Pará Ilustrado - 1943

1:eaiJw. da Paz Ouinta-feira proxima. 8 1[2 Sensôcionôl esfréô ·na Ferreira & Werly Os fomoses baila'rinos brasileiros · apresen-tam MUSIC-HALL EM REVISTA <=;o~~as, Rumbas, Swingues, sapareados americanos, tan– gos argentinos, bailados excen– tricos, canções, .comicidad~s. r-!c. e as formidavt"is · danças brasileiras o -SAMBA e o MAXIXE 1 O m!tis helo e luxuoso espefoculo de. hôilôdos mo– dernos de fados os fempos SUCESSO GRANDE SUCESSO Ag~arder:n ·este grandioso acontecimento arfistico do ano UM ESPETACULO TODO DIFERENTE que sacrificá a sua vasta bagagem de literato. E, só. · . E o que nos diz wore os críticos de épocas passadas ? - Do que ficou para traz não t:r:_atamos. E' verdade, dfa,á você, que nao se póde, ao falar em crítica na– cional, ocultar os ·nomes de Sílvio Ro– m~ro, Tobias Barreto, Arar.ipe Ju– nior ou José Verissimo. Realmente. De ,Silvio, muito teriamos a conver– sar. Palestra longa, conclusão curio– sa. _Foi a meu vêr, inexoedivel -em al– gumas folhas e, sinderamente, .apai: xonado. ,e egoista em outras. Iguais paliav:ras teriamos -em rel•ação aos que se lhe seguiram. São populares as }i.: nhas <lie Araripe e Vedssimo a pro: pósito da arte poética <Ire Gregorio de Matos. A pr_oduç.ão ficava de lado, em plano· inferfor; - examinava-se o "BoclJ, de Inferno", o Gregorio de– pravado, farrista, eínico. Isso não é, isso nunca foi orítica científica. (A– liás, não devemos esquecer que a_gló– ria da rehabilitação histórica de Gre– gorio .de Ma'tos cabe ao genial Ronald de Carvalho, que esmiuçou, nas dife– rentes facêtas, o lírico, o épico e até o moralista, de elevados dótes) . i1amos prosseguir no interroga– tório, quando Herbert Palhano nos solicitou licença para .continuar com a palav-ra. - Quero - afirmou - tecer al– gumas considerações em tôrno dos ' processos e dais atribuições dos crí- 22-5-1943- ticos . Fernando P:essôa, brilhante criador da moderna escola do verso português, em carta endereçada a Qas.par Simões, distribuiu nas se– guin1tes as atribuições do vrerdadeiro crítico: "l: Esitudair o ar-tista exclu– sivaimente como artista, e não fazen– do entrar no estudo rrnais do homem que o que seja rigorosamente preciso para explicar o artista; 2.ª Buscar o que poderemos ohamar a "explicação · centra1" do artista (tí-po lírico), típo dramático, ltípo lírico-elegíaco, típo · dramático-poético, .etc.) ; 3.ª Compre– endendo a essencial ine~licabilidade da alma humana, cercar êstes estudos e estas buscas de uma leve aura poé– tica de desentendimento". - (João Gaspar Simões : NOVOS TEMAS, apêndice, pag. 400 - Editorial IN– QUERJI'DO - - Lisbôa, 1938). \ men:te estético e emocional. E' enor– mre a :re&ponsabili<lade do crítico. Fe– lizmente a deficiência que apontamos é mal geral e dos bem antigos. Fa. gu~t, polígrafo francês <le projeção , umviernal, momentos antes de expi– rar, ro?ava a Deus que - lhe conce– d__ess-e arnda d,c~,is ano8 dé .vida para ler o g!ande número de obras sôbre as qua1~ se pronunciou, sem ao me– nos abrir nas primeiras folhas. Quaii– ~~ aos no:Ssos amigos crítfoos, êsses Ja se habituaram a <lividir os livros nas clássicas três partes: üOMÊ'.:ÇO, MEIO e F,IM. D€8sa maneira onde está a função moralizadora da' críti– ca racional ? Estamos longe da fina– lidade última da sublime S'entença dos literatos-juízes. O tempo é para melhores cogitações, cogitações gra– ves, cogitações seríssimas. O crítico que se comprenetre do seu papel .se, de futuro, não se quizer assemelhar a um \Palhaço de circo, que diverte, mas não orienta o.s espectadores. Nós peça para profunda e útil reflexão... Neste .ponto damo.s por termina– da a nossa entrevista, e após um pro– longado apêrto de· mão em agradeci– mento, retiramo-nos, satisfeitos em poder revelar aos,leitores de "PARA' ILUSTRAPO" o que pensa o- jovem prof esso.r amazonense da crítica li– terária no Brasil . ■■■- ■■■■■■■■■■■■■- ■■ ■■■ Não concordo "in totum" com os dados fornecidos -pelo brilhante pu– blid-sta !'USO. ltlé tambem, se hoj~ vi– wsse, · dispensaria, estou certo, mi– nha companhia. Porém, há pontos _. bem peculiares a u'a meditação orie~-- / tada . _,-./ Criticar não dento-ta .táÍ:tta irres– ponsabilidade. Por ,eàusa dà falta de noção integrar dlf responmbilidade é que/ rtó ~ndo os desastres se acumu– lam, as .c~.tástrofos tr~mendas se su– _cedem num ritmo incontido, numa dese:ri:rreada ansia de nulização de to– O vivaz e inleligenle Carlos Alberto, que povoa das mais gratas alegrias o lar de seus pais. o eslimavel sr. Erandy Lobato, coneeiluada e simpalisada figu– ra da praça comercial de ôelem, e sua ésposa, senhora Nadir Lobato. das ag fôrças oonstru.tora,s e criado- • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ras de valores, lllO sentido propria- Leiam Pará Ilustrado PARA' ILUSTRADO

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