Quero Outubro - 1938

MULHERES HEROICAS R. P . DUCHAUSSOIS Oblato de Maria Imaculada ~ , ~...._,,._-~....,,.....__,,......,-....,-.~ As Irmã.s "Grises" canadenses nos gelos polares " A's que trabalharam connõsco na difusão do Evangelho" CAPITULO A SENHORA n' YOUVILLE E A SUA OBRA . A primeira Irmã "Grise", mi ssionári a dos pobres, fo i a Senhora d' Youville, "née" Ma rie– Ma rguerite Dufros t de la J emmerais. O pai, Cristóvão, deixou, em 1687, o cas– telo tres vezes secul ar da J e mme r a is, si tuado em Médréac, di ocese de Sai nt-Maio, para vi r combater, no Canadá, os Iroq uêses. Conqui s– tou, pela sua bravura, o pôsto de Capitão. A mãe, fo i Mari e Renée de Varennes, filh a de Renée de Varennes e neta do Senhor Bou– cher de Boucherville, ambos, naq uêle tempo, governadores de Trois-Ri vie res. Dois dos ir– mão de Mari e-Renée de Varennes eram padres; um outro, o célebre S e n h o r da Véra ndrye, passou á posteridade com a glóri a de primeiro ex plorndor da Ri viere Rouge e de Assiniboine; uma irmã, Ma ri a-Luisa, havi a de ter como bi s– neta Monsenhor Taché, O. M. 1. , primeiro ar– cebispo de S. Bonifacio. Ma ri a-Ma rgar id a, nossa veneravel, era a ma is velh a de seis irmãos . Nasceu a 15 de No – vembro de 1701, na residenci a de Varenn es, sôbre as marge ns do Saint-Laurent. Aos se te anos, perdeu o pai que, ao morrer, deixou á fam ili a o exempl o de todas as vi rtudes que têm origem na nobreza cristã e na pobreza. Aq ui começa a carreira de abnegação de Maria Marga rid a. Até ao casamento, ela só se ocupou de sua pessoa dura nte os dois anos em que se preparou para a sua Primeira Comu– nhão, passados no pensionato das Urs ulin as de Québec. A 12 de Agosto de 1722, casou-se com Francisco d'Youville, fi lho de Pedro You e ca– valeiro de Vi ll e Márie. Dêste casamento, a-pe– sar de santame nte preparado pela sua par te, só conheceu os espinhos. O genio ciumento de uma sogra e a conduta desenfreada de um ma rido intratavel em breve fec haram aos atrac– tivos do mundo êste coração, largo demais para êle, e abriram-no a um ideal incomparavelmente mais belo. Deus queria só para Si a sua eleita. Por isso, o noviciado dos santos, o do sofrimento, foi oferecido à jovem esposa. Ela se lançou a êle resolutamente, ou melhor, continuou a ca– minh ar n~a mesma vi a dolorosa, que apenas tinh a mudado de aspecto. Ao fim de seis anos dêste martírio , apre– se ntou-se o bom samaritano das consolações e das luzes divin as. Foi o padre sulpi ciano Du- lescoat, cura de Ville Marie. . · A que cimos sobrenaturais condu ziu , em breve, o homem de De u s esta alma já tão grande ! A Igreja, que começou o seu processo de canonização, no-lo revelou, aprese ntand o-a como modêlo a tantas vitimas chamadas ao mesmo calvário . A 4 Julho de 1730, uma doença fulmin ante levou o Senhor d'Youvill e. A Senhora d'Youville chorou since ramente o espôso, que sinceramente havia amado. Ela colocou toda a sua co nfi ança em Deus, o Pa i Eterno, apoio de toda a fraqueza e fo nte de todo o bem. Tal fo i a sua devoção fund amen– tal. Ao mesmo tempo, ela ent regou-se ás suas obrigações de viuva e de mã e: o pagamento das dívid as e a educação de dois filh os. A ês tes de– ve res, seu ardor, du rante mui to tempo retido, ac resce ntou, em breve, um outro: a ded icação aos pobres, aos doe ntes, aos prisioneiros, a to– dos aquêles em quem sua fé descobria uma semelh ança p a rti c ul a r com o di vino Mestre. As biografi as desenvo lvid as do Senhor Faíllon e da Senhora Je tté contam as orações, as vi– gíli as, os ex traord inarios meios de que lançava mão duran te êste período. O padre Dulescoat era o gui a sempre con– sultado e sempre obedecido, até morrer, em 1733. Seu sucessor deixa rá uma recordação pe– renemente abençoada entre as Irmãs "Grises". ( Continua na página 1 7)

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