Pará Philatelico, n. 6, 7, v.3, 1936. 50 p.
14 PARA' PHlLATELICO OS SELLOS DO BRASIL Os sellos em nosso paiz • conti– nuam a ser os senos de todos os tempos. Não ha ·differença na estabiliza– ção. Sempre as velhas côres amJOrte– cidas, os velhos m:oldes usados. Raro, um Cairu', de formato attrahente. Parece que uma gasta machina impr,essôra, gosa o designio de ra– diante juventude á ,exteriorisação de um trabalho que se lhe impõe. Todo funcciona:rio publico alme– ja um resto de v1da em·. descanço. A machina da Casa da Moeda fica– rá agastada se lhe offerec,erem uma aposentadoria merecida. Como qualquer madona repim– pada, nega a edade que tem a todo mundo. De tal teimosia, ahi estão os sei– los que ena nos apresenta envai– decida. Tudo se gasta, consome-se, sub– stitue-se, remoça-se. A nossa im– pressôra não soffre nada disso. Vi– ve por si mesma. Podia até virar em moto-continuo, transformar-se em determinados cyclos, a senectu– de em mocidade para que continue no oue tem sido. Não ha sonho de artista, habili– dade de gravador, profici,encia de technico que não esmoreçam á for– ça rotineira da machina anciã que em habito inveterado perdura a mesma - sem ajudar ninguem– sem pressa alguma, ramerrona co– mo velha indigena, satisfeita, de um esforço que não apparec,e. Decorre disso, a crise de contra– tempos, de esforcas hrJnroflcuos. de zelos malbaratados de todos que a septuagenaria provoca e se com– praz. Os paizes extranl!eiros ost.enta'"'l a nerfuracão mathem~ticam~nte e.ouidistante de cada sello. A bra– ~ileira gosta de investir por cima rla nroprln sello. Como exoressãn de Unha inclinada. é nma affirmativa. Como facto prej udicial á integrida– de do seno não se contesta. E' um problema um t.eno bem quadrej:i.do . 1 1 A perfuradora entende a separação como utilidade postal. Pouco im– porta, fique o colleccionista com ·um ex•emplar defeituoso o que lá fóra os defeitos sejam notados. Cada vez que se reimprime de– terminada chapa, diversifica o ma– tiz da côr primitiva. A côr fixa é symptomia de monotonia. O 700 rs. em curso offerec•e qua– tro nuances do rôxo. E' muita viu– vez para um simplorio seno soltei– ro. Em 1933 surgiram os senos do Presidente Justo, em papel grosso, que se tem repetido em Anchieta, Farroupilha, Cairu' e Oametá, nu– ma illusão de cada V•ez mais gros– so e na certeza de albuns empacha– dos de volume. Esse papel-cartão gosa ainda do privilegio de fornecer sellos com fi_ ligrana e sem filigrana. E' uma ip.– teressante duplicidade dentro de lei do menor esforço. E assim' vamos caminhando. O Brasil está figurando em toda a ou. janca de seu progresso esplendido, em toda a actividade humana pelo mundo inteiro. Somente ao sello nostal, que é o emlbaixador aue m~ is economicamente viaja e aue se ostenta em todos os onlldrantes dn orbe. ainda não lhe foi dado esse rlir,eito de representação adequa– da. Dia virá ao estimado répresen. t <tnte de noso amado paiz. Pri> sa ftn<; cé0s, seia breve a esnera. En– tão. o Brasil far-se-á rP.nresP.nt:u rll efficiencia desejada nor seus pe- 1111 enir,0s emblemas de encanto e de legenda. RAUL BRAGA ....................... .......................... O OMO resolucão unenime da D; – rectoria da S . P . P . acaba d:! s•r nomeado corr: spondente no Rio Grande do Sul. nosso distincto amigo e confrad~ sr. C'ovis Leite. Pelo real merecimento que tem e~s'.) n r.ss.o consocio, junto aos cou-cc10- n:stas do Pará, justa foi a lEmbrança da s . P . P., em nomeai-o seu Dele– gado.
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