Pará Ilustrado - 1943

Não parnva aí a fealdade da _p.96: e Emilia . A óssea estrutura do lalheJ linha nas espáduas,· no · pei~o ·e nos col~v elos, agudas' saliências Jqueº d-avan? cao corpo uma aspereza hirta. Era uma - boneca, ~e~co~untaaa· a ~iudo v, l~.., gesto · ~o mesmo tempo brusco e hm1cto, li 6 • r 08 ílL8ílCíl~ "J e escorrido .. qu.e fec,hava o corp; como uma bainha desde õ r1âr~a~la até os .J --i 5 5 o ., ·puhos ,e os .,!qrnozelos·n ~e um lf"nço ffir_olado_ n<J pescoço, e de uipas e.alças largas, que_. ~ arrastavam, _esc;ondendo • qu~.sf .!;oda ,a b9lina. F ~ i!. 1 ~ ·? , >. 11 m L l,j 1 ·~ para a frente as longas. tranças do· -ca– b~ 9, 'que anda_varn sempre a...dtii:isar-lb e._ como an!olhos , pelo rosto. Se lhe fala va al~':!ma pessoa de intimidade da familia, • n'ão lhe voltava as cosl~s : como fazía o .Joi ~ • lo::- - tom, O!? rslranh9s . mas. sentia logo uma n;céssidade · inven~ivél de coçar a cabe– ça, <tié'~mpanbada ·por um • repuxamen_l o .. ~ . dos ~_r.p·s. Eram modos de atravessa r o br~·ç·~ ; tdian!e do rosto e furlar o Como ~ éla_ lraziO: •a· éa beça to nsl á n(e. menlc? ·baixa, a parle inferior do rosÍo ficava sempre na sombra . A barba fu. gia-lhe pelo, pesc<:iço frno e longo: faces , não as linha: ~ lesta eta comprimida sob as pastas ba 1êlas do éa · e ·o. que repuxavam duas Ire nças compridas e. ~· P r ,.,, .:h ;, ;) - .foq:red aques e ordens tdegrafic(l_s para todas as cidades elo cspessa_.s. ! ' · .... t · ç-Bras-il - Faz operações de credito,, cçim a. maxima 0 pontualidade, · " - mediante modicas comissões Restava apenas uma nesga de lisionom:ia para os ·olhos. o nariz , e~- a r hoca ?' Bsl-a– -rasgava a ·maxila de uma orelha, a, ooh-a . A.lfredo, O nariz romano seria bo1ü(ó .'.:em oulró . 9 ,. ·. · "'~ ,... ~ semblante mais rseguJar. . · . . . :. ,, • Ernili_a ainda assim não parec_i!l sa- Os olhos negros t:> desme.didatnenle _ lisfe1la .. eslava co~s_lanlemenle a enco- grandes afu11davam na penumbra do lher-se, -~azendo lre1e1los pa~a mergu lha r sobrolho sempre -cai-regado. corno bu- o resto . âo pescoço e o queixo no !alho racos, pelas órbitas. do vesl1do, e sumir as mãos no punho --~~--------------•....--· Repre·~en antes - excl usivos de especialidades "' e produtos farrnaceuticos MANTEEM SEMPRE GRANDES ESTOQUES Rua Padre Prudenc:io· n. 42 - SELEM-PARA' A respeito do !rajo, que é segunda epiderme · da mulher e pétalas dessa flor animada. o da menina · co rrespondia ·ao · seu físico. Compunha-se ele de um vestido liso - - 6- ' ~ . das mangas. Caminhando, dobrava as curvas, afim de lomar comprida á · saia caria: sentada , metia os pés por baixo da .cadeira. Tinh a um cuidado extremo em puxar queixo , escond~ndó ~ assim 'O que lhe ·· resta va de fi-,1ono1i1ia. Muilas veze!\ o sr. Duarte zombava com !ema ironia desses biocos da filha : -Deixa · es!ar. Mila ! . . . dizia· ele abraçando-a. Vou mandar fazer para li um saco de ·1ã com dois buracos no_ lugar dos olhos, • T ai era Emilia aos quinze anos. Enlrelanlo . quem· soubera a anatomia viva da bf" leza, ,:onhecera que havia nessa menina fe ia e desengraçada o ar– cabouço de uma soberba mulher. O esqueleto ali eslava , só carecia de in- carnação. _ Ainda me lembro ·da colem infantil de · Emilia: quando a primeira vez qve estive com ela , ~eu a perseguia de longe, chamando-a: -Minha noiva 1 -Feio! dizia-me então. , E. pronuncia va essa palavra , como se ela simbolizasse a maior injuria passive i. A !erra é a cinZél .dos morlos. amas– sada com as lagrimas dos vivos. 14-8- 194~

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