Quero Outubro - 1938
7 J. F. C. B. BELEM - PARÁ o MOMENTO ACTUAL ~ HORA pre– :fw/~1. \l sente t; para :.~ , todos os ho- \ • mens de gran- . des apreen- ~ sões e respon– sabilidades. No scenário do mundo, o dramalhão das guerras, as teorias modernas, a luta enfim do homem contra o homem creou um ambiente de inquietude, de maldade e de sofrimento. Nós, que somos ainda jovens, que temos, talvez, muito a viver sentimos uma obrigação ingente de fazer q u a I q u e r coisa que seja um movimento de reforma, de paz, de ordem 11a esperança de dias mais felizes. Como será êsse movimento? Serão os exércitos armados a solução do problema ? Serão as doutrinas modernas, imbuídas de materialismo, a salvação do mundo? Não. Só uma doutrina, só uma fi– losofia será capaz de proporcionar ao homem a certeza de uma paz serena e de uma cordialida– de fraterna entre os povos: é a doutrina, é a fi– losofiia do dôce Jesus. Como aplicar essa dou– trina na salvacão do mundo actual? Acorren– do ao toque cté retinir de todos os católicos na organização de um exército pacífico para restau– rar o espírito cristão. E' o apêlo da Igreja que zer dêle; procede do espírito e não des– falece. Se correspondermos a êle - tanto melhor. Como a literatura, o teatro é despre– zado. São raras as moças que querem se– guir a carreira de cantora. A actriz es– treante não aspira ao palco, mas ao filme. As - Artes conservam ainda admiradoras fieis Muitas são atraídas pela pintura mas, a joven moderna procura uma actividade familiar, social, scientifica mais ainda que !iteraria e artística. Quer faz e r alguma coisa util. Assim, escolhe muitas vezes a medicina e principalmente as obras sociaes. se faz ouvir pela pala– vra do Sumo Pontífice Pio XI, para recristiani– zar o mundo por êsse movimento, que está congregando todas as fôrças vivas do catolicis– mo numa grande cruzada que se chama Acção Ca– tólica. Ouçamos o que disse Pio XI numa audiencia aos jornalistas ca– tólicos em 1929, falando sobre as necessidades actuais: "Sem a Acção Católica, seria um mi– lagre - milagre que não se pode pedir a Deus - obter-se qualquer resultado prático, qual– quer êxito verdadeiro". Qual de nós deixa de sentir uma profunda responsabilidade diante dessas palavras tão graves no momento pre– sente? Acorramos todos a êsse chamado, todos nós que ternos um cor'.lção que sente e sofre com o sofrimento do nosso próximo, alistando– nos, "quanto antes", no exército organizado dos leigos, e, assim, teremos a certeza de con– quistar o ideal "para a maior glória de Deus, salvação das almas e bem espiritual da nossa pátria". úY{aria do cJ?osario Uchôa úY{arfins Delega.de. Arq. Jeclste. Este polo de atracção, ontem ainda desco– nhecido, é talvez a característica mais no– bre da nossa época. A vocação social tem para a moça moderna mais do que um atractivo. Ela aí está certa de preencher uma tarefa de– licada, que nem todos são capazes de levar a bom termo, onde a sua dedicação colabora na organização de um mundo melhor. Conclusão - Que a moça moderna medite sôbre êste retrato; que aí procure , como num espêlho, encontrar a sua pro– pria imagem, rectificar, reerguer, emendar, para tornar-se mais bela, ainda!
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