Pará Ilustrado - 1943

.Sanfa Bernadefe de Lourdes, - - A . vidtJ prodigiostJ de umtJ i/u. mintJda - . .I'T'élnçois Duhourcau– EdiloT'éJ• · Vecchi - Rio, 1942 .. Um livro lirico repassado de inefavel ·poesia, é este de François Duhourcau, .Santa Bernadelle de Lou rdes,, em que o grande escritor franc~z narra a vida comovedora dessa candida açucena do sanloral cristão. Bernadelle S oubirous, candor e pure– za, paslormha humilima, foi providen– cialmente elei!a para protagonista do mais admiravel prodigio da idade moderna. Repetidas vezes li Rainh a do::1 . céus apareceu a esta criatura predestinada; e a · gruta de Lourdes e o manancial que perlo déla brota devolver.am a sáude a inumeros enfermos. E aquele ignorado. recanto da fránça começou a ser visi– todo pela romaria dos peregrinos que. acudiam de Iodas as parles do globo. Porem Bernadelte a • Eleita , . leve çe passar por provas crueis: .·o divino favor . qu~ recebeu levou-a á barra dos tribu– nais. Todavia, tantos foram os ·milagres operados êm L_o~ @$.~ e Ião grandes os beneficios Íogrados ~ - àquele e.pito pela· humanidt1de sofredora , que Berna ... detle granjeou veneração e respeito uni– versais Morreu Ião edifican!emenlé como h~– via vivido, e, apesar dos muitos anos já transcorridos desse seu transito mor- 1 tal. seu corpo continua incorrupto. Desta vida admiravel, suave, intensa , perfumada de beatitude, François Du– hourcau nos faz uma calida pintura em seu livro .Santa Bernadete ~e Lourdes, . que lhe deu merecida fama e que já 'le a.:ha traduzido na maioria das linguas cullas. 23-1 - 1943 (Continuação •da página 6 (; ~inc- 7)e ~d, 7)e -uted.tJ. Ao seu grito acudiram varias.. pessoas, mas o assassino havia já desaparecido. • • • Estabeleceu-se então, no bairro, abundan– te vigilancia de .agentes de Policia, · comum e secreta. Não obstante, a senhorita Frieda Drahein. de trinta anos de idade, e vinte e quatro horas depoii, a sra. Cora. Bachelor, de trinta e oito, caíram feridas na mesma forma, e mais ou menos no mesmo lugar, que as anteriores vitimas. A presença de numerosos agentes na vizinhança impediu oue o assassino consumasse o crime nestes dois Ultimos casos . Mas no caso da senhorita Drahein, ·a Po– licia estava tão bem preparada que, tres mi– nutos depois de cometido o - fato, estendeu um cordão de cem .homens, ·ao redor do bair– ro, e não se permitiu entrar ou sair pessoa alguma, enquanto não. se· procedesse a mi– nuciosa busca. Nada se descobriu, mas fi– cou a certeza de que o assassino se achava em uma das casas da vizinhança. · * * * Produziram-se, por então, estranhos casos· de histerismo entre as mulheres aterroriza– das. Algumas declararam que haviam sido assaltadas, e se tinham livrado da morte dan– do gritos que fizeram fugir o assassino. Es- / ses alarmas não tinham fundamento real, mas eram sinceros, produto da imaginação . presa de constante panico. · * • * Houve, porem, um caso real. A setima e a penultima que morreu foi a senhorita Maria Handley, cujo cadaver foi achado no fundo de um pateo vizinho da sua casa, no centro mesmo do bairro perigoso. A cabeça da senhorita -Handley fôra fra– turada por pancadas com. Uil). objeto de bor– dos retangulares, provavelmente um tijolo. o corpo tinha varJos ferimentos e as roupas tinham sido arrancadas . Perto do jardin– zinho em frente da casa,· foi achado o cha– péu da vitima, e o sinal de uma botinha de homem, correspondente a pé :muito gr'.1np.e. • A Policia possuía já alguns detalhes, -msig– nificantes talvez, mas os. unicos : o assassi– no era. uin homem alto, de pé grande. A Policia aumentou ainda o numero de agentes no bairro . Criou um grupo especial de pesquizas. A Legião