Pará Ilustrado - 1943

m ~ m [Il] m mm mm rn[Il]m mrnmamm (Conclusão do num~ro /Jn lerior) - Àprovcilosfe do genero_sid11de dde - termi– nou suo mãe. - Nuncõ ,o deixas lronquilo. Estás sempre no sua coso com um prclexfo ou oulro. - Mos, mamãe, minhas coisos inkressom lam– bem oo professor ! Depois, lambem nos ojudos e te inlcressos por nós. não é ? Cloro ! Mos cu sou mãe e... - E que? - Os homens são diferentes - respondeu, de- sejando não ler iniciado o discussão, - Isso é o que lu pensos... Lour11 compreendeu .que o observação não ero respeitosa e que elo· devia puni-lo. Mos . nesse mo– menlo, enlroU" Ana poro por e mesa para a ceia. Depois da cei11, quando a casa ficou tranquila. se dirigi u ao piano. Interpretou olgumas peças a esmo, mas seus pens11mentos estavam muilo dis– lonles. Oue se diz a um· homem ao vê-lo pela primeira vez depois de lê-lo recusado cm suas pretensões amorosos ? Jã · lhe .seria possivel vollor a ver João Carlos sem ..recordar a expressão de seu rosfo · enqu~nlo murmurava : --' Amo-a. Laura . - E__cle? S eguramente não a veria nunca sem recordàr a suo negaliv11, como o ferira ela ! Ele, porem, não desnnimara com a negativa. Como se lesse nos seus pensamenfo.5, di5.5e : - Quisera que me revelnsse ludo que sente na realidade. Não lemo ferir me~ sentimentos. Final– mente, você nada fez paro conquislor o meu amor. Amei-a eu, porque quis, e não . lenho motivo olgum, nem o menor, paro supor que você me orne. Ela acolheu agradecida o .prelexlo que ele mes- mo lhe oferecia. · · - Esse é o coso: João C arlos. Você me ogroda, me • grada muilo mesmo, mos não o amo. Não o amo o suficiente para casar-se consigo. Talvcz... t11lvez a idéia de um novo casamento não me lente... Ele o olhou fixamente durante um minuto. Logo, coisa estranho, riu com um riso sonoro, juvenil. que constituía um- do., seus olrolivos. - Isso... - disse por fim - isso cu nunca acredilorei. Não me onie, Louro. Deixemos os coi– sos nesse ponto. E' preferivel. E não lema que o importune novamente com minhos pretensões. Não a quero. Essas foram suas pala vras. M11s acreditaria ele próprio nelas ? Ali eslova sua observação sobre o •colodion• , dilo essa mesma manhã pelo telefone. • E embora na realidode ele não a quhcsse impor– tunar, olí esfovam os dois 61hos de ambos... E o pior de lucro~ oli 6 1ova ele proprio. os lábios trêmulos quondo ouvia 'li voz de João Corlos. S ó havio uma curo poro o seu mol: o scparaçiio definitivo. Devia ir para longe com seus 6lhos e o quonlo antes melhor Deixou cair a cabeço sobre as. ·mãos unidas e por entre os dedos rolaram lágrimas. No úllimo momenlo. Martin eslavo ainda no banho, Mimoso desoparecern, e Esperanço, com os cabelos ofrapalhados, eslovn cm funle o es– pelho, procurando arrumar-se. L11ura eslava verd11deiromenle aborrecida. Tanlo pedira que se preparassem depressa! Os homens nõo goslom da fol111 de pontualidade. E ouvia-se a buzina do carro de João C arlos ! Saiu porn a poria seguida de Ana, por(ador11 do cesto com o nlmoço. - Bom dio, João Carlos. Evelina, Joãozinho. Não sei onde csfõo os meninos. E eu lhes drsse que sniriomos ás nove em ponto! - Não lem imporlancia. - Joõo corlo1 descia do aulomovel sorrindo. - Oue significam uns mi– nulos mais ou menos ? Alô, Ano. Poderemos por a cesln na parle de Irás. Está certa de que não se esquec-eu de algumas de suas especialidades ? - Ccrtisssima. senhor 1 - exclamou Ana, cheia de alegrin. - Mngni6co ! Do jardim chegou Mimo$4 carregada com seus tesouros : lrês 0ttldcs para apanhor oreia, dilas pás e um cavalo de borracha. - Mimoso ! - disse Laura - Não hã lugar no outo ! - Mas. mamãezinha... - Cloro e, li, que hã lugor ! - disse João Carlos. - Oue é umn praitt sem um balde poro orcio e ,cm uma pá? Vem, Mimoso, arronjaremos lugcr. - Você não deve pens_ar, João Carlos que.