Pará Ilustrado - 1943
Em pleno • veraneio Brito Pinto, o homem rapido da objdiva . sur– preendeu no Mosqueiro, em pleno veraneio, o nos– so confrade, professor Paulo Maranhão, no mo– mento em que lio os jornais. Não perdeu a opor– tunidade e aí está o inslanlaneo que bateu. Baío .. . Eu estou ouvindo lua voz , eu estou escutando teus velhos sinos. eu estou vendo leu" moll'ques pregões. eu esfou sentindo o cheiro qu~ute .i~ tua~ comido!. -o êfô. -o aba: á . -o acarn jé. -o caru , ú e o valap fl .. Baía ... Ouem eusinou II você esses quilules cheirosos , essas comidas gostosas que você lraz nos seus labnleiros tresandando a incens o e benjoim ? Baía ... Ouero ver você Ioda de cor de joias e vidrilhos. de rendas e figa s. deixar seu laboleiro e cair nunrn roda de samba ... Baía ... Eu espio pro você. sentindo o leu gosto de samba , sentindo o leu cheiro de raça . .. GEt TIL PUGET ~ fneUd, CO.ln~ 'úki e ~({~ PERCY MENEZES Decerto vocês devem estar surpreendidos com a ousencia de Pcti Noel. Este ano. .f'le nos fez da boa - não deu o . ar de sua, graça .. . No-, anos passados, com que alegria eu e vocês o espera– vamos 1•.• Sempre foi nosso camarada. trazendo-nos brinque– dos, bolas e tudo o mais! A minha bola do ano passado ainda a lenho. porém já está · furado: o lapis que lambem me deu não mais existe. pois com ele fiz -m-uilas caricaturas nas paredes de casa . como nas dos vizinhos . .. Para este ano. já havia feito mil planos. caso Pai Noel me trouxesse uns brinquedos . que mu ito necessitava . .. O Alfredinho só falava na cnoile de Natal. . Certa noite. mamãe. indo vê-lo s i já eslava •molhado. (costume dele . sa– bem ? ...). surpreendeu-o dizendo que ia brincar de •Ca vali– nho, . que Pai Noel lhe trouxera de presente ... An(es da .Grande Noite, . eu - mesmo. quando acorda va bem cedo. olhava para baixo da minha cama a ver si já ha vi a .alguma coisa• . . . Mas. qual! . . . · Veiu. finalmente , a noite 'ªº ansiosame_!l!e ~sp~ra-:la . não só por mim como lambem· pelos meus ami~inhos ,- os - meus inse– paraveis vizinhos. os quais desafia vam uns aos o utros na ansia de receber mais presentes. Bem cedinho. eu me levante; ainda com frio e olhei nos meus sapatos . . . e nada ! ... Disse comigo : não é passivei ! D ~v em esl a r ,ií os me us brinquedos. Todos os anos E le me !razia . como é que hoje não !em nada?. . . Deitei-me no vameHle , mas nã o pude dor– mir mais . . . Dia claro, le vonlei-me oulra vez. e fui a té á po ria da rua Vi . então. um dos meus vizi nhos. o Mdfi:)Zinho e lhe falei a respeito. Ele me disse da sua igua l surp resa . E isf aconteceu a lodos os demais. cada qua l angu stiado pela grand~ falia de Pai Noel. Ter-se-ia esqueci do de nós ? E eu que tanto esperei a noite . de Natal. essa no ,le em que lodos os anos. Pai Noel. coitado, vinha trazer-nos os b rin 1ue– dos para a roda do. ano 1 ••• Pois bem. Pai Noel não veiu este ano meus queridos ami– guinhos . . . E sabem qual foi a causa? ELE foi co ivo– cado ! ...
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