Americana, os d~– tetives da estrada de ferro e numerosos ci– dadãos, organizados em Corpo de Vigilancia, coopearam com a Policia. Grupos de alu– nos de uma Escola Superior ofereceram-se para acompan_har pelas ruas as mulhe~~s. Cessaram, entao, os atentados, o terror ·f01 se desvanecendo, pouco a .pouco, e por espaço de nove meses não se produziu crime algum. A lembrança do misterioso assassino começa~ · va a extinguir-se como o de um pesadelo horrivel quando subitamente renasce o ter– ror com'. o recente assassínio de Lily Croy. '1\., jovem pofessora era uma mulher de con– dutà' .e educação exemplares. Frequentava, de noite ' a Universidade de Toledo, onde se– guia o curso de. e_studos bibl~cos e de Ílli!tru– cão cívica. Regresl!ava sozmha da Umver– sidade quando foi assaltada perto de casa. o assa'.ssino escolheu bem o sitio"e a ocasião. Ninguem poude ouvir õs gritos da ·jovem, . ...... ~ ............• A versão vernacula correu a car~o de J. da Cunha Borge~ e a Editora Vecchi enriquee·eu esta inleressan'te edi– ção com uma capa alegorica de belas cores . e com o retraio autentico de Bcr– nade!e Soubirous. . PARA' ILUSTRADO ninguem o interromp~u nos seus impulsos malsãos. Duas horas depois, a Policia e um cunhado da senhorita Croy encontraram o corpo sem vida. O assassino tinha-lhe tirado cuidado– sa.mente os sapatos e as -meias, •e o resto da. roupa. havia sido arrancado e despe_çl.açado brutalmente. E o Ultimo crime permanece em tão cerra– do misterio como o primeiro. O terror, um terror incrível em uma cidade civiliza:da, voltou a reinar em Toledo. De uma boa educação social, da aplicação sistematica e rigorosa das praticas higienicas, da utilização racional dos metodos profilati-, cos; da submissão voluntai-ia e ll,tiva das leis sanitarias e sobretudo em ir ao medico o mais precocemente possível, depende não somente a cura pessoal, como tambem, e este é muito . principal, a extirpação absoluta das fontes de contagio que representa um problema social. Qualquer intento encaminhado a educar as massas nesse sentido deve ser acolhido com simpatia e entusiasmo. Já se tem empregado em conferencias, jornais, radio e cinema como elementos de expansão para levar a todos os cantos distantes os princípios higienicos e mo– ra.is elogiando aqueles que trabalham para o desaparecimento do mal : ·E' obvio afirmar que a arma mais poderosa ·nesse sentido é o cinema. 1 Uma mulher de talento dotada de fina be– leza, Miss Mary Ransone, compreendeu as– sim e pôs a sua contribuição de· seu engenho em beneficio da humanidade. Miss ·Mai) Ransone é a autora do filme intitUlado "O Crime do Silencio", no qual de uma maneirá elegante, discreta e ao mesmo tempo audaz, ainda mesmo que pareça paradoxo, ensina-se ao publico todos e cada um ?-~s angulos ~o problema, sem que falte a dec1s1v!:( influencia que tem .em relação com · a Defesa ~acional dos Estados Unidos e sem esquecer tão pouco o interesse dramatico e novelesco que fazem do filme · não somente uma peça instrutiva e documental como tambem por ,sua vez uµi.a historiá cativante e emocionante. · IIIHil!lHll~~IWlffiUillllli!mlllrntlílffilllllllllffilllllílmlmm111111111111n111111111111i 7~1 l e ·: foda's as . febres palusfres = ii' de mt1u carafer curam-se ·1 ~ eficazmenfe .com ~ = .i 'll.fil(IJ(H [3 ~ rn[) ª l produ1!0 sobejamrn!e experime11!ado nas regiões impaludadas do Alto Acre ·para . onde_ env(amos anual– mente' milhares de vidros que !em feito imens~s curàs ' sem um unico .' insucesso· ,D E PO SITO: .I 14~ &ntute ALBIDO FIALHO & C. Pr~ça da Republica. n. 4J .. PARA' -BRASIL iifllí,[!m!ffilliillllUlllllllllllllHh 1 31 E

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