•. - come.çou Louro. Ele lhe dirigi u um olhor eslronho. - Eu não penso nada, excelo que não vale a pena ir o uma excursão se um dos excursionistas nio pode faz.cr o q e q cr paro se divcrlir. - Alô. professor Irving ! - • \ na poria com um av1ao deboixo do braço. - Se houver lugar... - Há sim. Marlin. , Laura senliu ·o começo de uma enxaqueca. ·J~ão Carlos mostrava uma paciência forrnidavel , mas havia um final para Iodas 11s coisos. Enlre>u novamente ao pé da escada chamou com asperezo : - Esperança ! - Jã vou, momõe ! Estou mudando o vestido. Laura voltou o soir sem ilizer nodo. Já cm caminho. c:om a brisa soprando cm seu rosto, se senliu melhor. Os meninos ocupavam o assento detrás, os !rês maiores juntos, Mimasa e Joãozinho nos pequenos assento, moveis. - Por qué comprou um carrci lõo espaçoso ? - perguntou e se perlubou ao lembrar-se que João Carlos o comprara depois de conhecê-la. - Oli. não sei ! Taivez porque eu gosle dos corras espaçosos. , E.rn uma delicadeza de sua parle não aprovei– tar-se do · seu · -l:!escu ido. Evidf'nlcmenlc pensavn cumprir sua· palavra ao diz~r que não a impor– tunaria mais. Porem, sem saber por que. Laura sentiu _que seus nervos se crisparam. O tráfego se !ornou ·mais e mois denso pcrlo J,, praia. No ponle, sobre 11 : boia·, um oulomovcl pretendeu passar na frcnfe deles. Os para-lamps se bcijorom e. se. ~poraram. . João Carlos deu uma gargalli_adn. Laur~ deixou cscapoT um auipirb. - Não fica amolado com isso ? - Claro que não ! f; a você ?, · - A mim? Nõo ! Mos muitos homens s-c irri- tam contra os imprudentes quando guiam... - Sim... - João Carlos respondeu pensativo. -Suponho que sim. Mas de nada serve irri- tar-se. Não acha ? , - Oh, olha, mamõe ! - exclamou Marlin de súbito. - O lha o oviso no fim da ponle ! 'Po– demo.5 parar úm pouco para lermos a inscrição? - Não ! - negou Loura cheia de severidade. - Jã é muito lorde... - Tardc ' para que? - perjlunlou Joõo Carlos. - Pois... se vamos olmoçar .A uma hora e vamos tomar banho primeiro.:. -Se almoçarmos a U!"ll e meio ludo ficará. rc 0 solvido.' Vamos, Martin ! A inscrição ern referente a uma . batalha da re– vqluçã~. Desde que aprendera a ler, _Marlin dese– jora lct a inscriçõo, mas Arnoldo jomais consentiu cm deter o marcha do carro para que 'Q gorofo snfisfizcsse o seu dcsejp. E a porlir do morte. de Arnoldo, Laura nõo voltara a passor por csle luiiar. Era mais de meio dia quandp sairam lôdos das casinhas de banho. ão havia vcnlo e o mar se estendia sem uma ruga alé o horizonte. Mas fazia calo r. lanlÕ calor como e;n pleno verão. - Vão lll!dar - disse Laura n Joiio Carlos e . (Con finúll na pagina 22) ••·· Ili (D(!) ~(!)(!l[D@ (D@c:::. medico e © [:ll!.@[i © (!J[lefl©ITI - ill íl rn ill m rrm[ CONSULTE o seu elle [:l@[j}[D@ [D@ (!I~© confirmará @©[il~íJ(!)[j)íJ@ (D@ essa verdade E' um produdo essencial ãs funcções do figodo. rins e intestinos, os venenos do organismo. por onde se eliminam ffi®©[IlIT@ rn[i) [3@[!.@[Il) ~ @[TI) □[D□ill UJ(!l[l(;l CAFE'-BRASIL Avenida 15 de Agosto, 116 Telefone, ·613 14-8-1943 PAU'ILUSTIIADO -3-

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