Quero - 1939

igual. Foi pela devoç~o à ~antíssima Virgem que se obtiveram mmtos desses frutos. Em 1916 o convento de S. José assistiu à morte edifi~ante de uma filha de Ma ria, de 14 anos de idade . .Sua doença, que dur~u três meses, é inexplicavel. Come_çou no. dia seguinte a um retir_o, n,? _qual a Jovem tmha escrito esta resoluçao: Viver pura para agra- dar à Virgem Santíssima." . " . Ao mesmo tempo; ela suplicava: Mana, faze -me morrer antes que eu volte para o bosque", onde ela sabia que a sua vida corria perigo. De óptima saüde, ficou doente logo após êste pedido; em Julho, época fixada pelo pai para voltar ao campo selvagem, expirou nos braços da Madre Superiora invocando Maria e beijando a Cruz do Missionário. Voltemos agora para os nossos pequenos Denés. Os rapazinhos formam o batalhão do Sagrado Coração; usam com honr:i., na lapela, pendente de uma fita, a bela medalha. To– dos ambicionam serem admitidos à pia asso– ciação e e~fo_rçam-se por isso, quasi sempre com bom ex1to. E' entre os antigos alunos dos nossos orfanatos do Norte que se estabeleceu a mais admir~vel prática da entronização do Sagrado Coraçao de Jesus nos lares. Por mais ambu– lante que seja êste lar, por mais miseravel que seja esta barrac~, a imagem do Sagrado Co– ração de Jesus a1 ocupa o primeiro lugar. Sob êsse olhar nenhum pecado ousaria manifes– tar-se. O Sagrado Coração vela sobre estas creanças, como Ele prometeu. Relatamos um exemplo: A família de Rosa e Maxime, a primeira que tinha entronizado o S. Coração de Jesus, foi durante a prima– vera acampar, juntamente com outras familias, para caçar e pescar. . Tendo aluido um pedaço da margem, o no começou a subir. Todos se apressaram a abandonar as barracas, carregando os objectos para os lugares mais altos. Rosa queria fazer o mesn:io. Mas Maxime, que de longe a avis– t?u, gntou-lhe: - Fieµ quieta! Não tens con– fiança no S. Coração de Jesus? Não está Ele guardando a nossa casa? -Tens razão, responde a espôsa vol– tando logo à tenda. A água ~obe, submergindo tudo, excepto a casa guardada pelo ·coração de Jesus. Os 18 J. F. C. B. BELEM - PARÁ vizinhos ficam atónitos, sem compreender. -E' a arca de Noé-diz alguem. -E' mesmo, diz outro. E acrescenta: Um dia, quando eu quís arrancar o S. Coração, não fui capaz. Alguma coisa me dizia: Deixa-me aqui: guardo a casa de Maxime. Al guns que não tinham sido nossos alunos-diz a crónica-começaram por troçar desta familia; ago ra, seguem o seu exemplo e todos querem um Coração de Jesus como chefe de sua morada. ::: ,,, Lê-se nos "Pequenos anais dos Oblatas de Maria Imaculada" uma das mais b e Ias descrições da noite de Natal no Polo Norte. A cena se passa na Providencia, ond e é cos– tume as Irmãs Grises apresentarem ao Divino Infante as creanças que pela primeira vez se aproximam do banquete eucarístico. Depois dos nossos selvagens e mes ti ços, permiti que a pr esen te a verdadeira fl or da noite de Nata l, flor desabrochada à sombra do Sagrado Coração, que é o nome do nosso orfanato. São as nossas creanças, quasi todas órfãs, recolhidas de diferentes tribus do Ca– nadá! Ao ve-las nes ta noite com suas ves tes garr idas, com os semblan tes resplandecendo felicidade e inocencia, formando a guarda de honra ao seu pequenino Irmão do presépio ninguem podia imaginar tôda a miséria e ab~ jecção que as troux e até as Irmãs de Caridade. E' por isso que, quando vemos nas nos– sas peregrinações atravez das flore stas, das estepes e dos rios, êsses pobres pequenos índios e esquimós, esfarrapados, doentes , en– tregues a tôdas as misérias fí sicas e morais, como deixa r de abençoa r, amar e sus tentar, mesmo a preço de todos os sacrifí cios, uma obra de caridade e dedicação, que os trans– forma tão maravilhosamente? Em lugar d essas fisionomias murchas , dêsse olha r esgazeado, talvez apalermado, desse mutismo selvagem que os faz parecer idi otas , vêde êstes semblantes fr escos e cândidos, o olhar cheio de vivacidade e de alegre con– fiança, ouvi êsses belos cantos-depois, pensai como é doce e fecunda esta palavra profe– rida um dia pelos lábios divinos e que pa– recia reservada para as Irmãs de Caridade, onde quer que se encontrem: "DEIXAI VIR A MIM OS PEQUENINOS". - i lnici;;emos no próximo número uma biografia muito interessante).

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