Pará Philatelico, n. 6, 7, v.3, 1936. 50 p.

11 Exposição Philntclh;a National oo Centenario de Carlos Gomes A Federação das Sociedades Phi– latelicas do Brasil acaba de officia– lizar a Exposição Philatelica do Centenario de Carlos Gomes, a rea. lizar-se na capital do Estado de S. Paulo, organizada pela Sociedade Philatelica Bandeirante, com a co– operação de sua co-irmã a Socieda– de Philatelica Paulista. A Commissão Organizadora des– se certamen; escolh'ida dentre os elementos de indiscutível valor no scenario da philatelia patria, está assim constituída: Presidente: Edgard Conceição. Vice-presidente: dr. Humber to Cerrut. 1. 0 secretario: Roberto Thut. 2. 0 secretario: Jorge Egydio No- , guelra. Thesoureiro: Paulo Ayres. 2. 0 thesoureiro: João R. Thut. Membros: dr. Luiz Moura de Azevedo e Alberto Rebsko. Ess~ festa. auP terá a dnracãn de oito dias, despertou grande ,enthu– siasmo no seio dos philatelistas do Brasil, em face dos bellissimos pre– mias que serão disputados e das amplas garantias de que serão cercados os senhores expositores. Merece registo especial a forma feliz com aue o Jury fará o seu jul– gamento, tendo em vista a conta– gem dos Pontos que cada concor– rente obtiver em sua categoria. A nossa Casa da ·Moeda está nTe– parando uma linda serie de sellos em homiengaem ao nosso glorioso Carlos Gomes. E torto mundo ouviria cartas, sem necessitar do methodo daouelle que não saben_do ler. valia-se de um ~ecretario. mas tendo o cuidado de lhe entupir, previamente, os ouvi– .dos... Collega philatelista, desculna não r.ermos n:ira offerecer-te, em. re– r-omnensa ao t-~mioo oue nerdeste ""m este mvstiforio. o que das car. tas mais nos aproveito: - os sellos K.JJANO PARA' PHILATELICO Retrato Curioso Sacha Kaninsky é um pintor ori– ginalíssimo. Não usa paleta, nem pinceis. Para pintar os seus retra– tos, aprov-eita as côres que os mi– nistros dos Correios de todo o mun. do, presentes ~ passados, põem á sua disposição. Em 1932, o pintor se offer-eceu para fazer um, retra– to da fatnlosa Venus negra Josephi– na Baker, que acceitou muito satis– feita a propo~ta. · - Quereis que o retrato seja fei. to com sellos coloniaes? - pergun– tou o pintor. Sois uma artista exo– tica... -Absolutamente, respondeu a dançarina. Sou americana do nor– te e artista internacional. Em\pre. gae sellos do meu paiz e de todos os outros onde tenho alcançado successo. Durante seis longos mlezes mal vi– vidos, trabalhou Kaminsky. Numa tela de um metro quadrado, collou 3.000 selos e 30.000 recortes. O cor– no foi f-eito em senia de 4 cel'.lti– mos, •em\ssão de 1900, da Repu~a Franceza, que temi mais valot que o preço nominal. Os cabellos foram conf.ecciona– dos em Exposição Colonial de 15 centimos; as unhas em encarnado Tchecoslovaquia; os labios, em Austria roseo-escuro; a corôa de flores em Hiespanha, Estados Uni.. dos e Tchecoslovaquia, conseguido.s muito caros; os olhos com Tuní– sia "flam'boyants ", os dentes com 1 centimo francez muito claro; os superemos em Exposição Colonial. Todo o fundo era americano, -e durante seis mie~es, no hall do thea. tro onde se exhibia a Venus d'eba– no, ficou exposto esse curioso re– trato. Kam,:insky rec-ebia calorosas fe– licitações de mllé. Josephine, que não lhe falava, todavia, em dinhei. ro. E como a off.erta que lhe elle f.ez valia, segundo o seu pensar, a uma encommenda, o extranho pin– tor accionou a artista para o paga. m!ento cie 20.000 francos . - G. V.

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