Pará Philatelico, n. 6, 7, v.3, 1936. 50 p.

4 PAR>\' PHILATELlCO A Vida da.s Moedas Uma moeda que se guarda, diz Henry Murger, é uma pequena for– tuna arranjada, pouco a pouco, com o suor do trabalho. · Muitas v·ezes ella dorme nas ga– vetas, alheia e indifferente a tudo. Quando uma moeda surge depois de um somno secular, não é· mais ua moeda; é uma medalha! -Entretanto, quantas v-ezes ella foi o obolo do pobre, pagou o peda– ço de pão do mendigo esfomeado, a acha de lenha que matou o frio dos infelizes . .. material empregado ·na sua co·nr ~e . ção. Ferro, aluminio, bronze nickel, prata, chum<bo foram os metaes mais aproveitados. O papelão, embora deteriorando– r,e com facilidade , forneceu, em grande proporção, motivos para bellos trabalhos nesse dominio. As– sim é que grande numero de cid'.l– des delle se aproveitou para, a'.il mesmo tempo que preenchia uma lacuna monetaria, evocava a pessa– gem de um facto historico, e repre- moeda em papelão da cidade de Brioe, eor– reze, da colleção de Souza Barriga Um bocado de moedas, é toda ·a visão do passado, desfilando dean– te dos nossos olhos, com infinitos enredos da exis'tencia dos povos. Na presente colleção de moedas divisionarias, cunhadas e im1pres- · sas, tanto pelas columnas de Fran– ça, como por suas Colonias e al– ('uns naizes .estrangeiros, durante a Grande Guerra européa, para reme_ diar as difficuldades do numerario, encontrase. um ramo precioso da numismatica, devido a naturesa do sentar typos regionaes. O "bon•· de pão, de viveres, de mercadorias, em nada differe das tésseras que entre os romanos ser– viam, tambem, como "bonus •· de pão, de trigo, de senha e bilhetes de theatro que davam direito á en– trada para o... "gallinheiro ! Uma flor de lys, uma colmeia, tudo isso liga o passado ao pre– sente, a quietude do campo ao in– ferno do "front", a paz. dos lares á tormenta dos homens! ......-uu111111m1111111111111181911111111n1n11111nu111111111111111111111111__.11111,-1111u1111,111u-111111nnnm1-•111111111111111-111111111m110 Ingrata, balbuciou o velho, com a feição contrahida pel_a augustia. A epistola, porem, continuava: Vamos partir para a Nova Ca- ledonia e.. • · Ah ••• exclamou o velhote. Vão partir para a Nova Caledonia ! • .. Suzanna, corre a buscar o meu sobretudo, Vou ver si Ct.,nsigo encon– trai-os e lhes pedir quej me mandem, com a maior urgencia, os sellos novos com sobrecargas especiaes de que faliam a.s revistas ·,e que ainda não possuo ...

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