Quero Outubro - 1938

Montréal a Longueil, pedidos aos grandes e aos pequenos: dezesseis anos de tais trabalhos le– varam o hospital a uma prosperidade relativa, quando, a 18 de Maio de 1765, um incêndio destruiu o edificio de uma ponta a outra. Cento e dezoito pessoas, pobres e religio– sas, ficarom sem tecto. Sôbre as cinzas, caiu imediatamente o acto de resignação. "Meus filhos, di sse a superiora, vamos rezar o Te Deum de joelhos para agradecer a Deus a cruz que Ele acaba de nos enviar. " Lev a ntando-se, 17 J. F. C. B. BELEM - PARÁ o exemplo, em 1832, as suas companheiras reli giosas desvel am-se á cabeceira dos doentes atacados de cólera-morbus. Em 1847, a Madre Mac Mullen invocará a dedicação espontânea de suas 37 irmãs, para os mil e cem emi– grantes da Irlanda, empilhados nos "sheds' ' da Ponte São-Carlos e morrendo de tifo. Cada uma responderá: - "aqui estou". Professas e noviças precipitam-se para junto dos pestíferos. Todas, excepto três, serão atacadas do mesmo mal , e sete morrerrão, "felizes por terem so– frid o um pouco pelos pobres". O "Pequeno Catecismo H is t ó– pronunciou com o inspirada pelo ceu: "não receeis, meus filhos, não teremos mais incêndios. " Até os nossos dias esta profecia te m sido realizada. EDUCAS rico", aprovado por S. G. Monsenho r Bruchesi, em 1901 , enumera assim a soma prodigiosa de obras empreendi– das p e Ia Senhora d'Youville. Muitos prodígios que seguiram o de– sastre, tais como a multiplicação de um v i n h o necessario, num barril encon– trado sob os escom– bros, e a presença inex plicavel de "pi– astras", nos bolsos da fund adora, foram 1 a resposta consola– dora da Providencia à submissão e à con– fia nça fil ial : " Ah ! meu Deus, exclama- va M4dre d'Youville, A TUA VONTADE? • Dás testemunho de Cristo quando educas e treinas a tua vontade. • Edu cas a tua vontade quando és forte perante as dificul• dades e tentações. • Educas a tua vontade quando a exercitas da mesma ma– neira que fazes exercicio fí s i c o pela gi ná5tica, natação, etc. • Educas a tua vontade qunnáo evitas exagêros nas modas, divertimentos, etc. • Educas a tu a vontade quando cumpres os teus deveres com alegria. • Educas a tua vontade quando és s uperior ao r e s p e i to humano. • Educas a tua vontade qua ndo reages co ntra- todo o espirita de cri tica. . ■ Educas a tua vontade quando te esq ueces de ti pelo bem dos outros. "Alem dos cui– dados dispensados aos velhos pobre s, aos estropi ados e órfãos, aos q u a e s ela se ti n h a en– tregado de corpo e alma, ao entra r no Hospital-Geral, ela se encarregou dos cuidados das mu– lheres ido s as ou aleijadas e dos ór– fãos . .. El a recolheu os doentes incura– veis, como ós lepro- perplexa an te tais descobertas, sou uma mi– seravel ! " sos, os epiléticos, os anormais, os loucos, os cancerosos. Em 1750, ela ofe rece um refú gio ás mulheres de má vida para as fazer regressa r ao caminho do dever e da peni tencia, inaugurando assim a obra do Bom– Pastor no Ca nadá. Em 1754, começou a re– co lher as crea nças abandonadas, tendo sido a primeira na América, a quem Deus in spirou o pl4no de se encarregar gra tui tamente desta obra . Em 1755, recebe as mulheres pobres, ati ngidas pela bexiga, para as tra tar na sua própria casa . Em 1756, os prisioneiros da guerra, doentes e feridos, são admitidos e tratados no Hos– pital Geral, etc., etc. Apesar de todos os obstáculos, de todas as provações, os d o e n tes recolhidos pelas Irmãs "Grises" não foram abandonados um só dia. E mesmo, por muito numerosos que fôssem no Hospital, os doentes não exgo taram nunca 4 coragem de suas enfermeiras. Tod'.:ls as calami– dades que assolaram, periodicamente, a região encontraram, sempre, essas intrépidas enfer– meiras no primeiro pôsto do sacrificio. Em 1755, a fundadora arriscou a vida e a de suas companheiras para tratar os in– dígenas acometidos de varíola. Seguindo-lhe Ainda mais santamente audaciosa que

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