Quero Outubro - 1938

21 J. F. C. B. BELEM - PARÁ ~ ., .,. .............., __ ~-_,.-.,,,-,...,-... --- -~ ~ B O L E T I M. AIgreja Católica santificadora e Mestra .,,,-..._,,._~.x::;x.:; .,,,; .._,, V -..r- ~., _, J ...,,..._.....,. "Eu sou a verdade". O' Cristo! Só Tu pude te dizer esta palavra inefavel ! Imitadores de Pilatos os homens actualmente, com afam, indagam o que é a verdade. Mas, como o pro– cu rador romano, voltam as costas á unica ver– dade e vão procura-la algures, cada vez mais Jfastados, mais desviados do caminho, mais necessitados de vida que jorra da luminosa fonte da Divina Verdade. Nós, filhos verdadeiros da Igreja Cató– lica, que desejámos coopera r com ela na re– conquista do mundo, devemos procurar, cada vez melhor conhecer as razões que nos levam a seguir, como únicos verdadeiros, os ensina– mentos dessa Mãe bendita. Nosso Senhor Jesus Cristo, não exercen– do visivelmente 11a terra o poder santificante, ·oncedeu-o á hierarquia que culmina com a soberania do nosso supremo Pastor. A uni ão intima com esta hierarquia, que cumpre a sua fun ção sacerdotal , é o modo verdade iro de uni ão com o sacerdócio de N. S. Jesus Cristo. Tal sacerdocio é, portanto, a fonte principal e indispensavel da vida sobre natural. A vida de Deus está em Cristo, a vida de N. S. Jesus Cristo está na hierarqui a da Igreja e esta a realiza nas almas pelo poder sacerdotal, que lhe foi confe rido pelo próprio Cristo. "Fazei isto em memoria de mim." Deus, os profetas e Je ·us Cristo tinham falado sempre ao homem uma linguagem ex– terior e sensível, porque a sua natureza e as suas necessidades exigem ê te modo de ensino. Depois da morte do Salvador, a sua dou– trina devia, pois, continuar a tomar uma forma visível; convinha que ela fôsse confiada a en– viados que falassem e ensinassem como Ele, de uma maneira sensível. Foi por isso que Jesus Cristo, ainda no meio da sinagoga, teve o cuidado de fundar a sua Igreja pelo chamamento dos doze pesca– dores. Deu-lhes por chefe Simão Pedro, com uma prerrogativa tão clara que os Evangelistas ão todos concordes em designar Pedro como o primeiro de todos os outros. Depois, ante · de subir ao Céo, Jesus Cristo conrncou êste DA 1.(. F. A. C. sacro colégio, que o devia substituir neste mundo, e disse-lhes: "Assim como o Pae me enviou a mim, tambem eu vos envio a vós; foi-me dado todo o poder no Céo e na terra; ide por todo o mu11do, pregae o Evangelho a toda a creatura; ensinae todas as gentes bap– tizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; e estai certos que estarei con– vosco todos os dias até a consumação dos séculos." Donde se segue que n Igreja não é, para assim dizer, senão Jesus Cristo, falando e en– sinan·do continuamente debaixo de uma forma humana. E', na expressão feliz de um filósofo , como a incarnação permanente do Filho de Deus. Assim como em Jesus Cristo, a divin– dade e a humanidade, ainda que distintas entre si, estavam estreitamente unidas, assim tambem a Igreja, sua manifestação permanente , te,n um lado divino e um lado humano. Hu– mana quanto aos homens que a compõem e Llivina emquanto ao Espírito de Deus, que a anima e governa, a Igreja está agora encarre– gada do depósito da verdade até ao fim do mundo. Como o seu divino esposo, ela deve es– clarecer, co nsol ar, ensinar e conduzir o homem pelo caminho da virtude. Fiel á sua missão, esclarece, consola, en– sina o mundo, fazendo sempre bem, a exem– plo de Jesus Cri to. Infelizmente seus beneficios são negados e o mundo tem lhe respondido sempre com a mnior ingratidão. Nunca a Igreja de Jesus Cristo deixou de ser ::a luniada, atacada e perseguida em tod a parte. Êste, afi nal, o traço decisivo da sua se– melhança com o seu divino Autor de que se disse: "Veio para o que era eu e os seus não o receberam.'' Está posto para ser o alvo da -:ontradicão ! A Igreja cató li ca, apo tólica, romana t , pois, a verdadeira Igreja de Jesus Cristo. Nela refulgem os sinais divinos da Unidade e da Santidade. Debalde o inferno tem empregado os

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