Pará Ilustrado - 1943
1Juteto.i do., qu,e ~ e~fl'Ua~ JJo.i ocad-l(U}. do. aniu.e ~ d-a'1-w. natalicio. do. eminente co.io.nei 1Jt~Mâed 13Mata, óCO.t'tidô. a 2 do. Có-ttente, o. d1t. l5ian.ó-t do. 1Jo1uí, Um dos traç os predominant es e ex– p ressivos dt1 personalicfa<le de Magalhães Barala. como l1 0111em de governo. é a atenção desvelada que ele dispensa aos menos fovorecidos da fo, !una. procuran– do. ror todos os meios. auscul!ar-lhes as aspirações, afim de que n grande massa anonima e humilde. que é a maioria da gente paraense, te11l111 lambt'm direito a um pouco de lelicidude e possa assim experimentar uma vida menos ardua e menos ponlilharJa de sofrimentos. Não é sem razão que o preclaro sol– dado. hoje de novo á frente dos desti– nos do nosso Estado, para soergue-lo e engrandece-lo. desfruta uma popularida– de. que se ofirma corno invulgar e im– pressionante cm lodo o paiz. Pode-se mesmo dizer que esse imenso prestigio é consequencia, em grande parle. da maneira por que ele. investido da função de mando, sempre encarou os problemas vilai5 que mais de perlo consultam aos interesses do povo, contribuindo para que não vinguem no seio do mesmo. enlre as classes mais empobrecidas, as injustiças que geram desencantos, des- assocego e inquietações sociais. · A s orle dos fracos, dos perseguidos. dos op rimid os e dos de-sa111p1:1rados nun– ca deixeu de ser molivo de pre-ocupa– ções conslanles õ tv\ ag,ilhães l'>aralt1. qui:– dá assim uma espb1di<la demonstração dos seus elevados senlimenlos e uma nilida compree-nsiw d os seus deq•re-s ele governante. um dos q1111is, st'm duvida essencial. é proporciont1r b("neficios aos que m11is o recl ~111an1 e ca recem. A su:i primeirn admini slra ção . prn– gres5isla e brill1a11le . foi p, odig11 nesse sentido. lnsliluindo as audie nc ias. cujo regularid.:1de 11111 nlev (" si11g11 lar111e11le- ("111 quasi cinco anos co ns i:-c11li,·o•. fo, il ila1·a ao mais obscuro dos seus concidadãos uma aproximação com o ch{fe do Es- 111do. que lhe e-sc11lélva os queixas e os anseios. dando-lhes o remedia e a so– lução quando indi cados . Desse contac io repelido c om a gente obscura . atraindo-a para co nhecer-lhe as necessidades e as augustios, Magalhães Barola sentiu que se impunham provi– dencias e medidas em favor da pobreza. Não tardou o:ssim em criar a Assislencia Judiciaria , que é uma das mais simpali– cas iniciativas suas e com o que fez o Dará antecipar-se á polilictt social em -17- JJenae&tt tz!to.nuncio.u, t:,do. niiao.i ,o.ne dó- 1/,adió- f1_uB. a fUteecJ-t-ta cµte a d-e9,Uit . Uftll-0-d®imO.d que o Brasil tanto avançou após a re– volução de 30. Os de sherdado5 da sorte . que até e-nlão não podiam demandar, quando espes inhados nos seus direitos. passaram a ler quem lhes advogasse esses mes- Coronel MtJgalhães BartJÍtJ mos direilos. com solicitude e sem qual– quer dispendio. Muita gente. vitima das mais revoltantes espoliações, en.:011lrou Msirn o amparo na justiça. que perderia em magnitude se só aos abastados pu– desse atender e socorrer. Animad o sinceramente do proposilo de sen·ir á cokliviJade , que sempre nele 1·i11 o ~rnnde- gui11 e grande amigo. Ma– galhães 1311ratt1 traçou e executou um plfl no d(" assisler.cia social de que os 111rno-. a o uinl1olldos da fortuna sentiram os ef..- ilo·s sa l11lares. Os bairros mais lon~inquo:; ele Belem, nos quais se con– densam millwres rte li~bilanles pobres, e-ram saneados de forma a se tornarem compati 1•ris com a existencia humana . /\b, iram-se postos medicas, que em ver– dade corre-spond 1a111 pralicornenle ó suo finalidade. porque nrles não fallavam os medicamentos. 1mpresc:11diveis ao com– bale do paludismo. das verminoses. da sífilis e doutros flagelos morbidos, qu(" alormenlam as nossas populuções e que as dessoram e aniquilàm quando aban– donad11s pelos governos imprevidenles e incapazes. PUA' ILUIT&U>O Dom atender ás crianças pobres, di– fundiram-se escolas por toda a parle e os nossos pequeninos compatricios, que sempre mereceram traio desvelado por parle do sold11do que nos govana pela segunda vez, tiveram assegurada a con– n:nienle instrução, sem onus para os pai.;; de salarios reduzidos ou de nenhum salario. Esló na formação moral de Magolhães Barata distribuir o bem, · quanto possi– l'el. pelos necessitados, reajustando-os e despertan<lo-lhes a aiegria de viver. Pre– ocupa-o o sofrimento dos seus semelhan– tes e porfia em amenisa-lo. Seus amigos, aqueles que mais de perto com ele convivem, sabem que nada mais o agrada e sensibilisa do que mi– ligor uma lagr ima. aplainar uma dificul– dade ou suavisar um padecimento. Por isso mesmo, lodos os anos, no dia 2 de junho. instituíram como parle integrante das comemorações do aniversario nala– licio do eminente parae-nse, a distribui– ção de abulos pela pobreza, que é Ião v11sla em nosso meio, rcclomondo, por isso mesmo, o generosidade dos qu~ podem dar um pouco do que lhes sobra. Aindo hoje, quando toda a cidade se engalanou pora festejar, mais uma vez, o grato acontecimento, esse espetaculo· nobilíssimo se repeliu. T evc a ossisli-lo, porém , como já não ocorria desde 19.35. a pre5ença do maior dos protetores dos que lutam e sofrem para viver. Se aquela volumosa massa humana rejubilava pelos momentos consoladores que lhe reserva– ram, mais forte era o conlenlamenlo de Magalhães Barata, soldado de espirita élevado e coração generoso, que outra cousa não quer se não o fdicidade de sua gente, dessa boa gente do nosso Paré, que bem merece o desvelo dun, homem, que ho de proporcionar-lhe, como da sua primeira e inesquecível gestão, benesses e alegrias, que se irra– diarão abençoadamenle ao mais simples e modesto lar. ••••••••••••••••••••• D EVEMOS .,, capo dt" hoje do PARA' ILUSTRADO ã genli– leza de Raimundo Brito Pinto. nos– so brilhante e operoso coloborodor fotografico. 19-6-104-.3
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