Pará Ilustrado - 1943

J-\ G Não devemos julgar os an0S que vlvemoa pelo balanço ·doo nossos prazeres ·_e a.b.ír :r~ · ·- · .cimentos . Para analisar o merecimento da ca- COMBA TE QUALQUER TOSSE... · da um deles, . na marcha do tempo, devem prevalecer acima das nossas venturas e des– graças os interesses gerais da hum.~n idacte . Temos o hábito de avaliar o mérito da exis– t encla pelas Impressões deixadas em nossa sen– slb!lidade, peÍos acontecimentos relativos á nós mesmos, quando devemos considerar malii Fõbricõnte : · ~@[1□ [!] ~□@!TI (B (B□C!la 11 'IT[D(!]a CõiXõ Postõl. 207 Automõfico, 11-43 End. Teleg. FINK os fá.tos de ordem social, relativos especial– mente á nossa pátria. A'"AZOOAS 1942 não foi um ano máu para o Brasil. ~~ ( Do J?io especial para PARA. ILUSTRADO) Sofremos, em seu decorrer, golpes profundos, participamos de •uma guerra, padecemos difi– culdades mercantis e restrições de artigos .uteis ão nosso progresso; mas não nos amedront oú o fantasma da fome, não vimos as nossas ci– dades arrasadas por bombardeios aéreos, · ou . .terremotos; não foi Interrompido o labor dos nossos campos onde -vlçaram os cereais p ara o abastecimento do nosso povo e das nações a– migas; não f omos vit imados por e_ndemin.s e conservamo.:-nos ·cada vez mais forte e unidos; a liberdade e a -justiça não foram tolhidas p ara os que viveram hon·estam ent e e coopera– r am na manut enção da ordem nacional; não fomos despojaqos de recursos e propriedades p ara auxiliar o governo desagravo de noSS'a soberania, J:!Orque pudemos fazê-lo com pa– triotismo e coragem, de v.ez que nos sobram, nos cofr.es . pµblicos, recursos · para nos armar– mos: as nossas Igrejas· nã:o foram viola.das pe– los vandal.os ; a ordem interna não foi pertur– bada pela ambição dos pobres, porque vive– mos num regil'.I!en de equidade e respeito mu– tuo assegurado por leis magnanimas; e um -povo que pode rezar e trabalhar em paz não deve queixar-se de um ano que jamais faltou– lhe com á bondade de um -chefe generoso na t erra e as benção de Deus. ~ de.leda. áe 1942 Je{).etino. "UcMa . Ao ret1rái: do crômo pregado á. p arede de nossa sala de trabalho a folhinhJI, de 31 de Dezembro de 1942 sentimos a emoi ão de quem atira uma pétala de flor sobré ·o tumulo de um amigo. Os meninos sorrirão de alegria com a aproximação da puberdade e o.s= velhos que– dar-se-ão tristonhos n à perspectiva d!!- decre~ pitude e da morte. deles não transformará este fio em aramé' de aço . S!!rá. m!)Smo impgssiv.el á ciencia, que aumentou a longevidade do homem, derimiu epidemiâs, ~limlnou doenças, alcança~ o reju– venescimento, ou mesmo a imortalidade ? O fonografo, o te1efone, o telégrafo, o· aeroplano, o rádio e outras maravilhas do genlo huma- no não foram tambem considerados irreall– zaveis ? Mas a _vida perpetua seria real~ente um beneficio, ou o prolongamento de um in– f erno ? Talvez, para comprovar a veracidade dest a ult imá hipótese Deus nos permita al– cançá-la . O nosso regosijo, ao transpôr no tempo mais um ano da éra ·cristã, lem-bra ·a celebre frase lati na: "Moritur et ridet", inorrendo· e rindo, referencia aos que ingeriam certa p1an– ta venenosa da Sardenha . que faz estender os can.tos ·da bôca, dando a impressão de um.a gargalhada a- trágica agonia das suas vitimas. Não devemos, porém, deixar-nos · dominar pe– las apreensões da morte . A vida -assemelha-se; ás vezes, a estas ingremes estradas, adorna~ das de curvas e jardins formoso,; par,a atenuar o esforço da subida outras vezes, aos caminhos ásperos do sertão, cheios de perigos e 'féràs, -- , ma.s que vão ter, igualmente, a um profúndo ••••••••••• ■-- •••••••• O melhor café do mundo é o do Brasil e o melhor do Brasil ~ o do CAFE' GLORIA A' venda neste conceituado cslabelecimenlo AVENIDA PORTUGAL, 27 BELEM-PARA' ••••••••••••••••••••• e traiçoeiro abismo. Ninguem escapa á. sua atração; não há. aquela descida atrlbulda á. velhice nas oleografias representativas da e– xistencia humana, nem _µma esfinge, com enigma, ciaja decifração permltflcl:lgs escapar á sua ferocidade, como. OEdipo, ás portaa_de Thebas. Soµiente o despenhadeiro pertical, o vácuo sem fim . Para que andarmos pelos ca– minhos cheios . de eppínhos, . ferindo-nos nas pedras brutas, emaranhando-nos nos cipós, expondo-nos aos réptis e bichos ferozes, quan– do existe a estrada graciosa e florida? Para -que nos turturarmos com os dissabores e be– bermos a cicuta da tristeza, envés de colh,l'r– mos os pômos do prazer. e saborearmos o mel que as abelhas da ilusão fabricam para os fi– losofos ? Os anos são cuteladas da morte no fio de sêda. da existencia, mas q_u em sabe se algum GRANDES ARMAZENS DE .FAZENDAS ·E MIUDEZAS ITit:H@CD[!)~ [;>@ITJ C!l'ITC!l(BC!l!TICD ~ ftahl, ô- inte,wvi meditÍnte Wneádad Preços Ex~epcionais de~U'}e,– ~ dtJ- iff,t~ do-~ 1- 1ldi, 1n~ecaa1 tluek . 7)~w, 125 &uL: 7deg..: RU~INO_ Caixa Postal, -317 • PARA' ILUSTRADO 1 .i -5-1 9·i-J 1

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