Pará Ilustrado - 1943

ANO II N• XXXVII .Jl. ~ 'Uld4a, O exercilo alemiio acabou com o exer– cilo ,russo. Acabou lambem co~ 11 11viaçiio sovielica. lslo desde as primeiras semanas da invasiio das ferras onde persiste feimo– samenfe cm ficar o sr. Slalin. O radio de Berlim anunciou o aniquilamento completo : dos russos. O que eslava fazendo era lipe– .nas o trabalho de limpesa. Ijfa .mais de um ano, porlanlo, que os russos •viraram ponla de cigarro•. Niio exisle mais soldado sovielico nem para amostra. O •fuherer, chegou ali e papou tudo. segundo os comÚnicados do alto comando germanico. A Alemanha agora· eslá lufando ··é confra fantasmas. Niio é possível que na· Russia exisla mais soldado vivo. Aquilo é uma es– pccie de cosa mal assombrada. Morreram os soldados de Stalin. mos ficaram ·os es– pectros fazendo visagens. E' por isso que a rcsislencia russa ... é cJo outro mundo.• BARANGANDà lem feilo varias invesfi– gaçoes poro apurar a procedencia de· varias nomes de cidades e vilos parnenses. Tra– bo lho faligonle, que depende · de muita pa- cicncia, conseguimos. enlr lonlo, alguns es– clarecimentos que iremos dando cm nossas edições. Hoje lemos os seguinles : Macapá - Nessa regiiio mol'õvain dois lrabalhodores cearenses. um de enxada e oufro de pá. Um dia o da p6' se aborreceu com o inslrumenlo e não quiz mi!tis traba– lhar. O caso foi levado ao conhecimento do chefe do lagar e esle perguntou ao da enxada porque o oulro niio trobalhava, ao que ele disse: •E' porque ele está méÍ ca pá•. Daí nasceu o nome Macapá. Anajás - Nessa localida'de morava uma índia chamada Ano. Casou com um bronco e esle um dia veiu para Belem. Quando regressou á localidada a índia havia mor– rjdo. E ele só viu um'a cruz com esles di– zeres: ,Aqui a Ana· jás, . Desde esse tempo o logar ficou sendo Ana ... jás. MARAJO'- Havia nessa ilha uma india chamada Jó, que ero baslanle lindo. A no– ticia veiu bater em Belem. Um rapaz de familia conhecida resolveu cnfiio seguir ppro 9-1 - 194} Jornal sem a • . _Feição comum 11 ilha. E, quando embarcava com esse dcs– fino. alguem pergunlou poro onde ia, ao que ele respondeu : •Eu vou ornar a Jó, . E pronlo, ficou o nome de Marajó. APEU' - Essa localidade ·á margem da . E. f. de Bragança niio linha nome. Um dia um cidodiio chegou a cavalo, mos llie rou– baram a monloria e ele- leve que regressar li pé. ' Quando dava o fóra. os moleques vaia– ram-no assim : ,A pé. úh ! ! ! A pé, úh 1! !, Vem ,dai o nome do logar-Apeú. O reslo fica paro depois. ~ dinceJLa . Um grupo de agmiradores ·do _nosso in– subsliluivcl dirclor vai oferecer-lhe um re– lralo cm !amanho nafural- no · dia de seu ju- bileu jornalislico. E' tima homfnagcm ao maior !alento da Àm11zonia, quiça- da Àme– ricl\l do Sul. O diretor de BARANGANDà rcpresenla para o ferra paraense, particu– larmente, um orgulho legilimo. Genio da peno, giganle do pensamento. filai:i da inle- ligencio. a ele ninguem se igualo. . Desde muilo joven o nosso porlenloso ' direlor já revelava a sua vocação estupen– da para o jornalismo. Varias cadeias assi– nalam a sua jornada gloriosa. Diversas lenlolivas de agressão dão leslcmunho de sua atividade brilhanle na direção de um jornal. Dezenas de fcnlalivas de suborno cm moeda corrente do país marcam o bri– lhantismo de seu sucesso na imprensa. A homenagem. porlanlo. que lhe -viio preslar os admiradores, é. mais uma de– monslraçiio de elegonle ~ov11rdia e tino hi– pocrisia 'aa legião de seus cordiais ini– mi_gos. O nosso querido diretor eslã empenhado no soluçii<!! d., varios problemas ligados ao ~• ILUH'LU>O Dirclor gerente e irresponaavel - u Vicente rapido aproveilamenlo de produtos da in– dustria. O falar lernpo. nos dias que cor– rem, é o ponlo mai"s imporlanle para a rea– lizaçiio de um rapido progresso, Àquilo que anligamenle se _ processava lentámenle, hoje fende a desenvolver-se com celerid11de. O fobfico da borracha, por exemplo, de– pendia de cerla demora. la do golpe na seringueira· ii apanho do leilc e depois ii d!fumação vdgarosa, olé conseguir-se uma pele de borracha de cinco a dez quilos. ~ O nosso dirclor. após uma série de cx– pericncia, conseguiu finalmente cnxerlor .a seringueird no gerimu'zeiro. 'Com poucos mezes a planla começa a produzir cm quan– tidade. cm vez de gerimu, enormes bolas de borracha. O lrabalho é só colher a cargo. olirar depois no caminho e dei~ar passar -por cima um compressor. feito isso, ler-se-á a borracha em laminas llnissimas. prontinhas para cxporlar. · Outra descoberta é o enxerlo do labaco em quiabeiro_ Nasce logo -o charulo pronto para II venda. O ·cnxerlo de cana cm coqueiro dá · ex– celenle doce de côco. O enxerlo da roseira em pão de sebo, dá excelente sabonete perfumado. ......................... ~ ~ Cô-ln, ó, di,aJ.o,. Ha dias esleve o nosso incrível diretor num ·dos seus momenlos geniais. Esteve presa de um eloquenle ataque de eslupidez, Nes• sas ocasiões o nosso querido direl9r fico lransfigurado. a perna direito inquiela. num insopilado desejo de atirar pancada no or. como se afraz de si algo se encontre que– rendo imporluna-lo. Um dos nossos reporlercs pergunlou 11 quem de,ia cr.lrevislar para esle numero de hoje, de BARANGANDÃ. O nosso diretor, super-possesso • grilou : •Vá enlrevislar o diabo!• , O digno auxiliar de BÀRANGANDÀ porliu mesmo na direção do inferno. mas nada de inleressanle conseguiu saber do diabo. Este apenas disse que !em em B~– lem umn filial do inferno encarregada de atanarnr os cristãos. - Que filial é essa?- pergunlou o nos– so reporler. E o Tinhoso declarou : - E' o Çompanhio Pará Telefones. De falo. a coisa mais inferno! dcsla terra é pedir-se uma ligação lclefonica. -5-

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