Quero - 1939

f t 1 J. F. C. B. BELÉM - PARÁ A VIDA DE PIEDADE NA JFC AS MULHERf~ DO EVANGELHO: ~í:-':\i~ ~ ximou-se e O fl{ cananéa ($. 9J1ateus XV 21) • adorou dizendo: Senhor, o~ví-m~··· Nada de aparatos, nada de cenmomal. 1 ESUS se retirou na região de Tiro e de .,, Sídon. Eis que uma mulher cananéa sae ~ 1 deste país e exclama : Senhor, tende piedade de mim. Quem é esta mulher que aparece neste caminho? Donde vem? São Mateus nos diz, vagamente, que saiu do país onde jerns se retirara. Quem lhe re– velou a passagem do Salvador? Mistério ... Esta pobre mulher é um~ alma sofr_edora, que vem me ensinar a orar; e uma paga ! Sabe apenas que é J esus que p~ssa, e sua esperança nt.le é tão firme, que esta certa de ser atendida. Uma pagã . .. esta cana néa ... E eu que sou baptizada, que possuo o te– zou rb da fé, como rezo? . . , Só com os iábi os . .. Como fiz esta manhã meu acto de fé? Saiu do meu coração como uma chama ardente? Ou foi apenas rotineiramente que o pronunciei? . . . "Tende piedade de mim, Sen hor, fil ho de David! Mi nha filh a está cruelmente atormen– tada pelo demónio". E Jesus nada respondeu. A oração da cana~éa ,é simples. U rn grito: "Tende piedade de mim! ' E' só isto qu e sabe dizer. Eis, porém a simples, mas a verdadeira prece. ' J esus não espera de nós orações sub limes belas fó rmul as, e sim o grito do coração, a ora~ ção espontânea e pessoal. Êle tspe ra que eu lhe diga que estou triste ou alegre, fervorosa ou fr ia, confia nte ou desani mada ... E' assim que ora a cananéa . E J esus nada respondeu. Nenhuma palavra .. . Que provação ! Que teri a eu fe ito no lugar desta mulhe ? Oh ! certamente teri a voltado indignada rn r ·_ d b .. h ~ .... , ur mu ra n o aix in o : para qu e rezar!" A ca nanéa não agi u assim. Ela conti nua a _sup!icar, a expor a sua dor. E grita tão alto e tao forte, que os discípulos ab 0 rrecidos, pedem ao Mes_tre que a despache'. jesus contenta-se em dizer que foi sàrnente enviado par~ as ov_elhas desga,rr~dns de Israel. A infehz continua sua suplica, está certa Jesus, sõ mente Jesus, e d~le precisa unicamente se aproximar, embora os apóst0los se indignem e ~e escan?a~izem com seus grit9s!-Senhor, ouv1~me, assisti-me! Que é preciso para ser atendida ? Nada ... mas esta mu lher vai dar uma lição ás almas pouco corajosas, pouco confiantes, e talvez esta alma seja a minha .. . Jesus respondeu: NÃO É JUSTO TIRA_R O PÃO DOS FILHOS PARA DA-LO AOS CAES. Como !? . . . Vós, Jesus, tão bondoso, tão compassivo, corno humilhais assim esta po– bre cananéa? ! E que grande fé exigís del a ! Quereis que sua prece alcance uma graça mais importante que a cura da pobre fil ha. E ela tem a virtude de e&perar... o he– roismo de não desanima r. . . acei ta o incom– preensível ... Senhor, fiz uma novena .. . novena de co– munhões, nove di as, pedi, supliquei .. . -E vós não me escutai s . . . Senhor, êste sacrifício, que vos ofere ci pela intenção que sabeis . . • -E vós não me escutais . .. En tão excl amo :-Para quê ainda pedir ? .. . E le us respo ndeu à can:rn éa: "O' MU- LH ER: VOSSA FÉ É GR~~DE; QUE SEJA FEITO COMO DESEJAIS . E sua filh a nesta mesma hora foi curada . O' Jesus, humilhais agora, para exaltar de– ois. A pobre mul her tão :udemen!e tra tada, P. que num segundo pode tirar a maos-cheias, eis ct· . "Q . graças do tezouro tvmo: ue seia fe ito as O desei· ais". Nada tem que esperar e foi com .d E - . b . edi atamente ouvi a. sta paga vai em tonoe ; mim no caminho da confiança. Grandes são as lições que me dá ; quero recolhe-las : SABER ORAR COM HUMILDADE, aceitando o não ser atend ida, para que minha fé se forta\eç SABER ORAR COM o CORAÇÃO neste fe a. d • ~ • rvor íntimo, neste tseio espo~ta_neo, que formula as mais belas e tocantes suplicas. Saber orar, DEl'XANDO A DEus A Á TERPRETAÇÃO DE MINHA PRECE S BIA IN- 0' Mnria ! cuja vida foi ~ma prece con-

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