Quero Outubro - 1938

QUE É A J. O. O. F. t) Conquistar - é palavra magica que é te ano ouvimos pronunciar a propósito de tudo , mas de que é nece~sário precisar bem o ver– dadeiro sentido. Muitas vêm e verão nela apenas um sinó– n imo de recrutamento, e conquistar para nós Fôstes francas em dizer: o êrro talvez seja nosso: na fábrica, embora não se aprenda nada, pode-se fazer até 4 mil reis por dia e em nossa associação ha uma moça muito experta que faz até 3Ó, 35 mil reis por s~– mana. Tôdas sentem o desejo de ganhar mais. E êste desejo, que a necessidade jus– tifica faz-vos, muita vez, esquecer certas desvantagens e perigo~ que êsse meio acar– reta . É preciso sanear êsse ambiente. já que a fe ição moderna da vida vos leva para lá . E onde trabalhaes de preferencia? Gostei da resposta: Em casa. Lavar roupa e engomar para fora . O ganho é menos , mas " estamos em casa e temos liberdade" . Foi êste, mais ou menos, o resumo do círculo de estudos a que assistí. Seria porem incompleta se não respondêsse a uma pergunta vossa ao Revd. Sr. Padre . Como podemos melhorar esta nossa si– tuação ? "Retinir tôdas as operárias numa grande associação, formar-lhes a conscien– cia, criar um movimento que mergulhe as raizes da sua vida nas bases profundas do cristianismo, traduzir esta convicção reli– giosa na mística da J . O . C ." Caras colegas da J uventude da Acção Católica, como eu desej o que realizeis êste ideal da operária cristã! Colaboremos juntas num mesmo pensamento de fé e de amor, na união de coração e de alma, caracterís– tica do nosso movimento. Uma da Juvenfuáe áa cllc;ão Oaf6lica 20 J. F. C. B. BELEM · PARÁ não é trazer mais uma jocista, não é leva-la a realizar alguns gestos, a assistir a algumas aulas ou reüniões; é transformar-lhe progressiva– mente as idéas, os sentimentos e a maneira de proceder. Obra dificil e delicada, tôda de reserva, de paciencia e de bondade. Não nos arriscamos a comprometer-lhe o resultado se nos lançamos na conquista sem um plano de acção ? Esta pergunta toma ainda importância maior, se nos colocarmos em face do fim es– sencial da j. O. C. F. - transformar o meio profissional e popular. Se as jocistas se apre– sentam só como agentes recrutadores do seu movimento, darão uma idéa falsa da Igrej a que representam. Em Jogar de mostrarem o ver- ·dadeiro aspecto da caridade desinteressada . apresentá- la-ão como um partido, ambicionando atrair o maior número de sócias; e a expe– riencia mostra que não é o meio eficaz de ganhar simpatias. Para a nossa acção dar resultado, preci– samos realmente ter um pl ano de sabermos o que queremos, de conhecermos bem o campo onde a nossa acção se vai exercer, os obstá– culos que encontraremos, as armas que de– vemos usar, a formação e as virtudes que nos serão exigidas, etc. Vamos estudar tudo isto, mas primeiro começaremos por ver bem o que é a j. O. C. F., visto que é neste Organismo e parà este Organismo da A. C. que somos cha– mados a trabalhar. A j. O. C. P. (Juventude Operária Ca– tólica Feminina) é um dos. O_rganis·mos espe– cializados da J. C. F. constitu1do pelas moças que exercem uma profissão ou pertencem á classe popular doméstica. E' junto dessas moças da nossa classe ou da nossa profissão que nós temos a obrigação de exercer a nossa acção de conquista, porque as melhores apóstolas são as do proprio meio. E é assim não só porque num _cont~cto c_onsta~te e em iguaes condições de vida e mais facd exercer uma influencia grande, mas ainda porque não é só o aposto– lado i n d i vi d u a I que nós pretendemos mas tambem o apostolado do meio em que ~omos obrigados a viver e a trabalhar e que devemos ter a ambição de transformar de tal maneira que todas aí possamos viver, normalmente ~ nosso ideal cristão. ' A j. O . C. F. tem por fim: 1. 0 a formação integral das suas associadas sob o ponto de vista rel igioso, moral e intele– ct ual e social, tendo em vista especialmente a

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