Pará Ilustrado - 1943
2 - 194.:5 Sherloek Holmes Cabral Cosia· escreveu para o relicario evoca fivo de Y. . . . Não mais a fragancia capitina do teu corpo ai– roso . Não mais a ambrosia excelsa dos teaa beijos colhida na anlora dos t"as lábios. Não mais a falg$1Cia rutila dos teus olhos, qff, no firmanw!nto do amôr, qual faróis altaneiros, moa• travam. o ancoradouro da Felicidade . .. O Destino, esu timoMiro da Sorte, de,vioa a róta que nu- levara a ti. E, um sabermos atribair a qae força centrilaga, fomos atirados fóra do lia• me do' Amôr . e orupiroa contra 0$ nossos anseios e contra o vetasto castelo que idealisavamos, a lei inexoravel da fatalidade . Estava escrito no livro da Sina o transe que sorvemos atônitos. E cumpriu-se literalmente. .. E não foi, siquer, um perjurio tea que fanou, no vergel do meu coração, a amizade que floria nama gama ascendente. Não, resta-me, como patrimonio, a certeza de que nem uma jura tua se quebrantou . Foste sen– sata . E é para esse sentimento que ora tt! en11io essa palma de recordação . Si o nosso ámôr se reduziu a cinzas, não trabalhou os nouos anélos . Si ê.le si dissipou depois de o termos opulento, a nenhum de nós dois cabe a calpa . E.le r,Jpresentou na ribalta da Vida o que lhe estava determinado . ' Foi meteoro que passoa, porém, deixoa esterio– tipaáo, de fórma inescurecível, no meu ,peruamento, nos meus lábios el no meu corpo o elluvio sublime que ainda rescende " lega-nos o desejo de reviver . Mas, morta ama ilusão, as demais fenecem . . . E si o Destino 'nos separou, si já sofrl!!tnos a se• vicia das horas tumaltaosas, si, já, no pelourinho da inquietação, recebemos as vergastadas qu" nos la– ceraram a alma, para que mais expôr ao sabor da amargura os nouos porvindoaros dias ? 5eu fondador. eslava radiante nesse dia . Andav a que parecia um pfl i no vato ou– vindo peli, primeira vez o cho rinho do gu ri tão desejado. O d r. Bia nor Penalber, naquele _seu dinamismo conhecido , de medico e jor– nalista. dia s antes só ia lava em P ARA ' ILUSTRADO. E ra a revista que ele afi rma va havia de nnscer. crescer e se torn11r a numéro um de Belem . E acres.:enlou : - Um dia P ARA ' ILUSTRADO. quando não necessi tar mais do meu au– xilio para ens ina-la a andar sosinha . s em medo de cair. aí eu poderei ficar tran– quilo. Bastar-me-á a satisfação de lhe ler le vado á boca , nos seus primeiros dias de existencia , a papinha dos meus cuidados. PARA' ILUSTRADO Dei:ümos, sómente, que se expanda, em cata– dupas, a reminiscencia do augusto tempo que se fôra . Acalentemos nos cálidos parámos do evocar a grandiosidade da nossa amizade cindida . Porque si havemos dt!. perder uma felicidade é melhor nunca possui-la ! E já que a tivemos e per• demo-la, muito nos casta ao coração, que ainda carpe dantêscas dôres, abrirmos navas chagas ! . .. E, como, nos teus olhos, hoje cismarentos, paira um sendal de melancolia,· cantante afirmação de que vives aquele passado venusto, eu te aconselho como, lambem, o faço, que se abroquele da insidia que nos move o Amôr. Sintetisando ástro e charco, êle, o Deus travesso, nas porta, inconcientes, ás magni– ficencias e aos vitupérios. Não mais terei a tua vóz sedosa qae, aos meus ouvidos, era litania . . . cicio . . • Não mais as tuas mãos, mimosas flores de car– ne, se prendJrão ás minhas, para, numa blandicia, realizarem o magutoso concerto do corurbio ! ! ! . . . E as tuas faces. . . o teu colo eburneo, macio como as plumas da usnéa da samaúmeira jamais serã,-re• gados pelos meus beijos ardentés ! . . . Redivivo, ficará, em mim, estuante de beleza e saudade, essa fase dulçorosa que me deste a vis– lambrar no prisma róseo e dialano do Amôr . E hoje que raramente nos vemos, qae os nossos olhos não se buscam para estásiarem-se na contem– plação miítua, que nossas mãos não se cingem afe– tuosas e os nossos lábios não celebram a caoatina soberba e faustosa dos beijos, só nos resta colorir e corroborar a retentiva para que os sais dei prata da imaginação projétem no /ando do espírito, em jôrros eloquentes de saudade, o reverbero escaldante do nosso amôr e que o brazido da alma sempre con- 1er11e am manipulo das cinzas do passado . .. ( Do livro inédito "VARANDA DOS LILAZES " ) O meu ilustre ami go. co rr; aqu ele seu ar de quem impõe afetuosament e, decla– ro u-me: - E você ha de ser semp re ami go de P ARA ' ILUSTRADO. desta re vista que você pegou lambem ao colo e sabe quanto carinho me custou. -De falo ho je PARA' ILUS TRADO está crescid inha e vil oriosa, pertence a oulra d ireção. ma s con ti nua no coração de B ianor Penalber e no do au tor des– tas linhas. Zé Vicente • • • • •••• ■ a• ■ •••• ■■■ •• ■ •••• ■ • Leia e anuncie em
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