faz estrêla ... Sim, podem vir interrogações des– concertantes, angústias e dores, trevas e borrascas, a Esperança na Providencia nos manterá firmes e tranquilas no nosso posto de luta, fieis ao jura– mento, unidas e alegres .– "a-pesar de tudo". ~( ~--------------------~~~- ~ ~ ''C()N~"OR~_[~J for a 11ossa confíança, ~ l a1-3s1m Hera a ajuda que !)Pus nos ~ , há- d e d a ·r ,,. ~======================================= ) L: __ ».OAT:, P":rLA -F-~~-~•~:r::_! - j

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