Pará Ilustrado - 1943

PARA'-ILUSTRADO conta no rói dos seus mais distintos amigos o major Tasso Rego Serra, comandante do C. P. O. R. Militar estimadissimo pela suas belíssimas qualidades de carater, o major Tasso Rego Serra é possuidor de brilhante cultura, registando a sua preciosa ' bagagem li lera ria trabalhos inleressantissimos sobre os mais variados assuntos. Professor de malemalica é, nesse ramo da ciencia dos numeras, um nome que dispensa elogios, pela autoridade de que se reveste, mui– to embora a modestia que caraterisa Iodas as suas atitudes. O major Tasso Rego Serra, em companhia do redator-chefe de PARÃ'-LLUSTRADO. posa para a nossa objetiva . ~ - ~~- ~w-~~w-~~~--~~--~~~-~~~-- ------ [Il (!] rn (}' IT1[) IB (D~ Doloroso inforlunio ! Pobres crialuras '- cheias de esperançases faceladas pela ti– rania das balas dos malfeitores incon– cienles que deslroem as vidas como leões antropofagos. Deus! piedade. . . Avalio a angustia unica dos naufragos infelizes , ✓ªº se \'e– rem acossados á hora falai. longe da familia, sem um conforlo , surpresos, apa vorados 1... Piedade, Senhor ! . . . Oue crime co– meteram os infelizes, que iam ou vinham ver os enles amados , senlindo a hora alegre de abraça-los. quando a morle . os surprtendeu, sem um aviso, apenas com o est ro ndo cruel e cerleiro do fim . Horroroso quadrõ ! . . . Gritos lanci– lantes, corpos a caírem , olhare5 esbuga– lhados, loucura imediata, enfim, a babel do mal. vinda dos maus , das féras que pas5am como lorpedos á espera do casligo. Oh l Jesus Maria e José conduziesses . filhos amados, fozei com que lenham a gloria em vossos braçcs e de lá orem por nós, pelo nosso amado Brasil, pela paz, pela vi toria e pela liberdade da Palria. · Ajudae-05 na salvação para que orem PAM'ILUITUDO -0-- Acdo primoroso de estrofes doiradas. E!ilresso do Parnaso refulge seu eslro pela porcelana azul ·1urqueza do consle– lario palrio. Estela de copias esmaltadas de con– ccpç.ões febricitantes. o fesJejado poeta tmpolg. pela propriedade intrínseca de e.xposição . A~raciado com o estro de Apolo . tem o condão de fascinar pela dulilida– de de sua imaginação creadora. Ao ritmo de suas estandas auriful– gentes, apresta-5e o estilista magnifico para impregna-las de emoções excelsas . Ha nas modulações de Paula Barros, o trovador de sonho5 impolutos, a alma de arlista, a fantasia sublime que e51asia, que brota c11scatas de magnificencias ... O ourives de .Muirakitan, ao cantar a epopéa das icamiabas, os seus afetos , seus modos de vida, seus usos e costu– mes, eleva-se ao nível dos imorlais. Bastaria esst. joia saída · do cerebro fecundo do bardo paraense para consa– gra-lo. Mas, re5alta em acordes cristalisados de belezas, a lira ma vi osa do composi– tor de •Yaraporanga • . O singular arquiteto do .Caleqdario, constroe na cadencia do verbo, castelos vetustos de eloquencia sadia. Na melopea do citaredo de .Muira– kilan, existe expressão de vida, vive o belo, impera a graça . reina a nalureza. Homero da cidade faceira das man– gueiras, seu pleclro dev11ssa o · eler infi– nito , levando na fulgencia das rimas, a pompa rosicles do nlltivo berço . Paula Barros é llamula gloriosa que paneja ás auras_ da erudição . Da oficina do pensamento aureolado do mago de odes, saiu o lavor di.datico •Teatro Escolar, encruslado de perolas de robusto saber , o qual formará ao lado das mois requintadas obras de pedagogia moderna. Psicologo. desvenda nos arcanos ela alma juvenil. á maneira de prender-lhes a atenção: assim. observa-se no .Bone– quinho de Giz•. pagina galante de •Teatro Escolar,. Oual Teocrilo luminar de Alexandria, Paula Barros é uma projeção luminosa no cenario glauco da Li!eralura Brasi– leira . ...... ·····-····· ... e se arr~pendam: conduzi-os para o céu, conforlando-os do marlirio imenso. Tor– nae-o felizes : guardae-os para a gloria e emparo do Brasil. Jurema Vifor]{J da Costa Sfiévenarf, 2--6--194-J

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