Pará Ilustrado - 1943
D. Pedro 11 e Gobineau Muito se ha escrito alé ago ra sobre estas duas figuras hisl(')ricas. Muito se ha de escre ver ainda. O monarca e o lileralo foram ami gos por varios anos. Tão grande era a estima do primeiro pelo segundo . que quando não o linha a seu lado. para as longM e eruditas paleslrM. eslava a mandar-lhe daqui carias sucessivas, carias que o outro, da Europa. respondia . cheio de respPilo e admiração. O conhecimento pessoal de nmbos vinha do tempo em que Gobineau che– gara ao Rio . na qua lidnde de ministro da frnnça . D . Pedro li sab ia de alqu ns trabalho~ inklecfuai5 do diplomata : litera– tura. sociologia, antropologia . e critica de arte: Deu-se logo pressa em o receber e distinguir. Para se ler uma idéia do ac.o lhi– _mento gentil que o imperador dis pensou ao enviado de Napoleão III . basta assi– nalar que ao barão de C o legipe. então mini stro de um gabinete que fazia a ~ 1 1 . •------------~----• (!)[DIT1 □ (!][í](D c:J□ [ill©[IlIT©l! (B ®□ (!)ª Representantes exclusivos de especialidades e produtos formaceuticos MANTE.EM SEMPRE. GRANDES ESTOQUES Rua Padre Prudencio n. 42 - BELEM-PARA' 7dei,o-nu n. 1846 e 814 - eaiJta 1J(J.d,f,aJ,, 4JJ ·:--·--·-----------· Removido para a Suecia. G obineau ~uardou as relações com o soberano . Cultivou-as á distancia . Ouando D . Pe– dro II. em agosto de 1876. desembar– cou na Escandinavia . viu-se acompanha– do por toda parte pelo escritor. A' Ma– dame de La Tour . in fo rmava Gobineau : .c·est un souv era in fait pour moí , li prelend que je su is capable de tout et aura is pu a 1 ler voler les pa nt ofles d 'l van le Térrible. . Aludia á insistencia do Im– perado r. que desejava leva-lo para a Russia, onq~ os dois !ornariam parle no extensão da gabolice. Ao sair de Esto– colmo para o porto finlandez de Jiangó. no caminho da Russia. D . Pedro II não conseguiu meler o escritor em sua co– mili va . O governo francez não atendera ao pedido de · licença de Gobineau. foi preciso que sua majestade intercedesse, re velando o maior empenho. para que o à it o governo permitisse ao seu representan- ' te que se ausentasse do respeclivo posto. Expede saques e ordens telegraficas para todas as · cidades do Brasil - Faz operações de credito com o rnaxima pontualidade, mediante modicas comissões 1 1 D . Pedro II embarcou em Estocolmo no d ia 26 de agosto de 1876. Só a 2 de setembro seguinte foi que Gobineau viajou. a r ós autorização de Paris . O governo francez só aquiesceu em virtude do ped ido expresso do nósso imperador. De res to. mais !a rde, D . Pedro II veri– ficou que os meios lilerarios nãq gostavam da intim idade de seu amigo. PRESENÇA DE ESPIRITO Lu iz XIV · eslava já bastante alquebra– do. quando chamou. pela segundtt vez o pintor Mainard. que já o havia reira– lado em tempos remotos. para que lhe fizesse um novo retraio . Havia uma grande d iferença nas suas feições e os anos haviam sido impiedosós para com o Rei Sol. Notando o espanto do -pin– tor. Lu iz XIV perguntou-lhe : · Rua João Alfredo, 54-56 Telefone, 113 ~ guerra contra o Paraguai. recomendava ele que ludo focil itasse para o pronto desembarque do lileralo, avisando-o logo . do vapor em que o mesmo viajava . O imperial bilhete está na correspondencia de sua majestade com o ba rão . corres– pondencia que o nélo do ultimo. o sr . .W anderley de Araujo P inho. colecionou e divulgou. Congresso dos Orientalistas. Gobineau era um homem de talento. mas presunçoso . faure-Bignet. seu bio– grafo . não omite esse defeito de seu he– roi . Ele fazia constar que o presligi o da monarca bras ileira durante es3a vi agem deco rreu pa rt icu larment e de suas apre– senlaçnes e intervenções. 1 'ada mais falso . ode-se a\·aliar. sem esforço a Es tou mui to velho . não acha. meu amigo? Ao que o pintor retrucou habilmente : - ,Sire, , encont ro novas glorias na fro nte da sua majes lade. r:'•.-------------------------:, /J JAnftaiudidfn0, é 0, (J Ó- - 6- 2Jeãão- inimigo. -- de,. 7Antzaeudidm~ ! Atr"O-IJ4áo- ,,,da, '14uáe 1lu8./,ú;a, e,,,, 18 9 D .J PARA' ILUSTRADO 31 - 7- Jo+J
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