Pará Ilustrado - 1943

9uJ- ~6;/4- tlh«l_ ~ ~U(/À, f-- i.~ ~ ... e o pú de arroz eseolhido foi Phebo por sua finura e delieado aroma•••" Se ha preferencia pelo pó de arroz Phebo, o dizem as senhoras que a ele se habituaram e dele_ Jwlem seu motivo de beleza. Este pó de arroz tem o perfume bem delicado das rosas mais belas e a sua finura é de tal modo, que se afigura i'mpalpavel. O pó de arroz Phebq é apresentado em linda caixa de madeira, que no seu toucador, sterá um objeto de adorno. t- j -9 <t"::-c(-y. l'ÉRflL\lARI.\S PHEBO LTDA. ____ , CARLOS VITOR PEREIRA Noite mádida de março, mês em que as marés crescem assust1l'.dor,amente . A agua estava quasi cobrindo a ,margem fronteira da cidade, enquanto a chuva, iffi!I)er– tinent-e e fria . vivificava o capim gra.mineo, que se espalhava nas ruas. Eu saíra de casa para fazer a digestão do jantar. E pulando as pôças. que se formavam a proporção que as aguas pluviais desciam das sargêtas, cheguei. finalmente, ao Trapiche, on– de já. encontrei meia duzia de criaturas que es– tavam como eu. is::-0 é. sem preocupação de es– pécie alguma . - Hum ! Qui chuva de muié ... reclama– va um sujeito prosa. meridoço a poeta, que ti– nha a pretenção de se dizer entendido em as– suntos gramaticais. O Julio Seco que recebera. â tarde. por in– termedio do Correio algumas revist-as do Rio, a – fim-de revendê-las, estava po.ssuldo de uma preguiça até para falar, quanto mais para a nunciar o seu negocio . - 32- Era o frio que distribuía, equitativamente, a morrinha. naquela gente, tornando-a sem ação para a vida; vês em quando, porém, para espantar a monotonia que se observava com o "foi-não-foi" dos sapos, êle gritava : - Olha "A Noite", ,pessoá !... A Pulquérla, que carregava no pescoço melo quilo de banha e mostrava nas meias dois grandes "dias-santos", havia desembarcado de um reboque e entrava na cidade rebolando as suas carnes, debaixo da chuva que caía, em ga– tinhas, causando aborrecimento em todos os semb1'antes . Antes, porém, de chegar á primeiT.a esqui– n a, essa mulher gordalhuda como uma ze,bum– . ba, retrocedeu para esperar que o Zeca, seu companheiro, fosse á casa de um conhecido, afim de conseguir pousada . E enquanto aguardava o resultado, dei– xou-se ficar á vontade, no banco do Trca,piche, numa prostração morbida, apreciando, -basba– que, o clamor de Secb : - "Noite"!. -.. Quaitro la,mpadas de 80 wts. penduradas no telhado de zinco daquele próprio munlci,pal, projet,avam um clarão tão perfeito, que se po– dia procurar uma agulha que ali caisse . A cidade estava mergulhada num silencio profundo. Só se ouvia o chiado dos pingos da- PAIU.' ILUITa.U>O Ilustra esla pagina a fotografia da se– nhorita Zuila Galvão, numa •pose. es– pecial para a nossa revista , Zuila é. um bolão de rosa que floresce no kilomelro 95 da E. f . B. • • • • ♦ • • • • • • • • • • ♦ • ♦ • • • gua, que ilam de encontro ao cimento, e o coa– xar das rãs ocultas nos valados das ruas. Qualquer mortal, com o espírito afeiçoado ao .público neurastenico da capital, que não es– tivesse, como eu , aclimatado ã paciente solidão do interior, -teria, na certa, um acesso de deses– p ero ao sentir a tristeza ao seu lado, numa noi– te, assim, tétrica e enfadonha. Zéca, no entainto, sem importar-se com a cara feia do tempo, voltava, calmamente, para buscar a companheira, que, sem perder de vis– ta o menor movimento de Julio, espreitava, em todos os detalhes, a elegancia com que êle co– locava a mão direita, cola·da ã boca, em =fórma de funll, para dizer: - Olha "A Noite", pessoã!. .. Pulquéria levantou-se, sabe Deus com quanto sacriflclo, e, num gesto d e desdem. dan– do uma olhadela em Jullo, torceu o beiço e resmungou: - A1·a, crédo! Antão aqui,' na Cidade, é p erciso um :iioml gritá que já é noite ? .. • - Agradavel surpresa de bem estar é uma particularidade dos calçados da -SAPATARIA -CARRAPATOSO PARA MENINAS: OS fORMIDAVEIS MODELOS TAMANQUINHA PENAr!ELD __.. ---~GUINE .~PÃRA SENHORAS : MODELOS TRESSE e TROPICAL A maior exposição de calçados Praça Visconde do Rio Branco BELEM-PARA'-BRASIL 20-2-1943 1