Quero - 1939

ij UE belos sonhos de "mis– sionárias" não urdimos nós deante do Tabernáculo, ao darmos o nosso sim de apóstolas da A. C. ! Sentía– mo-nos fortes e invenciveis com o distintivo no peito e, . adivinhando as dificuldades, quasi as desejávamos para pro– varmos a nossa coragem e constância. Como se ria possí– vel desanimar, agora, que aquele pequeno emblema nos marcava com uma distinção es– pecial, corno se Deus nos ti– vesse chamado entre muitas e, póndo-nos. de lado, tal urna flexa escolhida, nos dissess : esta é minha?! Não! A-pesar de ludo que nos rnurrnµravam os desconfiados, os irónicos, os tíbios, nós seguiríamos, nós havidmos de ·eguir àvante. E p aram-se mê es de conso- 1, dor heroismo ... Depu1c;, o Mal começou a in– ft trar-se na actividadc de al– gumas. Êle tem dois aspectos ou dua origens, mas, de uma c.u de outra forma, é sempre uma garra poderosa que asfi– xiará a nossa vontade, se o não repelirmos. Êle está subtil: dentro de nós cm redor de nós DENTRO DE NÓS, incutem-no, t· ntas v ze , o dcs nimo impre sões como e td : a1. o que o meu trab· lho é inut.l, AGOST0-1939 Revista mensal A~pesar de Tudo ... para quê tanto esfôrço ? não vejo resultado no meu trabalho: aquelas que eu trouxe à reünião, e que eu contava como "conquis– tas'', não mais voltaram ... sou tão imperfeita, ' como hei de influir nas outras? E o desânimo, como um ve– neno traiçoeiro, a infiltrar-se, a infiltrar- e, inquinando as águas puras de nossa alegria ... EM REDOR DE. NÓS, o Mal é meno coleante, é mais brutal: são sorrisos de troça, sao re– primendas, são con elhos de prudencia, mil formas de in– compreensão, que vão moendo. limando, ga~tando a nossa rcsistencia ... Terao, mesmo, razão? ... Cuidado, companheira! E' esta a hora da luta, a hora das arma·. Nao é ~ apostolado, propriamente, que a hatalha; J. F. C. B. BELÊJM - PARÁ mas, "defendê-lo", não o aban– donar, reconhecer-lhe a neces– sidade - eis a grande luta. E' natural que hesites ... que des– confies... que interrogues ... Nós tôdas precisamos de sim– patia pelas nossas idéas para termos coragem de seguir; quando encontramos incom– preensão e frieza. é custos o romper... Mas é agora, justa– menle agora, que deves rea– lizar aqueles sonhos de após– tola que sonhaste... E deves relembrar, com redobrada ener– gia, aquele generoso "a-pesar de tudo ... " que lançaste ao futuro como um desafio. Para teres confiança no teu trabalho, vai buscar, como sem– pre, exemplos e conselhos no Santo Evángelho, o livro amigo para tôdas as horas, se o leres com o desejo recto de ouvir as palavras de Cristo, de ver re– divivo êssc Cristo, falando-te de novo, agindo de novo-e!!– pecialmente para ti. Por quê te impacientas pelos frutos do que semeia ? Vê o que se deu com Cristo e os apó tolos: depois de tanta ins– trução, de tanta solicitud , de tôda a irradiaçao da sua cati– vante personalidade, tle teve no entanto de dizer, um dia, aos escolhidos: "Ainda ão com– preendeis nada?" Como que– res tu que as tuas palavras produzam logo mlraculo:os frutos?! Tudo na natur za lento ... Quando comes o pãO-não te lembras do longo mist rio do

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