Quero Outubro - 1938

2 BOLETIM 0000< DA '<-'000 L . F. A . C. DEZENAS DA SANTA CRUZ R A F A ELA ( Continuação) Queridas enfermas, sois as predi– lectas de Jesus que vos faz partilhar, ge– nerosamen te, da sua cruz e da sua missão salvadora . Salvar almas! Q ue bela missão ! Sim, sa lva r almas é participar da própria missão do Redentor. S. Paulo lembra que temos de completa r em nós mesmos o que falta á paixão do Cristo para o seu Corpo, que é a Igreja. Façamos a nossa parte sem re– gatear. Q ue nos deu Jesus de mais precioso? - Os seus sofrimentos , o seu sangue derramado até a última gôta. Que melhor retribuição lhe poderemos oferecer do que um coração onde a dôr se tran~orma em amor ardente e generoso ! ? "Aceitae a dôr sabendo que por ela se podem redimi r muitas decadencias." Eis o vosso estímulo ! Talvez tenhaes pensado com tristeza que sois inuteis, só servindo para _dar trabalho aos outros. Imaginar ser ~ um fardo inutil, a cargo dos outros, não é dos menores sofrimentos que acarreta a doença. Porém, não desanimeis : do vosso leito de dor ou da vossa cadei ra de enfêrma podeis concorrer eficazmente para a vitóri a · de Cristo Rei. A Igreja, nossa Mãe, precisa dos nossos serviços, e vós, as Dezenárias da Sta. Cruz, nada melhor lhe podeis oferecer do que os vossos sofrimentos para a salvação de seus filhos transviados. Saibamos ver "alêm das aparencias, a transfiguração de tudo no esplendor divino; afim que o nosso sacrifício seja uma parte da beleza do mundo" . Que êste pensamento vos anime, que- De que precisa o operariado Os especializados nos estudos socio– lógicos, assim como os leigos nà matéria , mas dotados de bom senso, estão de acor– do em que o operariado necessita, acima de tudo, de pão para a bôca e pão ·para a alma, quer dizer, em Ii n g u agem cor– rente, de sustento e instrução, recursos materiais que lhe permitam manter-se e aos seus e luzes espirituais, que lhe mos– trem o seu papel na sociedade. O operário, ante o princípio cristão da igualdade, merece, tanto como o po– tentado, o amparo e a assistencia social, corporificados nesses dois aspectos - ma– terial, que lhe assegure os meio<. de sub– sistencia digna pelo trabalho remunerado , e espiritual, que o oriente na vida, fa– zendo dele uma parcela util á sociedade . Isso falando de telhas abaixo, referindo– se tão somente ás necessidades desta vida , encarado o operário em geral, compreen– didos mesmo os que não têm a ventura de crê r. A verdade, entretanto, é que, mais qo que alimento e ensino, precisa o operário da Fé. Se a religião é necessária aos ricos e poderosos, para que refreiem suas paixões incontidas, muito e muito mais ela se faz mister aos pequenos, aos pobres, que só nela encontrarão confôrto e bálsamo ás agruras da vida. Senhoras da Liga, não negueis o vosso auxilio à C ruzada pelo operário ! ridas doentes, e vos dê generosidade para doravante sofrerdes melhor. Assim, apres– saremos o rei nado de Cristo sôbre esta so– cied~de paganizada , que esqueceu o seu bapt1smo e seu título de nobreza . (> .. •

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