Pará Ilustrado - 1943

., ,....-----------------------~------------~~----------,.-----:---- {C,ontinuação ela página 1O - de camouílados por uns oetilos esc uros que le~la vam encobrir os _segredos de sua beleza, co,n a mesma astucia com qu e os ol~os das baterias de fogo. em· lempo de guerra . se ocultam por entre os ramagens virentes : Essa comparação · é dit o oq11i. porq11e nesse enconl~o . ·um de meus amigos vend o-a . com a cin tila– ção do ol har a tr a vessando as lente s. pal– pit an te de formosu ra. usou daquel a com– .pa , ação . E quem sabe, ag-oro digo eu. · não foi esse meu o migo quem deu mo– ti vo par'l lõl consulta q ue reun e lo lvez para quem m'a fe z Ioda" os onsiedodes do mundo? Re. ~pon.da- me, Euri des . com o seu pensamento. você que . cerl omen– le. ha de estar me \'endo com a ~ublil curiosidade de quem sori'i com um o_ po nlo de indiferença_ . . . A sua pergunto traz um lom de des– co nfiança ·nos seus proprios sentimenlos. Si q caso ê com vo cê. ni nguem mais ou lorisado poro satisí ozer-lhc a curiç,si– dode Senã o o seu co ra ção. Mas, em geral . as mu lheres coníi am mais nos outros do que em si prop rias. Doí você, cer!a– menl e. confiar que eu lhe darei o X do pr«blema . ..................... 1Ja1taen..de que &~ia o. n..o.m.e dó. deu Útado. V em de ser promo vido o 2º tenente do nosso Exercito o nosso jo vem e la– tenloso conlerr;,neo José fairbanks E va n-. ge lisl o.. que herdoú de seu pai, o capi,– lão da forç o P ubli ca do Estado , João Evange lista f ilho, as qualidades de in– !eligencia , car'ater .e decisão para vencer na vi da . O lenenle José Evangelisla . que per– lenc e á Arma de Cava la ri:1 e serve em S antana do Li vramento, no R io Grande do S ul. fo i o mais destacad_o aluno de s ua turma . na Escola Mili tar. conqu is– tando o respect ivo premio de honra . -18- Aspecfo do almoço oferecido ás c/~sses llrmadas pelo coronel Maglllhi es -Barafo, inlerven/or federe.!· no momen/o em que se fazia ouvir o almiran(e Gusta vo Goufllr!, comandante dll Base Naval do Norfe Eu penso que se póde ama r ma is de olhará pa ro o debi l 1:1 rbusto com o co- uma vez. Ho q uem len ha orn ado uma , ri nho necessor io. Si houver vigil a ncia dua s, Ires . vi nte veze s : lenha amad o o pa ra que elo não se deixe con taminar vida inleira . fazendo do seu cora ção re- de outras her vas doni nhas a que se dá positorio de todos as mais variadas sen- o nome , no caso , de ci ume ou de falsi– saçõ~s. Ho cc,rações cosmopolilM. Ha dade. então a , pla nta que ~você deixou cora ções que são como aparfamenl os, florir no seu coroção cresc erá . terá vi da, que a lo jam ho je um para amanhã rece- beleza e cria rá rai zes q ue nem mesmo be r· li visita el e oulro , sem gua rdar o os tempest ades d 'a lrno , em ho ros áe tor– lembrança dos hospedes, le ndo numa menla , lerão forç as poro d erru bo-lo. Eu po lm;nha seca deixada ao ocaso. O faço votos para essa nova espe rança destino, ás vezes, faz essa palmo re~ que lhe acena para di as feli zes seja co– verdecer ... O seu, Eurides, não: pode ro ado de inveja veis feli cidades. Não he– ser assim . Tanto não pode que é você site s i é . que o seu coraçã o eslá recl a- quem me pergunta da possibilidade de mando a lguma cc iso. · A du vi da em que amar-se mais de uma vez: Na vida da você vive. que dá motivo o interrogar gente existem grandes sonhos. Você já si é possi\•el · ama r- se ma is de uma vez. amou alguem, digamos por hipotrse, reside no recei o de . que novos desenga- desde . que isso eu não estou aulorisodo nos possam pert urbar-lhes o paz do es– a afirmar. Depois veiu a desilusão. As pirito. E si você oinda não se decid iu o juras." os anseios, o confiança nas pa la- entregar-se. a um no vo afeto e porque o vras dele, um dia desapareceram mergu- sonho an tigo lhe fo i tão cruel. fiío des– lhando na sombra de um esquecimenlo humano, o go lpe tão profu ndo, que até imposto pelo ing'ratidão. Passam-se os hoje vocé a inda está desa cordado e sem tempos. Outros convites sedutores para , sensi bil idade poro reagir. ly\ o-s, ame , no– novos prelios. No sua edade, quando .s i· vamente. E' a maneira como se opago– não é retroiclo , nem se acautela no pe n- rã de uma vez a lembrança do passado sarnento -uma desconfiança permanen te que II fez tão descrente , pelo criminõso ; nos homens, ha ligeiras e gostosas es- desdem de quem teve • sobre as mãos caramuços de amor. E' o flerle . E o fle rl e uma linda pero la e não soube avolia-l a , é um p~uco de dis'lração, outras vtzes não tev~ .a· percepção da riques11 que vaidade. outras vezes simples capricho. lhe fo i- ofertada. sem outras exigencias E a grnte gosta , mas não ama . E eles 5Í não a da retribu ição de um gr11nde e passam . São c11voleiros õ!ldantes do puro afeto. Não é verd11de,. Eurides ? Amor. Um dia, porer.., .- surge uma im- Ame outra vez. Isso não é pecado. Re– pressão mais foríe: E.' eu • juro, eu ge- ceba a felicidade que lhe ·chega agora e ranto que é o que está gerando essas que vem substiluir a desil usão que lhe doces inquietoções que você ainda não algemou os dias em que outro lhe men– sabe mesmo si é amor ou si é rea'lidade. tiu e lhe fr~iu. Aproveite ·a vida e a Naturalmente que essa afeição está na fulgura mocidade. E lembre-se, como fase preporaloria e de observação. E ' disse Towsend. desta lucida verdade : uma crisalida que pode ser borboleta ,A metade da vida da mulher é espe- ou lagarta. E o amor é como as plantas. ronçti :· a outra metade resignação.• Uma Pode vingar como pqde mirrar.: Depen- frase p~quenina :.. Um ad~us· pequenino , de do zelo con5tante do jardineiro. q ue pra você, Eurides. 19- ó-1 94-l

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