Quero Outubro - 1938

r Par a as S e n h or as da L. F. A. C. OOOU&OOOOOOOOCOC .... .... ceeeocoeeeoeezeo Problema de máxima relevancia, de maior urgencia para a A. C. é a recristianização da familia. Célula mater da sociedade civil, o é lambem - a familia - da comunidade cristã. O matrimónio, seg;tndo o conceito cristão, é um sacramento instituído por Cristo, uma ligação sagrada, muito acima da lei l"ivil, e cujo vínculo, defendido pelo proprio Jesus Cristo, é indissoluvel. - " Niio Iêste que o Creador creou o homem e a mulher e disse: O homem deixará o pai e a mãe para se unir á mulher; e os dois serão uma só carne?". Pois bem visto que o marido e espôsa não são dois, mas uma só c;rne, não queira o homem dividir o que ~e~s uniu."- Esta a resposta admiravel dada pelo D!vtno. Mestre á consulta insidiosa dos farizeus e que veto por ponto final á questão. Ou católico ou divorcista. " Por isso mesmo, diz o Pe. Castro Nery, os que se casam deviam meditar bem estas palavras: o matri– mónio não é só felicidade, ma~ responsabilidade. Antes dele é o direito de se 2marem o homem e a mulher; de– pois de contraído, é o dever de se ~marem os cônjuges". Já tendes aí, senhoras, vsst1ss1mo campo para o vosso apostolado. Em casa, nas vossas visitas,. em tod~s as manifestações da vossa vida familiar e social, tereis ensejo de vos mostrades franca e since_ramente catól}cas, com a clara e insofismavel regra crista do matrimonio. Vem depois a educação religiosa e moral dos filhos. Sêde !)ara os vossos filhos educadoras. ~~votada~ e esclarecidas; e, sempre que as vossas poss1b1hdades 1~– telectuais o permitam, sêde lambem suas professoras. Mi– nistrai-lhes as primeiras noções de sciencia ao par e passo dos santos ensinamentos do cate~ismo católico. Eles vos ficarão devendo as conquistas dos humanos conhecimentos com a formação cristã das suas almas inocentes. E, assim, livra-los-eis da escola sem Deus. Que o Cristo, cuja imagem ap_rendcra':1 a ven~r~r como seu Rei, no lar abenço~do, seJa - n~o ~ma 1dea abstracta, pronta a ser esquecida com os primeiros em– bates da juventude; mas o Amigo Fiel a q_u~m aprende– ram a implorar e agradecer as graça~ quotidianas. • . Fazei do vosso lar uma Nazare ou uma Betan1a, onde rejne soberano o Salvador do mundo. E o mesmo que aspirais para vós trabalhai para que seja uma realidade em todos os lares. E aí se dilata o vosso trabalho de mi ~s ionari as, de apóstolas da A. C. Trabalho árduo, por vezes esteril, muitas mal inter– pretado, incompreendido. Onde buscar, então, a força, a coragem, a perseve– rante firmeza para prosseguirmos na consecução do nosso ideal? No Coração de Jesus- Hóstia. A Eucaristia será o nosso viático nas canceiras, es– cudo contra os dardos da malícia, coragem contra a in– diferença e a ingratidão humanas. Na vida interior é que devemos haurir o alimento da nossa vida activa; será ela a alavanca propulsora das nossas realizações. Quem não possue não pôde dar. Vamos a Jesus. Ele dar-se-á todo a nós. E, então, assim ricas e abençoadas, leva-10-emos aos nossos irmãos. Sirena de Azevedo Ribeiro Tezoureira da junta Arqwdwcesana da L. F. A C. -D A· l"'. F. A. C. O lar antigo O que é um lar , oocc....,,o Lar, palavra doce, que os tempos modernos vão tor– nando bem 11zêda ! . .. Quão diferente de hoje o lar antigo! ... O lar_ mo– derno, em nossos dias, é construído sem base so~tda. ~ . Assim, pois, as paredes e muralhas di, um lar nao sao construidas de madeira, tijólos ou pedras, mas de verda– de temor de Deus e lealdade. ' Os sons desagradaveis, as aflições da existencia, o choque das personalidades não são amortecido'> pelos ta– petes precisosos, ricas _~ortinas, nei:n. P:los soalhos en– cerados, mas pelo espmto de conc1haçao, pelas conces– sões mútuas e o domínio de si mesmo. Si os deslizes domesticos se acham escondidos aos olhos do vulgo, não são pelas cortinas de sêda, mas pelos tecidos de discreção. O alimento do lar não é o pão nem a carne, mas a condescendencia e a dc:1icação, essas qualidades que activam a alegria de viver, . A verdadeira bebida não é a agua, nem o vinho, mas o amor, a . unica cousa que é a um tempo, um ali– mento e um filtro embriagador. O leito sobre o qual se repousa melhor não será um amontoado de linho branco e de almofadas, mas uma consciencia pura para com Deus e para com os ~omens. A luz não é somente a do sol, durante o dia, e a da electricidade, á noite, mas a do afecto leal, que brilha nos olhos e faz vibrar os corações. O lar não é local, onde nos desemharaçamos do sobre– tudo mas onde nos desembaraçamos das preocupações. 'o verdadeiro lar não é um edificio onde os seres físicos se encontram, mas a casa onde as chamas se jun– tam, as chamas das diversas almas, que, quanto mais se · unem, mais brilham e mais se elevam. . Na batalha da vida, nossa fortaleza e nossa casa, onde cada manhã uma mulher abotôa e reforça nossa armadura, onde cada noite acalma nossa fadiga e cuida de nossos ferimentos. A beleza da casa é a harmonia. A segurança da casa é a lealdade. A alegria da casa é o amor. A abundancia da casa é o número de filhos. A lei da casa é a dedicação de uns para com outros. O confôrto da casa é o contentamento de espirito. Os ratos e camondongos de uma casa são a inveja e a suspeita. . O arquitecto de uma casa, de um verdadeiro_lar hu– mano é Deus, Aquele que fez as estrelas e edificou o munct'o. - De ' ' O Semeador" A Liga Feminina e as suas instalações A Liga Feminina da A. <":. acha-se instalada nas se– guintes paroquias: S. S. Trindade, Nossa S. de Nazareth, paroquia de Sta. Therezinha (Jurunas), S. José de Queluz, paroquia da Sé e paroquia de S. Raymu~do Nonato. Dest'arte vai a A. C. entre nós realizando progres– si vamente se~ programa, mercê de Deus e da coadjuvn– ção laboriosa das senhoras paraenses. - Em, 22-8-938.

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