Pará Ilustrado - 1943

~~, 1 ----CílSílR PílRíl ílílmORílR Leio numa revista americana cu- Eu só a devo conhecer á hora da lo geral. como era de supor. Ma,, riosas impressões da vida em Chi- cerimonia r.eligiosa . E, como o o viuvo , depois de apresentar bS na Town, o baírro chinez de Nova 6migo se espantasse : suas credenciais , que eram otimas York. que ío~os os turistas visitam, - Vocês, americanos, namoram -declarou o seu sistema, ·diferente mas não recebendo dele mais que e depois casam-se; nós nos casa- de lodos os outros : - ficar noivo uma idéia amarela e epidermica . mos e depois é que namoramos. e namorar depois. Acharam engra- Carl Glick, o autor do artigo O caso ehinez não era novo çado e a moça consentiu no origi- conhec<:u China Town por fóra e para mim. Conheci, ha anos pas- nal noivado. Casaram-se Ires mezes por dentro e nos diz dos seus usos sados, um cavalheiro, funcionario depois. e curiosos costumes; como vive a publico e poeta que ado:ava es- • -Foram felizes? sua população que, aceitando as ponlaneamenle o sistema da China, -Aí é que a historia perde Ioda leis americanas e obedecendo-lhes sem jamais ler andado por lá . a graça lírica. Infelicissimo. Ele cegamente, conservam, contudo, na Era viuvo . Certa vez. viu em acabou assassinando-a , por desca- vida intima, os habitas tradicionais Niterói. no ponto das barcas, uma bidos ciumes e O alcool ajudando. de sua !erra. linda moça. Olhou-a, sentiu o ,coup Cham :i va-se João JJereira Barrelo. Conta, por exemplo, o autor, de foudre, . e perguntou-lhe onde O caso policial fez grande escan- como acompanhou Mr. Wu , seu mora va . A moça indignou-se · a dalo . amigo chinez, á Grand Central principio , ma s. como o cava lhe iro Acho bom que no Brasil conti- Station a esperar a noiva que vi- lhe dis sesse !ralar-se de assunto nha da Celeste Republica, acom- imporlanle, a resol ver com sua fa. nuemos ª adot a r O meto-::lo antigo: panhada por um tio. rr.ilia, deu- lhe o ende reço . ver, namo ra r, pedir, casar, desqui- Wu limitou-se a olhar ª~ moça, Ele compareceu, logo á noilinha lar-se. de longe, ás escondidas. Depois para ... pedi-la em casamenlo a os explicou ao seu amigo Glick : - tios (não linha pais vivos). Espan- PílDR8 DUBOIS Depois de uma longa ausencia, motivada por outros afazeres . voltou ao convivia intelectual de PARA' ILUSTRADO o padre Dubois. Espirita brilhante, o que uma solid1J cultura aprimorou em todos u,,,ú,,ú- os s entidos . é ele um colaborador dis putado. com a vantagem de não vender caro a sua produção . Jornalista, critico. polemista, "con– teur», o padre Dubois é o que se pode chamar, com justiça. um ho– mem de letras , de todas as letrns, as sagradas e profanas. Escrevendo ao correr da pena, ORAGA' suas paginas têm a lma, têm . .verve, fêm vibração, seduzindo o leitor a inda pela fórma e pelo estilo. Regressando ã velha fenda, que– sempre o acolheu prazerosamente, o fão gaulez tão de seu conhecimento: « on revi ent toujours à ses premiers amours». O Radio Club do Pará, institu ição que vem prestando os mais ass in alaveis ser viços á cu ltura e á civilisação do nosso Es– tado, manlern, de alguns anos a esta data , uma secção do agrado dos seus ouvinles-, Teatro sério e de graça,- que tem a anirna-ld, com os seus requisitos de inl eligencia e capacidade. o nosso brilhan te colaborador dr. Edgar Proença . Oua ndo a qui permaneceu, ha cerca de Ires anos , Cusl0dio Mesqu il a fo i um entusiasta do , Teatro sério e de graça, de que partici– pou como dirigente. E' dessa epoca brilh,mle a fot ografia que estampamos ac ima e na qua l se vê o aplaudido artista cer- cado dum grupo seleto de amado res do tea tro . 14--8-1943 PARA' ILUSTR.U>O -17-

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