Quero Outubro - 1938

J. F. C. B. BELEM. PARÁ 4 ~-~ ,,...,,~ - --.,.....,,. ..... ~ ~.._..._,._......_._....,__.~..., e L AR o E,, necessario que todos os fieis tenham uma idéa exacta do que é a Acção Católica. E compreende-se perfeita– mente isso, porque a Acção Católica tem um papel importante na Igreja. Entretanto muitos, ignoram-na, deformam-na, pare– cendo não querer compreendei-a, nem tão pouco dar-se ao trabalho de reílectir. Penso, portanto, que é util e oportuno dizer, falar bem alto e claro, da urgencia de pertencermos à Acção Católica , para ca– minharmos numa "estrada iluminada". Modestamente , vou tentar decidir os hesitantes ! Na carta "Qure Nobis" de Pio XI, ao Cardeal Bertrand, S. Santidade decla– ra que a Acção Católica é a participação do laicato no apostolado hierárquico da Igreja. ldéa nova? Não, porque desde muito a Igreja já havia associado os fieis ao apostolado dos sacerdotes; mas a no– vidade era, unicamente , que havia impe– riosa necessidade de organizar ês te apos– tolado, obedecendo á hierarquia . E par a mostrar mais ainda a grandeza dessa mis– são, lembrava as p a Ia v r as do primeiro Papa aos primeiros baptisados "Vós sois a raça eleita, o sacerdócio real". A influencia de Pio XI é tão gran– de no mundo Católico que a carta "Qu~ Nobis" foi respondida por um grito de entusiasmo, confiança, vontade de traba– lhar, pelos cristãos europeus. Verdadeiros exércitos de membros da Acção Católica formaram-se na Italia, Fran– ça, Belgica, Holanda, Portugal e outros países. Estes povos compreenderam, estu– daram, reflectiram. Conclusão: alistaram– se na Acção Católica. Como eles fizeram, é preciso que nó fa çamos tambem. ~ai'ra a. s. JJassarinh.o Em diversos Estados do nosso Brasil, a Acção Católica já possue a "massa". Aqui em Belém do Pará, começa– mos apenas a trabalhar e o número está aumentando ... Mas queremos mais, que– remos todas as moças da cidade. E' preciso que as hesitantes, as mui– to ocupadas, as que já pertencem a tantas "coisas" venham ocupar os seus postos nas nossas fileiras . Justamente, quem já faz muita coisa é que precisa, é que deve inscrever-se na Acção Católica, e assim essas ''coisas" a que se dedica , em vez de constituírem obra individual, com o seu valor relativo, tornar-se-bão obra colectiva. de um mérito e alcance muitíssimo su– periores, pois que ficarão a constituir um todo com todas as obras de todas as pes– soas que na Acção Católica militam. A Acção Católica não vem tirar o Jogar a nenhuma obra, porque todas as obras cabem dentro dela . Sua Eminencia o Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa bem claramente afirma: "Obras católicas, são obras católicas; mas Acção Católica é obra da Igreja! " Moças paraenses, vinde cooperar ao lado de vossas irmãs da Juventude da Acção l• Católica de Belém, e não tenhais a menor dúvida ... grande será a vossa alegria quan– do compreederdes o "Nobre Ideal" nós quisermos, nós seremos uma força. Nós poderemos muito com toda a nossa fraqueza e pequenez individual mas que, unidas ás outras, apoiadas nas outras se torna poderosa. Se nós quisermos .. . Ah! Nós po– demos tanto! Cada uma de nós por si vale nada, mas "tôdas" e tôdas com Cristo nós conseguiremos muito . •

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0